terça-feira, 5 de janeiro de 2016

A imagem do dia

Hoje passa exatamente um ano sobre o desaparecimento de Jean-Pierre Beltoise, piloto francês que correu entre 1967 e 1974 por marcas como a Matra e a BRM. Começando a carreira nas motos, pasosu para o automobilismo e tornou-se na esperança francesa para voltar a vencer corridas, desde Maurice Trintignant, no GP do Mónaco de 1958. Contudo, ele foi superado, meses antes, pelo seu compatriota Francois Cevért. Que era... seu cunhado.

 A imagem de hoje relata a sua única vitória na Formula 1, no GP do Mónaco de 1972, catorze anos depois da vitória de Trintignant. Mas também foi a última vitória da BRM na categoria máxima do automobilismo, corrida debaixo de uma chuva inclemente, onde ele conseguiu levar a melhor num circuito citadino e travado, como é Mónaco.

Mas a sua carreira não foi só este momento. Beltoise conseguiu oito pódios e quatro voltas mais rapidas, e em 1968 e 1969 foi o fiel escudeiro de Jackie Stewart na Matra, correndo com o motor Matra V12 enquanto que Stewart dominava com o Cosworth V8. Mas Beltoise não foi com eles quando em 1970, Ken Tyrrell decidiu ter a sua própria equipa. Irónicamente, o seu lugar, depois de algumas corridas com Johnny Servoz-Gavin, foi para Cevért, irmão da sua segunda mulher, Jacqueline.

A sua lealdade à Matra deu-lhe também muitas vitórias na Endurance e ajudou à chegada de uma nova geração de pilotos franceses, como Jean-Pierre Jabouille, Jacques Laffite ou Patrick Depailler, mas em 1971, a sua carreira parecia estar em perigo quando ele empurrou o seu Matra no meio da pista, causando uma colisão com o Ferrari 512 de Ignazio Giunti, causando a sua morte. A sua licença foi retirada e muitos pediram a sua cabeça, e isso afetou um pouco a sua capacidade de condução, recuperada no ano seguinte, na BRM. Até ao final de 1974, conseguiu maus um pódio, e foi o último a pontuar na marca, com um quinto lugar no GP da Bélgica, em Nivelles.

No final, ajudou no projeto da Ligier, em 1975-76 mas acabou por ser preterido por Jacques Laffite. Gerard Ducarouge, o projetista do primeiro carro da marca, disse anos depois que ele estava fora de forma e o avisou acerca disso, mas ele não deu importância ao assunto. Passada a história da Formula 1 (tinha 39 anos), decidiu envolver-se nos Turismos, correndo até finais da década de 80, altura em que os seus filhos também começaram a pensar em se envolver no automobilismo, onde tiveram carreira nos GT's e Turismos.

Sem comentários: