quarta-feira, 30 de abril de 2025

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O GP da Bélgica de 1992 ficou na memoria dos adeptos e fãs da Formula 1 por diversas razões. Especialmente duas: a corrida onde Michael Schumacher ganhou pela primeira vez, no seu Benetton, a primeira das suas 91 vitórias da sua carreira, numa corrida onde a chuva e o sol alternaram, e o asfalto estava húmido, e durante os treinos de sexta-feira, o francês Eric Comas sofreu um acidente com o seu Ligier-Renault, e foi salvo pelas ações rápidas de Ayrton Senna, que foi o primeiro a chegar, no seu McLaren-Honda, desligou o motor e deu os primeiros socorros, antes de chegar as equipas de emergência. 

Foi um GP interessante, mas hoje, teve outra ocasião para ser assinalada. Nas vésperas do 31º aniversário do seu acidente fatal, o capacete que Senna usou nesse final de semana foi leiloado na casa Sotheby's, em Londres, e rendeu... 720 mil libras, ou 846 mil euros. Um recorde neste tipo de objetos. O capacete usado nesse final de semana era o já habitual amarelo, com risca azul e verde, num capacete da marca Shoei. 

O recorde anterior era mais recente: tinha pertencido a Charles Leclerc, quando ganhou o GP do Mónaco de 2023, e que foi vendido por 308 mil euros. Ou seja, o novo recorde é mais do dobro do anterior. E o mais interessante: se o valor dado pelo capacete de Leclerc tinha a ver com o esforço para arrecadar valores para as inundações na região de Emilia-Romagna, naquela primavera, aqui é um simples leilão, sem qualquer outro objetivo por trás.   

O mais curioso é que Senna nem conseguiu um resultado por ali além. Não ganhou, nem sequer foi ao pódio, acabou na quinta posição, conseguindo apenas dois pontos, ficando na frente de Mika Hakkinen, no seu Lotus. Enfim, acho que é mais pelo simbolismo que outros eventos mais marcantes. 

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