segunda-feira, 7 de julho de 2014

Noticias: BOSS vai deixar de patrocinar a McLaren

A McLaren têm fama de ter patrocínios de longa data, quase fazendo parte da família e da paisagem automobilística. De uma certa maneira, alguns patrocínios que acompanham a equipa de Woking ficaram mais tempo no mesmo lugar do que muitos casamentos... Contudo, a Reuters anunciou ontem que a Hugo Boss, a marca de roupas alemã, irá abandonar a McLaren no final do ano, para aparecer na Mercedes.

"A Hugo Boss decidiu recentemente que iria cooperar com a Mercedes-Benz numa série de projetos de marketing internacional não relacionados à Formula 1", começou por dizer um porta-voz da McLaren. "Sendo esse o caso, seria inapropriado para a Hugo Boss continuar com a nossa parceria com uma nossa concorrente na Formula 1 como a Mercedes-Benz, por muito sucesso que essa parceria foi no passado e continua a ser agora."

A Mercedes-Benz tinha anunciado em abril que iriam trabalhar de forma mais estreita com a Hugo Boss, concentrando-se em "atividades internacionais conjuntas de marketing e comunicação", segundo afirmaram na altura.

O anuncio da Hugo Boss é o mais recente de uma série de patrocinadores que vêm abandonando a McLaren, que este ano não têm um grande patrocinador nas suas carenagens e no ano que vêm terá os motores Honda, no regresso de uma parceria que durou entre 1988 e 1992, dando quatro títulos de pilotos e outros tantos de Construtores. A marca alemã está a patrocinar a equipa de Woking desde 1981, altura da entrada de Ron Dennis como acionista maioritário (na foto, Ayrton Senna no GP do Japão de 1993).

Contudo, a saída da patrocinadora não abala a estrutura. Eric Boullier, o diretor desportivo da marca, afirma estar despreocupado com a saída de patrocinadores, pois liquidez é que não falta na equipa. "Temos, na verdade, o nosso maior orçamento de sempre e que vai aumentar no próximo ano [com a chegada da Honda]. Portanto, esta não é uma preocupação", afirmou.

Formula 1 em Cartoons - Grã-Bretanha (Pilotoons)

Como se costuma dizer: ninguém ganha para sempre e não há eternos perdedores. Para Lewis Hamilton, hoje, a sorte sorriu-lhe. E foi logo em casa!

Youtube Formula 1 Classic: Vettel vs Alonso visto na pista


Se nós em casa ouvíamos as queixinhas de Sebastian Vettel e de Fernando Alonso em relação a um e a outro, quem estava no circuito via, obviamente, uma coisa diferente. Via uma luta que arriscava a entrar na história da Formula 1, semelhante a aquilo que Nigel Mansell fez a Ayrton Senna em Barcelona, algures em 1991.

E o pessoal aplaudiu!

Vi isto no WTF1.co.uk

domingo, 6 de julho de 2014

Youtube Racing Weirdness: A próxima carreira de Kimi Raikkonen

Tenho visto isto durante a semana que passou: Kimi Raikkonen em cima de um cortador de relva adaptado para correr. Na realidade foi uma ideia da Sky Sports, que colocou o finlandês da Ferrari em cima de uma coisa dessas, correndo contra mais gente, nomeadamente dois ex-pilotos de Formula 1 tornados comentadores, Anthony DavidsonMartin Brundle e Johnny Herbert.

O resultado final desta experiência dita... diferente, foi esta que podem ver. Não se pode dizer que Raikkonen não tem sentido de humor, não acham?

A foto do dia

Trinta e dois anos (e quase dois meses) separam estas fotos, mas provavelmente deve ser a melhor prova de que a segurança no automobilismo, em geral (e na Formula 1 em particular) não avançou. Deu um pulo de gigante. Ainda bem.

Formula 1 2014 - Ronda 9, Grã-Bretanha (Corrida)

Depois dos eventos de ontem, o Grande Prémio da Grã-Bretanha tinha condimentos para ser uma excelente corrida. Sabendo que neste domingo, o tempo não iria ser um fator que atrapalhasse os pilotos e as suas estratégias, o que se queria saber era se Lewis Hamilton, na sua própria casa, conseguiria recuperar o atraso que tinha na grelha para Nico Rosberg, depois do erro que cometeu na qualificação, e mais ainda se os Williams e a Ferrari, vitimas ontem do tempo imprevisível em terras britânicas, iriam fazer a necessária recuperação para acabar em lugares mais condizentes com os seus carros.

Com tudo isso em mente, estavam mais cem mil pessoas numa Silverstone que, sendo diferente do que era antes, continua a ser um magneto e numa referência para o automobilismo britânico e mundial E claro, a chance de comemorar uma vitória britânica estava sempre na mente das pessoas. 

A corrida começou com os pilotos do fundo da grelha a tentar recuperar tempo perdido o mais depressa possivel, mas essa pressa teve consequências: Kimi Raikkonen perdeu o controle do seu carro, entrou na relva, voltou à pista e atingiu o carro de Felipe Massa. O finlandês acabou por bater forte no "guard-rail", danificando-o e obrigando a organização a interromper a corrida com bandeira vermelha. No final, Raikkonen foi transportado para o hospital, mas a Ferrari afirma que está em boa forma, apesar das mazelas na perna e no joelho direito. Massa nada sofreu, mas para a corrida 200 da sua carreira, este fim de semana foi infernal para o piloto brasileiro.

A corrida recomeça com Rosberg a ir embora de Jenson Button, seguido por Kevin Magnussen e Lewis Hamilton. O britânico conseguiu passar o dinamarquês na volta seguinte, enquanto que atrás, o Williams de Valtteri Bottas ganhava posições atrás de posições. No final da quarta volta, Hamilton passou Button para o segundo posto, mas tinha quatro segundos de atraso para o líder. Por essa altura, Bottas tinha passado Nico Hulkenberg e era... sexto! Outro dos que passou vários pilotos foi Fernando Alonso, que na sétima volta passou Daniel Ricciardo e estava na traseira de Nico Hulkenberg, no oitavo posto.

Contudo, o espanhol estava a ser investigado porque fez uma "asneirada" quando aquecia os seus pneus na grelha original, parando meio carro fora do lugar. A FIA decidiu investigar e concluiu que ele teria de ser penalizado.

Enquanto que na frente, os Mercedes estão na frente, a mais de vinte segundos da concorrência, no resto do pelotão, Valtteri Bottas conseguiu apanhar os McLaren e na volta 17, Bottas passou Button e ficou com terceiro posto. Mas dentro da luta com a Mercedes, Hamilton parecia fazer um "Mansell", tentando apanhar o piloto alemão, especialmente quando na volta 19, Rosberg filho foi trocar de pneus. Contudo, na saída, Rosberg avisou que tinha problemas com a sua caixa de velocidades, mas parece que isso não afetou o seu desempenho.

Entretanto, a luta mais interessante estava a acontecer pelo quarto posto entre Alonso e Button. Os dois veteranos da Formula 1 lutavam entre si e usavam todos os seus truques para ver se conseguiriam superar um ao outro. Na volta 26, Hamilton parou, mas a troca foi pior do que imaginava e perdeu tempo para Rosberg.

Mas na volta 30... tudo muda! Nico Rosberg perde velocidade com problemas na caixa de velocidades e Hamilton passou para a liderança. O piloto alemão tentou colocar a caixa a voltar a funcionar, mas não conseguiu. A desistência foi consumada, e com isto, Hamilton tinha uma chance de ouro para apanhar o seu companheiro de equipa para a liderança do campeonato.

Com o passar das voltas, Hamilton conseguia uma vantagem enorme sobre Valtteri Bottas, enquanto que atrás, Alonso passava Vettel por fora e ficava com o quarto posto. E a partir de agora, esta foi o grande motivo de atenção da corrida, não só porque aquilo que se passava na pista... com nas comunicações da rádio. Reclamando um do outro, o "Principe das Asturias" e o "Kaiser de Heppenheim" lutavam pelo quinto posto e pelo pelo título de "o maior queixinhas da Formula 1". Mas por fim, Vettel conseguiu o que queria e passou o piloto espanhol, com uma ultrapassagem digna de nome.

Mas no final, Lewis Hamilton venceu confortavelmente o GP da Grã-Bretanha, com uma enorme vantagem sobre o segundo classificado, o finlandês Valtteri Bottas. Para a Williams, este resultado "salvou" o fim de semana, onde tudo de mal aconteceu à equipa do Tio Frank e a sobrinha Claire. Daniel Ricciardo conseguiu aguentar a cavalgada final de Jenson Button (mesmo com pneus que tinha os colocado... na volta 16!) para ficar com o lugar mais baixo do pódio. E mais uma vez, na frente de Sebastian Vettel.

E no campeonato, os problemas de Nico Rosberg deram a Hamilton a aproximação que queria. Ele agora têm 161 pontos, menos cinco do que o piloto alemão, e isso provavelmente irá compensar imenso os problemas que teve nas corridas anteriores. O campeonato está relançado... quinze dias antes de chegar ao Grande Prémio da Alemanha.

Youtube Formula 1 Crash: O acidente de Raikkonen em Silverstone

Para quem não viu ou só viu uma vez, eis o video da batida de Kimi Raikkonen e de Felipe Massa, que levou a que o Gtrande Prémio britânico estivesse interrompido por cerca de uma hora. Kimi saiu do carro a coxear, mas está bem.

sábado, 5 de julho de 2014

Formula 1 2014 - Ronda 9, Grã-Bretanha (Qualificação)

A chegada da Formula 1 à Grã-Bretanha significa mais um clássico no calendário da categoria máxima do automobilismo. O circuito de Silverstone situa-se naquilo que os entendidos chamam de "Motorsport Valley", dado que a esmagadora maioria das equipas, sejam elas de Formula 1, Endurance, GT's, categorias de acesso, entre outras, têm a sua sede. E Silverstone, que desde há muito é gerida pelo BRDC (British Racing Drivers Club), comemora este ano um numero redondo: a corrida numero 50 de Formula 1 no seu circuito (e não os 50 anos do circuito, como alguns foram levados a crer).

Mais do que saber se a Mercedes irá manter o seu dominio nesta temporada, o mais interessante será saber se Lewis Hamilton irá reagir depois de duas corridas em que as coisas não saíram bem ao piloto britânico. Mais susceptível do que Nico Rosberg, ele sabia que tinha de marcar presença para manter a sua corrida para o bicampeonato, que este ano é basicamente "uma corrida a dois" no qual a Mercedes deixa-os lutar dentro de certos limites, mostrando ao resto do mundo que podem alcançar o campeonato de construtores sem ordens de equipa nem procissões.

O tempo neste sábado era... britânico. À partida, esperava-se que a chuva poderia fazer parte do jogo, dado que os meteorologistas previam cerca de 70 por cento na hora da qualificação. E com isso em mente, tudo poderia acontecer. E foi o que aconteceu: a sessão começou com pista húmida, mas com tendência para secar, e isso fez com que os pilotos trocassem para pneus secos, depois de uma passagem com intermédios. Mas a três minutos do final da Q1, uma fina carga de água apanhou algos pilotos desprevenidos, entre os quais, Fernando Alonso, Kimi Raikkonen, Adrian Sutil e os pilotos da Williams, Felipe Massa e Valtteri Bottas. O resultado final foi escandaloso: Williams e Ferrari faziam companhia à Caterham, de fora da Q1. E Adrian Sutil, mesmo passando para a Q2, tinha acabado a sua sessão na gravilha, vítima dos caprichos meteorológicos britânicos.

Na Q2, com os dois Marussia presentes (pela segunda vez na história da marca!), os pilotos voltaram à pista com pneus intermédios, esperando que a pista secasse mais um pouco, porque entretanto, tinha deixado de chover. Timidamente, havia pessoal a entrar na pista, para ver as condições dela, e aos poucos, os tempos baixavam. Quando Max Chilton começou a entrara no topo da tabela, com os pneus secos, os outros entraram para saber se tinham tempo de entrar no "top ten".

No último minuto... as bandeiras amarelas. Pastor Maldonado (quem mais?) e Esteban Gutierrez tinham se despistado, em incidentes separados, fazendo com que os pilotos abrandassem. Mas isso não foi suficiente para mudar as coisas: para a Q3 foram os dois Mercedes, os dois Red Bull, os dois Toro Rosso, os dois McLaren e os dois Force India. Do outro lado, ficaram os dois Renault, os dois Marussia, os dois Sauber. No final da qualificação, descobriu-se que Maldonado não tinha a gasolina suficiente para a dita análise, e os comissários não hesitaram em exclui-lo.

Chegados à Q3, os pilotos aproveitaram a pista seca para tentar marca tempo, já que havia mais ameaças de chuva para os minutos seguintes. Todos fizeram os seus tempos e a chuva caiu, mas por pouco tempo. Com isso, os pilotos ficaram nas boxes até quando faltaram dois minutos para o fim.

E foi aí que as coisas começaram a ser espantosas. Primeiro, Sebastian Vettel faz o seu melhor e consegue o melhor tempo, deixando toda a gente de boca aberta. Mas logo a seguir, os tempos começaram a cair: primeiro Button e depois Nico Rosberg, mas apenas depois de... Lewis Hamilton ter abdicado de fazer uma volta, porque achava que as condições da pista não estavam próprias para uma tentativa. Resultado final? Nico Rosberg fez a pole, Lewis Hamilton fica com um lugar na terceira fila da grelha, com Vettel, Button, Hulkenberg e Magnussen entre eles.

No final desta qualificação, parece que o estofo de campeão é germânico... mas amanhã é dia de corrida e não se espera que chova. Com esta grelha "ao contrário", a corrida de domingo será o de uma tremenda movimentação, com os Ferrari e Williams a tentarem reduzir is prejuizos, e claro, Hamilton "com a faca nos dentes" para ver se ganha em casa. O chato é que têm cinco bons pilotos pela sua frente...

sexta-feira, 4 de julho de 2014

E nos Nobres do Grid deste mês...

(...) em 1914, a [Peugeot] era rei e senhor nas pistas mundiais. No ano anterior, tinham dominado a competição, tendo sido o primeiro construtor estrangeiro a ganhar as 500 Milhas de Indianápolis, através do francês Jules Goux. Para além dele, a equipa tinha outro francês: Georges Boillot. Os carros eram desenhados por uma equipa que incluía um emigrado italiano, Ettore Bugatti, que iniciava a sua carreira como engenheiro e construtor. Em maio de 1914, a Peugeot tinha voltado a Indianápolis, no sentido de tentar repetir a proeza, e conseguiram, batendo a concorrência americana. Mas carro vencedor não foi um carro oficial, mas sim a inscrição privada de outro francês, René Thomas (...)

(...) Por essa altura, o Automobile Club de France fazia a sua seleção para o lugar onde iria realizar o seu Grande Prémio. Tirando as edições de 1907 e 08, que repetiu em Dieppe, e a edição de 1909, que foi cancelada, devido à falta de inscrições, a corrida sempre andou de terra em terra, fixando-se na melhor oferta, devido à movimentação que o automobilismo trazia às cidades em questão. Para 1914, a escolha final, das dezenas de cidades candidatas, acabou por ser a de Lyon, pois estes concederam mais de 10 mil libras de subsídios, uma fortuna na época. Assim sendo, a data da corrida ficou marcada para o dia 4 de Julho. (...)

(...) A Alemanha representava-se pela Opel, que tinha Franz Breckheimer, Carl Jörns e Emile Erndtmann, mas o maior perigo vinha da Mercedes. Decidiram investir tudo nesta corrida, no sentido de repetir o feito de seis anos antes. Inscreveram cinco carros, quatro oficiais, para os alemães Max Sailer, Christian Lautenschlager e Otto Salzer, o francês Louis Wagner e o belga Theodore Pilette, que era o representante da marca no seu país. Durante a Primavera visitaram em detalhe o circuito, montaram o seu quartel-general na cidade e usaram profusamente os dois dias de treinos para afinar a melhor estratégia possível. Tinham até uma arma secreta: os novos pneus Continental, que eram bem mais resistentes do que os da concorrência, especialmente os Peugeot, que tinham pneus Dunlop. Chegou-se até a noticiar que a Mercedes colocou este aviso na ordem do dia:Por razões de propaganda, a Mercedes decidiu ganhar este ano o Grande Prémio” (...)

(...) o “Grand Prix de France” estava marcado para o dia 4 de Julho. Contudo, poucos dias antes, a 28 de Junho, a politica entra em cena: o Arquiduque herdeiro da Áustria, Francisco Fernando, é morto na cidade de Sarajevo pelo anarquista sérvio Gavrilo Princip. A partir de então, a crise instala-se na Europa e todos sabiam que caso o sistema de alianças então vigente entrasse em vigor, milhões de pessoas pegariam em armas numa questão de dias… Agora, já não era mais uma corrida, mas sim a primeira batalha de uma futura guerra europeia. (...)

Faz hoje precisamente cem anos. Nos arredores de Lyon, mais de trezentas mil pessoas esperavam por uma vitória francesa no seu Grande Prémio, contra a ameaça da armada Mercedes, que queria vencer "na casa do inimigo". A equipa de Estugarda tinha uma tática de "lebre", lançando um dos seus carros na frente no sentido de que os carros franceses o tentassem alcançar, destruindo-se pelo caminho. E foi o que aconteceu, quando Otto Salzer foi para a frente, com a armada Peugeot, liderada por Jules Goux e Georges Boillot a ir atrás deles, dando o seu melhor para o apanhar.

Contudo, nessa perseguição, os Peugeot destruiram-se e apesar dos esforços de Boillot, no final, a Mercedes monopolizou o pódio, com Christian Lautenschlager na frente, perante uma multidão em silêncio, não querendo acreditar na humilhação que tinham assistido. Mas também tinham assistido ao final de uma era: quatro semanas depois, a Europa estava a ferro e fogo.

Toda esta fascinante história pode ser lida agora no site "Nobres do Grid".

Youtube Motorsport First: a primeira partida da Formula E

A Formula E teve ontem a sua primeira sessão de testes, no circuito de Donington Park, e entre outras coisas, teve esta simulação de largada, a primeira que fizeram, claro. De facto, é completamente diferente ao que estamos habituados, e do qual os "fundamentalistas do motor a gasolina" gostam de dizer horrores...

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Youtube Motorsport Weirdness: Demolition Derby... no lugar errado

Esta vi no Flávio Gomes e é mais um exemplo de "MURICA!" que vemos por estes dias. E não é só os pilotos ficarem doidos, é o público que aplaude estas coisas. Aparentemente, estes dois senhores estão a arrefecer os ânimos na prisão...

Noticias: Ferrari e Haas anunciam parceria

A Ferrari anunciou esta tarde que a Haas Automation será o seu mais novo patrocinador, numa parceria que começará de imediato no Grande Prémio da Grã-Bretanha, em Silverstone. A empresa, que fabrica máquinas com controlo numérico computorizado nos Estados Unidos, tem como proprietário Gene Haas, que como se sabe, irá ter uma equipa de Formula 1 a partir da temporada de 2016, e que muito provavelmente terá motores Ferrari nos seus chassis. 

Marco Mattiacci, o chefe de equipa da Ferrari, explicou que “este acordo fortalece as nossas ligações existentes com os EUA, um mercado importante não só para a empresa como também para a Scuderia Ferrari, sendo um em que a equipa já beneficia de diversas parcerias importantes”.

O italiano acrescentou que “esta colaboração permitirá à Haas Automation reforçar a atenção da sua marca e promover os seus produtos e serviços ao redor do mundo, graças à atratividade da Scuderia Ferrari e ao alcance global da Formula 1. Em paralelo, mas com um projeto separado, a Haas está comprometida em entrar na Formula 1 com a sua própria equipa, um testemunho da atração do nosso desporto nos EUA e na sua frente, decorrem entre nós discussões técnicas”.

Os Pioneiros - Capitulo 32, o triunfo das pequenas viaturas

(continuação do capitulo anterior)


A SAÍDA DE CENA DAS GRANDES MÁQUINAS


No final de 1908, os construtores franceses pensaram seriamente sobre a ideia de continuar a investir no automobilismo, após as vitórias alemãs e italianas nas principais provas da especialidade, como o Grande Prémio de França ou a Targa Flório. Esses construtores, que alinhavam com carros pesados, sofriam nessa altura os efeitos de uma recessão na Europa, que afetava as vendas dos seus automóveis, e também afetava o dinheiro que investiam no automobilismo. Assim, algumas marcas decidiram que era tempo de abandonar a competição, como a Renault, e muitas outras queriam fazer o mesmo, mas receavam que isso significaria dar azo à concorrência, algo que não queriam.

Atento aos rumores, o ACF decidiu anunciar que iria fazer a sua edição de 1909 na cidade de Anjou, mas só iria para a frente caso tivesse um minimo de 40 carros inscritos. Ao saber disso, os construtores franceses decidiram abster-se de responder ao pedido do ACF Sobre se iriam participar ou não. Preparou-se um documento em relação a esse problema, do qual apenas a Fiat, a Itala e a Mors não assinaram. Contudo, outros doze construtores fizeram-no. A 31 de dezembro de 1908, quando a ACF descobriu que apenas nove carros estavam inscritos, decidiu cancelar o Grande Prémio.


O TRIUNFO DAS PEQUENAS MÁQUINAS: TARGA FLÓRIO


Sem as grandes máquinas por perto, as pequenas máquinas seriam os grandes impulsionadores das corridas na Europa. A AIACR decidiu mudar os regulamentos nesse caso, limitando o diâmetro e o curso do cilindro, no sentido de fazer motores multicilindricos. Mas os construtores não quiseram fazer isso nessta temporada, e logo apareceram carros com motores monocilindricos altos, chegando a medir... 90 centímetros.


Contudo, a primeira grande prova do ano, a Targa Flório, iria ter ambos os carros na corrida principal. Mesmo com a recessão e um grave tremor de terra em dezembro de 1908, que tinha devastado parte da ilha, matando quase 200 mil pessoas, apareceram carros para ambas as corridas: a Taça das Pequenas viaturas, em Madoine, onde apareceram seis carros: os Peugeot profissionais de Georges Boillot e Jules Boux, mais giosue Giuppone, e três amadores, em De Dion. No final, Goux foi o melhor, seguido por Nornan Olsen, no De Dion, depois de Giuponne ter sido penalizado por ter reabastecido fora da área regulamentada.

Na corrida principal, a 2 de maio, apenas onze carros participaram, e aqui foi a primeira prova de um Lancia, com Vicenzo Lancia a sair da Fiat e a construir do seu próprio carro de corridas, inscrito para Guido Arioldi. Vicenzo Flório alinhava com um Fiat, enquanto que havia um Itala para Giuseppe Seta, dois SPA para Mário Cortese e o Barão Francesco Ciuppa, para além de dois Berliet para Antonio Ribolla e pelo senhor Scaletta. Para finalizar, quatro De Dion, guiados por Giovano Stabile, Norman Olsen, Giuseppe Baldoni e Salvatore Giaconia.

Nesse ano, decidiu-se que apenas uma volta seria feita à pista, e a corrida foi bem disputada entre Flório, Ciuppa e Arioldi. O Barão levou a melhor no seu SPA, com um avanço de doze minutos sobre o Fiat de Flório e o Lancia de Arioldi.


A COPA CATALUNYA


A 26 de maio, mais uma corrida para as Pequenas Viaturas iria ocorrer, mas ao contrário do habitual, não seria em Itália, França ou Alemanha, mas sim em Espanha. A localidade catalã de Stiges iria acolher a Copa Catalunya, num circuito de 17,5 quilómetros, que seria completada em 13 voltas. A Lion-Peugeot levava cinco carros, para Goux, Boillot, Giuppone, Dessy e Foval, enquanto que a Sizaire-Naudin tinha Georges Sizaire, a De Dion tinha Marsans e uma nova marca, a Hispano-Suiza tinha o italiano Paolo Zucarelli e o francês Louis Pilleverdier como pilotos.

A corrida começou com os Peugeot na frente, primeiro Goux e depois Boillot. Mas na terceira volta, Zucarelli passa Boillot e fica com o comando nas três voltas seguintes, até que a embraiagem do Hispano-Suiza se quebrou, acabando por abandonar. Com isso, Goux ficou com a liderança, aproveitando a quebra de uma das rodas do Sizaire e do capotamento do seu companheiro Boillot, sem consequências.

No final, Goux foi o vencedor, com uma hora de avanço sobre Sizaire, enquanto que o De Dion de Marsans ficou no lugar mais baixo do pódio, na frente de Pilleverdier, no Hispano-Suiza sobrevivente.


A TAÇA DAS PEQUENAS VIATURAS


Sem o Grande Prémio, o grande acontecimento automobilistico do ano em França acabou por ser a Taça das Pequenas Viaturas, marcado para o dia 20 de junho, em Boulogne, nos arredores de Paris. As quarto grandes marcas acabaram por ser a Lion-Peugeot, com Jules goux a guiar o novo motor de dois cilindros em V, enquanto que Boillot e Giuppone ficavam-se pelos monocilindricos; a Hispano-Suiza apresentou os seus carros com motores de quatro cilindros, guiados por Zucarelli, Pilleverdier e Derny; enquanto que a britânica Calthorpe inscrevia os seus carros com Leslie Porter, Fred Burgess e Ivan Wiedmann. Maurice Fournier aparecia num Werner, René Thomas num Le Gui; Masson, Lamaque e Lenoire apareciam num FIF.

A corrida começou com Zucarelli a ser o primeiro a passar no inicio da segunda volta, mas na realidade, o líder era Goux, seguido por Boillot. Na quinta volta, este teve de ir às boxes para trocar de velas, e para fazer voltar a colocar o motor a funcionar, necessitou de vinte minutos, logo, atrasou-se imenso na luta pela vitória.

Contudo, a liderança caiu nas mãos de Giuppone, e foi assim até que obteve a bandeira de xadrez, com seis minutos de avanço sobre Goux e mais de 18 minutos sobre o Le Gui de Thomas, seguido por Boillot. O melhor dos Hispano-Suiza foi o carro de Louis Pilleverdier, a mais de meia hora do vencedor.


(continua no próximo episódio)

Formula E: Dragon confirma Mike Conway como piloto

António Félix da Costa não foi o único anuncio feito hoje em relação a pilotos na novata Formula E. A americana Dragon Racing confirmou esta tarde que o britânico Mike Conway será um dos seus piloto para a sua equipa de Formula E, que vai arrancar em setembro, nas ruas de Pequim.

"É com enorme prazer que eu vou estar ao volante do carro da Dragon Racing na temporada inaugural do Campeonato FIA de Fórmula E", disse Conway. "Eu tenho estado muito interessado na Fórmula E desde que foi anunciado e eu estou orgulhoso de estar envolvido, tanto com Jay, como a Dragon Racing, em que eu acredito que está desbravando novos caminhos no automobilismo. Estou muito confiante de que podemos conseguir grandes resultados durante esta primeira temporada.", concluiu.

Já Jay Penske, o proprietário da Dragon Racing, afirmou: "Eu sempre fiquei impressionado com seu talento, inteligência e desempenho na Indy Car Series, e nós sentimos que a combinação dessa experiência, bem como a sua tenacidade e habilidades de condução será um ponto forte, no Campeonato FIA de Formula E."

Aos 30 anos de idade, Conway têm experiência na GP2 e na IndyCar Series, onde lá está desde 2009, vencendo já três corridas na sua carreira em terras americanas. Contudo, a sua passagem ficou marcada por um acidente bem forte durante as 500 Milhas de Indianápolis de 2010, que o colocou fora de combate para o resto daquela temporada, o que faz com que não queria correr nas ovais, por achar serem demasiado perigosas.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Noticias: Caterham vendida, Albers é diretor desportivo

Como já se falava desde há alguns dias, a Caterham anunciou hoje que foi efetivamente vendida à um consórcio do Médio Oriente, que terá como conselheiro Colin Kolles e terá como diretor desportivo o ex-piloto holandês Cristijan Albers, com efeito imediato.

"Estamos cientes do enorme desafio que temos pela frente, dada a extrema luta que é o campeonato, mas a nossa meta é terminar 2014 no décimo lugar do Mundial", disse Albers, que competiu na Formula 1 em 45 Grandes Prémios entre 2005 e 2007, primeiro ao serviço da Minardi, e depois pela Midland/Spyker. "Estamos comprometidos com o futuro da equipa e vamos certificar que possuimos os meios para a fazer crescer", concluiu.

O nome permanecerá o mesmo, pelo menos até ao final do ano, e irão se manter nas instalações de Leafield, perto de Silverstone. Quando ao comando da equipa, Cyril Abiteboul regressará à Renault, sendo substituído por Manfredi Ravetto, ex-HRT.

Curiosamente, apesar de Kolles ter ajudado na aquisição da equipa - cujos valores não foram revelados - ele não está dirtetamente envolvido no projeto, o que pode mostrar que ele estará ainda envolvido no projeto romeno da Forza Rossa, que tenta entrar na Formula 1 em 2016.

A Caterham surgiu em 2010, primeiro como Lotus Racing, com o malaio Tony Fernandes ao leme, no âmbito das quatro equipas que Max Mosley queria colocar na Formula 1 como forma de cortar nos custos. Contudo, apesar de trazer um nome sonante de volta (a Lotus, que tinha saido de cena em 1995) a permanência na categoria máxima do automobilismo ficou marcada pela frustração e pela controvérsia. Em 2012, acabou por ceder o nome à Lotus Cars, na altura dirigida por Dany Bahar, para logo a seguir, adquirir a Caterham Cars.

Apesar da passagem de pilotos sonantes - Jarno Trulli, Heiki Kovalainen, Vitaly Petrov e agora, Kamui Kobayashi e Marcus Ericsson - a equipa não conseguiu alcançar um unico ponto e viu um dos seus rivais, a Marussia, conseguir um nono lugar no GP do Monaco, às mãos do francês Jules Bianchi. Isso, aliado aos custos cada vez mais elevados em manter uma equipa de Formula 1, fez com que tomasse a decisão de vender a sua equipa e concentrar-se nos seus negócios na Air Asia e na Caterham Cars, bem como o seu clube de futebol Queen's Park Rangers, que no final desta temporada subiu à Premiership.

Formula E: Félix da Costa correrá na Aguri

Inesperadamente, a Formula E vai ter um piloto português: António Félix da Costa anunciou esta tarde que será piloto da Amlin Aguri, e irá correr ao lado da piloto Katherine Legge na competição de carros elétricos que arrancará a 13 de setembro em Pequim.

"Estou muito contente pela oportunidade de disputar a FIA Formula E nesta temporada inaugural e representar Portugal ao mais alto nível num campeonato que vai marcar o virar de uma importante página no automobilismo Mundial." começou por dizer o piloto de Cascais na sua página de Facebook. "Sem dúvida alguma estamos a dar um passo enorme em termos de inovação e tecnologia e é um grande orgulho para mim ter sido escolhido pela Amlin Aguri Formula E Team , uma equipa com grande historial que está a apostar muito na Fórmula E. Aqui a tecnologia será fundamental, a Amlin tem essa experiência na analise de dados e vamos utilizar esse know-how para produzir estratégias que me vão ajudar em pista. Estou ansioso por dar ínicio a este novo desafio com a minha nova equipa neste novo campeonato, o campeonato do futuro!", concluiu.

Assim sendo, Félix da Costa estará nos testes coletivos que a Formula E irá fazer a partir de amanhã no circuito de Doningtoin Park, pois os seus compromissos com o DTM só acontecerão na semana seguinte, no autódromo de Moscovo. 

O campeonato de Formula E começa a desenhar-se em termos de pilotos, quando faltam cerca de dois meses do seu inicio, a 13 de setembro, em Pequim, numa competição com dez provas que decorrerá até junho de 2015, com o seu fim em Battersea Park, em Londres.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Rumores do dia: Caterham com novo dono, Lotus com Mercedes em 2015

Primeiro rumor: A Caterham têm novo dono.

Todos sabem desde sexta-feira que Tony Fernandes decidiu vender a sua equipa de Formula 1. Já era algo esperado, depois dos avisos feitos no inicio do ano, em que investiu mais de cem milhões de euros desde 2010, sem ver qualquer ponto. Os maus resultados no inicio da temporada, a par do que aconteceu à Marussia no Mónaco, onde alcançou os seus primeiros pontos, com o nono lugar de Jules Bianchi, foram a "gota de água" para Fernandes, que decidiu então virar-se para o futebol, onde o "seu" Queens Park Rangers subiu no final da última temporada à Premiership.

Para além disso, a queda do negócio com a Renault, que tinha feito uma parceria com a Caterham para fazer reavivar a Alpine, também contribuiu para o final do negócio. Assim sendo, o Joe Saward fala no seu blog que o novo comprador poderá ser de origem suiça, com o capital vindo do Médio Oriente. Por lá também se fala que poderá ser contratada uma equipa técnica "de emergência" com o objetivo imediato de alcançar o nono lugar do campeonato de Construtores, que pertence agora à Marussia.

Uma coisa é certa: o anuncio será feito esta quarta-feira. E que o negócio só envolverá a equipa de Formula 1, já que Fernandes manterá o negócio dos carros de estrada.

P.S: Surgiu agora um "tweet" afirmando que a pessoa que dará a cara por este consórcio será o ex-piloto holandês Christijan Albers. A ser verdade, quero acrescentar que grande parte da sua carreira automobilistica foi associado a outra personagem da Formula 1: Colin Kolles. Que se fala estar por trás do projeto romeno da Forza Rossa. Nunca se sabe...

Segundo rumor: a Lotus vai trocar os Renault pela Mercedes

Os maus resultados desta temporada por parte dos motores Renault fizeram com que a Genii Capital procurasse uma alternativa mais barata - e mais competitiva - para a temporada de 2015, e parece que já conseguiram: a Mercedes irá equipar os carros de Enstone a partir da próxima temporada. Eles vão ficar com o lugar da McLaren, que como sabem, terão motores Honda no ano que vêm.

O anuncio poderá acontecer no fim de semana britânico, e a acontecer, significará que a Renault ficará reduzida à Red Bull, Toro Rosso e Caterham.

Os Pioneiros - Capitulo 31, as origens de Indianápolis

(continuação do capitulo anterior)


1909: O COMEÇO DE UMA LENDA AMERICANA


As coisas no inicio de 1909, nos Estados Unidos - ao contrário da Europa - eram de prosperidade e explosão para a nascente industria automóvel americana. Dezenas de companhias automobilísticas nasciam um pouco por todo o lado, e as corridas de automóveis viviam um autêntico "boom", graças aos sucessos da Vanderbilt Cup e do Grande Prémio da América. Um dos sítios onde existiam várias companhias automóveis era a cidade de Indianapolis, no estado do Indiana, a meio caminho entre Cleveland e Chicago, um importante entroncamento ferroviário.

Entendendo que ter uma pista permanente poderia servir quer para proporcionar entretenimento, quer para desenvolver automóveis e os seus componentes, alguns dos principais industriais da cidade decidiram constituir a 9 de fevereiro desse ano a Indianápolis Motor Speedway Corporation. Quatro homens contribuiram para a sua construção: Carl Fisher, James A. Allison, Arthur Newby e Frank Wheeler.

Fisher, então com 35 anos, era um visionário. De Greenberg, no Indiana, e filho de um pai alcoólico e sofrendo de uma forma severa de astigmatismo na sua infância, abandonou a escola aos doze anos e tinha sido um entusiasta de ciclismo no final do século, tendo começado a abrir um loja de reparação de bicicletas em Indianápolis. Em 1904, foi aproximado por uma pessoa que tinha a patente da lâmpada de acetileno, que serviria para iluminar os automóveis à noite. Ele adquiriu a patente e com o seu sócio James A. Allison, constituiram a Prest-O-Lite, que os fez milionários e com contactos na industria automobilística, entre os quais o piloto Barney Oldfield.

Isso fez com que Fisher fizesse aquilo que foi depois considerado como o primeiro concessionário de automóveis do mundo, vendendo carros de marcas como Packard, Stoddard-Dayton, Reo, Oldsmobile, Stutz, entre outros. Para os publicitar, chegou a colocar um Stoddard-Dayton num balão de ar quente e o pairou sobre a cidade, para admiração de toda a gente. O que ninguém sabia é que tinha tirado o motor para facilitar as coisas...

Quanto a Arthur Newby, era o presidente de uma das marcas de automóveis que era construída naquela cidade, a National, e tinha começado a converter alguns dos seus modelos para as corridas automobilísticas um pouco por toda a América, como a Vanderbilt Cup e o Grande Prémio da América. Já Frank Wheeler, era o proprietário dos carburadores Wheeler-Schreiber também situados em Indianápolis.

Estes quatro homens tinha conseguido juntar 250 mil dólares para o projeto, e rapidamente, Fisher encontrou um lugar nos arredores de Indianápolis para construir o seu circuito, uma oval - na realidade, um rectângulo de quatro curvas - com duas milhas e meia de comprimento (4023 metros) que ficou completo em poucos meses depois, de março a julho de 1909. Mais de 500 trabalhadores, 300 mulas e várias máquinas ajudaram a compactar a terra que ficou completada com uma camada de asfalto misturado com brita. O projeto era a concretização de um desejo que Fisher tinha desde que visitara o circuito de Brooklands, dois anos antes.

Contudo, a prova de inauguração, a 19 de agosto, foi um desastre. A prova, ocorreu num dia de grande calor e a superficie quebrou-se, causando vários desastres. O mais grave de todos foi quando o canadiano Wilfred Bourque perdeu o controlo do seu Knox e despistou-se, causando a sua morte e a do seu mecânico, Harry Holcomb. Outro mecânico e mais dois espectadores morreram, vitimas de vários acidentes. O grande vencedor foi Louis Schweitzer, que ganhou uma medalha, mas no final, o evento foi um fracasso. Para além dos acidentes, a superficie estava arruinada e a AAA, quer tinha supervisionado o evento, decidiu que iria boicotar o evento, caso não se fizessem modificações significativas.

Sem hesitar, em setembro desse ano, Fisher foi ter com os sócios e decidiu que iria cobrir aquela superficie com tijolos. Arranjou 3,2 milhões de tijolos, vindas de cinco fábricas de Indiana, e colocou-os à volta do circuito. No final, convidou o governador do Indiana para colocar um tijolo especial, feito de ouro. Nessa altura, os habitantes locais começavam a apelidar o circuito com o nome que o tornou famoso: "The Brickyard", e os primeiros testes com a nova superficie começaram e dezembro desse ano, com os carros a alcançarem confortavelmente a velocidade de 180 quilómetros por hora, o que deixou todos felizes. E à medida que 1910 se aproximava, Fisher pensava numa grande corrida para aquela pista, capaz de atrair os melhores construtores do mundo.

(continua no próximo episódio)

Youtube Video Presentation: a Formula E nas ruas de Londres

Tem apenas um minuto, mas podemos ver os carros da Formula E a desfilarem nas ruas de Londres, diante do Palácio de Westminster e do Big Ben. Faltam pouco mais de dois meses e meio para o inicio do campeonato e parece que a expectativa de uma competição bem interessante está alta...

Veremos. 13 de setembro é a data da prova inaugural, em Pequim.

Formula 1 em Cartoons - Austria (Riko Cartoon)

A famosa frase do meio da corrida, onde a Ferrari e o Kimi Raikkonen dialogaram sobre o facto do piloto finlandês poder tirar mais duas décimas ao seu tempo e do qual teve mais uma resposta "Raikkoniana" foi mais do que suficiente para que o Frederico Ricciardi (Riko) fazer este desenho acerca da lista de queixas que o piloto finlandês têm para fazer acerca do seu carro...

"... e esta é uma pequena lista das coisas que deveriam servir-me!...", diz um Kimi zangado, a sair do carro.