domingo, 2 de julho de 2023

Formula 1 2023 - Ronda 9, Red Bull Ring (Corrida)


Depois da dominante pole de Max Verstappen, e do facto de ter dado mais de 23 segundos à concorrência na Sprint Race deste sábado, debaixo de chuva, parecia que domingo iria ser mais do mesmo, dado o domínio da Red Bull nesta pista. Afinal de contas, corriam em casa, e tinham de mostrar que ali, a concorrência não tinha chances.    

A grande questão do final de semana era saber quantas posições iria Sérgio Pérez ganhar, e quanto tempo iria demorar até chegar ao lugar que eles queriam que alcançasse, o segundo posto, dado que, graças aos erros do mexicano, a hierarquia para esta temporada já estava estabelecida há muito. E quanto ao tempo atmosférico, que deu nas vistas ontem, hoje, apesar das nuvens no céu, era diferente: não iria dar em nada. Sem previsões de chuva, os pilotos poderiam andar à vontade.   


Com Kevin Magnussen a largar das boxes, a partida foi aparentemente calma, com Max Verstappen a tentar defender-se dos ataques dos Ferrari. Contudo, no final da primeira volta, o Safety Car foi acionado porque atrás, tinha havido toques na primeira curva e Yuki Tsunoda fora obrigado a ir às boxes para trocar de asa. Os comissários entraram na pista para recolher os cacos, e em menos de duas voltas, a corrida recomeçou.

No recomeço, o piloto da Red Bull afastou-se da concorrência, enquanto pilotos como Sérgio Pérez tentava ganhar posições atrás de posições, chegando aos pontos em menos de oito voltas. Um pouco mais à frente, existia uma batalha pelo quarto posto, entre Lewis Hamilton e Lando Norris, que estavam longe dos Ferrari para os apanhar, e também longe dos Aston Martin, que os queria apanhar. E as lutas eram tal que os pilotos saiam dos limites. Ao ponto dos comissários chamam à atenção, especialmente a Lewis Hamilton.

Na volta 13, a primeira (e acabaria por ser a única) desistência da corrida: Nico Hulkenberg parava na berma com problemas de motor no seu Haas. 

Pouco depois, o Safety Car virtual e aproveitado para as primeiras tocas de pneus: Sainz Jr. foi dos primeiros a parar, seguido por Hamilton, Ocon e Albon. Pérez aproveitou para subir a terceiro, porque iria parar mais tarde. Os duelos em pista eram aninados, com algumas ultrapassagens, mas todos a andarem juntos. Algum tempo depois, Max foi às boxes, colocando duros, provavelmente para ir até ao fim da corrida. Leclerc foi para a liderança, e pouco depois, o mesmo acontecia a Pérez, que caiu para nono, depois de ter mudado de pneus. 


Na frente, Max tentava apanhar o monegasco da Ferrari, e não demorou muito até ficar na sua traseira. Entre a paragem nas boxes e o regresso à liderança, Max levou 10 voltas para passar Leclerc. Por esta altura, chegávamos ao meio da corrida. Pouco depois, Pérez procurava apanhar Sainz Jr, mas foi na altura em que os carros de Maranello decidiram ir para as boxes trocar de pneus, cumprindo o plano de três paragens delineado antes da corrida. Foi o suficiente para colocar os Red Bull nos dois primeiros lugares, e provavelmente definir a corrida. Mas o espanhol estava a ser assediado por Lando Norris pelo quarto lugar, e queria aproveitar a frescura dos pneus mais novos do piloto espanhol para ficar com o lugar à sua frente. 

Pérez aproveitou a parte final da corrida para fazer a sua última troca de pneus, caindo para quinto e começando a encetar a sua corrida de recuperação. Passou Norris, e depois, demorou algum tempo para se livrar de Sainz Jr, pois lutava como um touro (sim, conheço a ironia) pelo lugar. Contudo, à medida que passavam as curvas, parecia que o seu grande objetivo, de chegar ao segundo lugar, parecia ser uma ilusão. Isso só acontece na volta 63, a oito do final, e já tinha mais de 12 segundos para recuperar. 

Muito perto do fim, a Red Bull pediu a Max para que parasse, trocasse para moles, no sentido de conseguir a volta mais rápida, e quando regressou à pista, tina uma vantagem de pouco menos de quatro segundos para Leclerc. Acelerou para a bandeira de xadrez e pelo meio conseguiu 1.07,012, a melhor volta da corrida - e o seu ponto extra - e claro, mais uma vitória para o seu palmarés. A 42ª da sua carreira, aos 25 anos. 


Agora, Max tem uma vantagem de 81 pontos sobre a concorrência, liderada pelo seu companheiro de equipa, o que significa que ele será campeão em Austin, na segunda das três corridas americanas. Não sei se Hollywood achará graça a temporadas dominadoras como esta... mas são um facto. 

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