quarta-feira, 30 de setembro de 2015

WRC: China regressa ao Mundial

O Mundial de Ralis em 2016 vai conhecer a primeira alteração significativa no calendário com a inclusão do Rali da China, alargando o calendário para 14 provas, anunciou esta quarta feira a FIA, na sua reunião do Conselho Mundial. Esse anuncio significa o regresso do país ao WRC, após dezasseis anos de ausência.

Apesar de não haver todas as datas, não haverá qualquer rali excluído do calendário desta temporada. E isso é importante, dado que este não mudava desde há algum tempo graças a um acordo de cavalheiros entre a FIA e as marcas presentes: Ford, Citroen, Hyundai e Volkswagen.

Até agora só se conhece duas datas: a do Rali de Monte Carlo, que vai ser entre 21 e 24 de janeiro, e o Rali da Suécia, que vai ser entre os dias 12 e 14 de fevereiro. 

A imagem do dia

Hoje, Max Verstappen alcança a maioridade. Parece ser estranho escrever isto, mas compreenderá que diga isto quando afirmar que este jovem em particular guia desde o inicio do ano um carro de Formula 1. Algo que 99,99 por cento das pessas só o podem fazer num simulador porque ainda não chegaram lá, ou porque não tem idade para isso. Mas o mais estranho é que Max, que pode andar num carro de Formula 1 na pista lado a lado com os melhores, não pode andar na estrada, guiando um carro do dia-a-dia porque não tinha idade para tal. E andou este verão a tirar a carta de condução, quando ele deverá ter sido o único menor de idade da história do automobilismo a ter uma Super-Licença.

Só por aí, já entrou na história: o mais novo a guiar um Formula 1. Mas também ele já entrou na história por ser o mais novo de sempre a pontuar, e a sua temporada de estreia está a fazer calar os céticos sobre a sua precocidade na categoria máxima do automobilismo. Ate agora conseguiu 32 pontos e tem como melhor resultado um quarto lugar no GP da Hungria. O que é um feito quando em 2013... ainda andava no karting.

Pode-se dizer que "sim, é o filho de Jos Verstappen", e claro, sempre foi treinado para isto. Mas ele para chegar ali houve mais do que preparação. Há quem esteja preparado e não consiga resultados convincentes. Mas Max, filho de Jos, tem algo que o seu pai sempre procurou e parecia mostrar, mas não conseguiu: ser vencedor, ser campeão. Jos, campeão de Formula 3 na Alemanha, chegou em 1994 como terceiro piloto, mas acabou por ser o substituto de J.J. Letho, correndo em dez provas e conseguindo dez pontos. Depois disso, não obteve nada de impressionante, apesar de passagens por Arrows (duas vezes), Simtek, Tyrrell, Stewart e Minardi.

Quero acreditar que Max vai ter melhor sorte do que o seu pai, e que vai ser bem aconselhado e chegará a material capaz de ser campeão do mundo, ser o primeiro holandês a alcançar tal feito. Tem tudo para isso. E agora que chega à maioridade, poucos se lembram que por causa dele, a FIA alterou os critérios para a obtenção de uma Super-Licença e limitou a idade aos 18 anos. Ou seja, ele terá recordes do qual ninguém mais o baterá.

Formula E: Novos lugares para a terceira temporada

Se já é sabido como vai ser o calendário para a próxima temporada - terminará no fim de semana de 2 e 3 de julho em Londres - a terceira temporada da Formula E poderá ter novas cidades no seu calendário, com passagens por Hong Kong e Austrália. O site Motorsport.com falou com Alejandro Agag, que refere abertamente sobre duas chances de corrida no continente australiano, com Sydney à cabeça.

"Provavelmente, a primeira corrida na terceira temporada será em Montreal, e depois vamos para a Ásia, onde tivemos muito boas conversas com as autoridades de Hong Kong, mas ainda não há conclusões", referiu.

"Estamos falando de duas cidades na Austrália, que vão fazer a ligação para a etapa asiática no final do ano. Também estamos a planear para ir da Austrália até à América do Sul", concluiu.

Agag fala também que em 2017, a Formula E poderá ir a Tóquio e a Nova Iorque, onde já decorreram conversações nesse sentido. "Eu fui a Tóquio, quando fizemos a demonstração no mês passado e reuni-me com o governador de Tóquio. Foi uma excelente reunião. Eles estão muito interessados e estamos olhando os processos de lá, mas há boas perspectivas", declarou.

A Formula E irá começar dentro de quatro semanas, a 24 de outubro, em Pequim.

Noticias: Divulgado o calendário da Formula 1 de 2016

O Conselho Mundial da FIA divulgou esta tarde o calendário do Mundial de Formula 1 de 2016, onde coloca o seu inicio a 20 de março, em Melbourne, e o seu fim a 27 de novembro, no circuito de Abu Dhabi. Para além disso, haverá a novidade de Baku, no Azerbeijão, que acontecerá a 19 de junho, uma semana depois de Montreal e no mesmo fim de semana das 24 horas de Le Mans. E será o mais longo de sempre, com 21 corridas.

Para além disso, o GP da Alemanha vai voltar a 31 de julho, no circuito de Hockenheim, enquanto que o GP da Rússia e da Malásia irão trocar de lugar: Sochi acontecerá a 1 de maio, enquanto que Sepang será a 2 de outubro, duas semanas depois de Singapura. E a pausa de verão vai acontecer, com o GP da Bélgica a acontecer a 28 de agosto, quatro semanas após a corrida húngara. 

Eis o calendário completo:


20 de março - Austrália (Melbourne)
3 de abril - Bahrein (Shakir)
17 de abril - China (Xangai)
1 de maio - Rússia (Sochi)
15 de maio - Espanha (Barcelona)
29 de maio - Monaco (Monte Carlo)
12 de junho - Canadá (Montreal)
19 de junho - Azerbeijão (Baku)
3 de julho - Austria (Red Bull Ring)
10 de julho - Grã-Bretanha (Silverstone)
24 de julho - Hungria (Budapeste)
31 de julho - Alemanha (Hockenheim)
28 de agosto - Bélgica (Spa-Francochamps)
4 de setembro - Monza (Itália)
18 de setembro - Singapura
2 de outubro - Malásia (Sepang)
9 de outubro - Japão (Suzuka)
23 de outubro - Estados Unidos (Austin)
6 de novembro - México (Hermanos Rodriguez)
13 de novembro - Brasil (Interlagos)
27 de novembro - Abu Dhabi

Hamilton pode ser comparável a Senna?

Desde há algumas semanas que se sabia que Lewis Hamilton estava a aproximar-se do recorde de 41 vitórias de Ayrton Senna. À partida, a ideia de igualá-lo seria interessante, da mesma forma que Sebastian Vettel fez no último GP da Hungria, quando deu a segunda vitória do ano à Ferrari. Mas o mais espantoso é que o piloto britânico de 30 anos fez isso no seu... 162º Grande Prémio, praticamente as mesmas corridas que Senna (mais um) acumulou na sua carreira.

Podem ver os números pelo desenho do Bruno Mantovani - feitos de modo tão antecipado, dada a previsibilidade dos Mercedes nesta temporada - mas mais do que isto, todos andam a fazer a inevitável comparação: ele é tão bom como Senna? Uma coisa é certa, ele deseja pegar no testemunho e nunca perde a oportunidade de afirmar que quer ser um digno sucessor do piloto brasileiro, desde o seu inicio, nos karts. Ele sempre foi o seu ídolo, e Senna, certamente, poderia fizer lisonjeado, caso tivesse conhecido.

Mas há uma coisa interessante. Tal como o brasileiro nos seus dias, Hamilton lida com rivais de peso. Se Senna tinha Alain Prost, Nelson Piquet ou Nigel Mansell, o inglês lida com pilotos como Sebastian Vettel, Fernando Alonso ou Nico Rosberg. E creio que apesar de haver diferenças, há um paralelismo bem interessante. Primeiro que tudo, é um feito que Hamilton tenha conseguido isto tudo em oito temporadas e meia, mas isso tem uma explicação: se Senna tinha 16 corridas por temporada, Hamilton lida agora com uma temporada que tem em média 19, 20 corridas. E essas três/quarto provas a mais, acumuladas, fazem a diferença ao fim de sete anos, pois fazem 28 corridas. Ou seja, quase duas temporadas. Isso é interessante.

Outra diferença interessante é que Hamilton não procura as equipas com o melhor carro. O inglês lutou contra a Red Bull nos anos em que Sebastian Vettel dominou o campeonato, tentando ser o seu melhor rival, mas quase sempre foi mal sucedido. Aliás, se forem ver com mais pormenor, vão reparar que ele andou estas 162 corridas com o mesmo motor: a Mercedes. Primeiro na McLarem e agora na Mercedes. Ao contrário de Senna, que lidou com o Hart Turbo, Renault Turbo, Honda Turbo (e aspirado V10 e V12), Cosworth V8 e Renault V10. Nessa versatilidade toda dos anos 80 e 90, só faltou andar com o motor Ferrari...

Há outra coisa do qual poderemos dizer que há um "falso paralelismo" a Senna tem a ver com os seus primórdios. Hamilton é um produto da McLaren, que o ajudou a financiar a sua carreira desde o karting, ao contrário de Senna, que lutou para lá chegar, e apesar de ter "pais ricos", sempre olhou para a importância do marketing, ou seja, ter uma boa imprensa para atrair patrocinadores. E isso compensou: no final de 1982, a Rede Globo transmitia corridas da Formula 3 britânica só por causa de Senna... ambos lutaram para chegar lá e rechearam-se de títulos (Senna foi campeão da Formula Ford 2000 europeia em 1982 e da Formula 3 britânica no ano seguinte), mas no caso de Hamilton, havia um lugar reservado para ele no final desse percurso. Aliás, só não se estreou no verão de 2006, quando Juan Pablo Montoya saiu da equipa, porque não queriam prejudicar o seu campeonato de GP2, que eventualmente acabou por ganhar.

Há, contudo uma grande diferença - mas com os seus paralelismos - na sua vida fora das pistas. Se Senna era discreto (férias em familia na fazenda, passeios de jet-ski e barco) apesar de uma namorada mediática, Hamilton é mediatico, com namoradas mediáticas. No passado namorou com Nicole Scherzinger, e este verão foi visto a conviver com Rihanna nos Barbados... podemos dizer que nunca vimos Senna "loiro", ao contrário de Lewis.

Mas no "deve e haver", pode-se dizer que sim, ele é comparável. Tem um percurso igual, apesar das diferenças. Se no primeiro caso, as coisas terminaram prematuramente, no segundo, existe a curiosidade em saber como acabará. Mas pessoalmente, não acredito numa carreira pós-Formula 1. Não o vejo atraído pela IndyCar ou as 24 Horas de Le Mans, e nunca experimentou seriamente nada nesse campo. Senna também não teve grandes experiências nesse campo - o teste da IndyCar e uma corrida em Nurburgring, em 1984 - mas o meu cepticismo nesse campo é grande.

A descoberta do "Pequeno Bastardo"?

Para quem não sabe, eu conto: hoje faz 60 anos que James Dean morreu, vitima de um acidente quando conduzia o seu Porsche 550 Spyder na California. Dean, uma estrela em ascensão, fez três filmes nesse ano e era um "petrolhead" apaixonado que entrou em corridas na Califirnia nesse ano, de uma certa maneira antecipando outros atores da sua geração como James Garner, Steve McQueen e Paul Newman

Contudo, o ator que cunhou a frase "vive depressa e morre jovem" está outra vez nas noticias por causa do seu carro. Após a morte do ator, este ganhou reputação por ser um carro amaldiçoado por causa dos acidentes em que esteve envolvido após a morte de Dean, e em 1960, desapareceu dos ares, sem deixar rastro. Pois bem, pode ter sido (re)descoberto, isto se a noticia que aparece hoje no Flatout Brasil ser verdadeira.

Segundo se conta, um museu de automóveis da cidade de Volo, no Illinois, recebeu de uma fonte confiável uma dica sobre o carro. Segundo conta um canal local da cidade de Chicago, uma pessoa - que não se identificou - afirma que o automóvel pode estar escondido num prédio em Whatom County, no estado de Washington, no noroeste americano, atrás de uma parede falsa. Colocado num teste de polígrafo (o famoso detector de mentiras), a história foi de uma certa maneira corroborada.

Em suma, não passa de uma primeira pista, mas para algo que é procurado desde 1960, e já resultou em inúmeros becos sem saída, parece ser uma pista bem sólida, numa altura em que passa mais um numero redondo sobre o desaparecimento de um ícone da rebeldia dos anos pós-guerra. E um senhor "petrolhead".

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Formula E restringe trocas de pilotos ao longo da temporada

A pouco menos de um mês do começo da segunda temporada da Formula E, a organização decidiu restringir às equipas a possibilidade de trocar de pilotos a duas, interditando essa troca nas últimas três corridas do ano. Assim sendo, cada equipa poderá ter um máximo de quatro pilotos por temporada.

A FIA decidiu também que as equipas poderão fazer excepções nesse campo em casos de força maior, que serão averiguados pelos organizadores.

Na temporada passada houve equipas que fizeram uma alta rotatividade em termos de pilotos, como por exemplo a Andretti Autosport, que chegou a ter oito pilotos ao longo da temporada (Scott Speed, Jean-Eric Vergne, Simona de Silvestro, Marco Andretti, Franck Montagny, Matthew Brabham, Charles Pic e o malogrado Justin Wilson), enquanto que a e.dams, a Mahindra, a Venturi e a Abt mantiveram a sua dupla ao longo da temporada.

A Formula E começará a 24 de outubro em Pequim.

As imagens do dia



Um dos blogs que costumo seguir é o Heróis, que fala sobre os primórdios do automobilismo em Portugal. E ontem, colocaram imagens inéditas do GP de Portugal de 1959, que aconteceu no circuito feito no Monsanto, nos arredores de Lisboa. E as imagens, tiradas por George Phillips, mostram momentos da corrida portuguesa, como por exemplo, as autoridades a observarem atentamente a passagem do Ferrari de Phil Hill, ou a parte da auto-estrada que percorreram no circuito.

Formula 1 em Cartoons - Japão (Riko)

O "Riko" explica o que significa um "tafazzi". É uma pessoa masoquista que tira prazer em bater nas pertes baixas com uma garrafa de plástico. E com Fernando Alonso a dizer que são "todos génios, todos tolos", as coisas na McLaren parece que andam para trás...

O regresso da Formula 1 a sinal aberto

Inesperadamente, a Eurosport Portugal anunciou esta terça-feira que a Formula 1 regressará ao seu canal em 2016, após quase dez anos de ausência em sinal aberto. A emissora a cabo ficou com os direitos de transmissão por três temporadas, até ao final de 2018, e ficará com os direitos de transmissão não só das corridas como também dos treinos e das sessões de qualificação.

Peter Hutton, o CEO da Eurosport, comentou assim esta novidade: “A Formula 1 é uma das principais marcas desportivas e o maior evento no calendário de desportos motorizados. Garantir esses direitos para Portugal é uma demonstração adicional da nossa estratégia de adquirir ativos-chave a nível local e pan-regional, a par do nosso compromisso de ter os maiores eventos e capturar os melhores momentos desportivos no Eurosport. O que se tem provado já um sucesso, como é evidenciado pelo forte crescimento das audiências por toda a Europa”.

Existem poucos desportos com uma tão grande história em termos de narrativa e produção televisiva de classe mundial como a Formula 1 e estamos ansiosos por desenvolver essa herança para oferecer aos fãs em Portugal uma experiência de visionamento de grande qualidade. Esta novidade é apenas uma parte de um ano notável para o Eurosport, no qual o investimento em produção ajudou a atingir impressionantes audiências record para eventos emblemáticos em 2015 como o Open de França, o US Open, o Tour de France ou as 24 Horas de Le Mans”, acrescentou.

A aquisição dos direitos da Formula 1 vai acrescentar mais riqueza a um portfólio ainda mais rico em termos automobilísticos, já que tem os direitos de transmissão para o Mundial de carros de turismo, o WTCC, e as 24 Horas de Le Mans, que segundo contam, atraiu em 2015 16,2 milhões de espectadores um pouco por toda a Europa.

Este anuncio de um regresso da Formula 1 a sinal aberto pode ser explicado como uma flexibilidade em relação aos preços dos contratos. Desde que os direitos foram comprados por operadores de sinal fechado como a Sky Sports, na Grã-Bretanha, a audiência geral diminuiu em quase metade, pois as pessoas não estão dispostas a pagar mais dinheiro para assistir às corridas, e daí muitos preferirem ver as emissões "piratas" na Net, por exemplo. De uma certa maneira, parece pu haver mais dinheiro por parte da Eurosport, ou então há mais bom senso no sentido dos contratos, embora uma explicação plausivel seja a duração deste contrato, cerca de metade da duração habitual...

Mas em suma, é o regresso da Formula 1 a sinal aberto, embora seja a cabo. Algo que não acontecia desde 2006...

Automobilismo em Cartoons - Löeb no Dakar (Cire Box)

O anuncio da chegada de Sebastien Löeb no Rali Dakar a bordo de um Peugeot 2008 DKR foi recebido com serenidade, pois era algo que já se esperava há algum tempo. Contudo, a chegada do versátil piloto francês poderá agitar as águas em termos de mediatismo. E ele próprio diz que "vai dar nas vistas"...

Noticias: Haas anuncia Grosjean como piloto

A Haas anunciou esta terça-feira na sua sede americana que o francês Romain Grosjean será o seu primeiro piloto para a temporada de 2016, o primeiro da história da equipa na Formula 1. O anuncio foi feito em direto no site da marca na Net, e o piloto de 29 anos sai da Lotus, depois de quatro temporadas.

Pensar sobre o futuro e a minha carreira é importante. Conheci o projeto há alguns anos através da imprensa, depois tive a chance de conhecer o Gene e aquilo que ele queria fazer. E vi que a abordagem deles pode ter bastante sucesso. Se vamos correr na Formula 1, não é para ficar em último, é para fazer o melhor como piloto e terminar no pódio”, começou por afirmar.

Já Gene Haas elogiou a chegada de Grosjean à equipa e espera que ele seja a grande referência na equipa em termos de experiência na categoria. "Isso é parte da nossa estratégia de longo prazo. Sempre dissemos que queríamos um piloto experiente para nos liderar em 2016. A Formula 1 é um meio complicado, e o melhor modo de aprender é aprender juntamente com os outros. Romain era um dos vários candidatos, está na Formula 1 há muitos anos e tem sido um piloto excelente para a Lotus", começou por afirmar.

"Vi vários vídeos seus, e o que me impressiona é que ele marcou pontos em todas as temporadas, e este tem que ser o nosso primeiro objetivo: marcar pontos. É uma peça do nosso quebra-cabeças. Ele vai ser o nosso primeiro piloto e vai nos ajudar a fazer crescer a nossa equipa de Formula 1", acrescentou.

Campeão da formula 3 Euroseries em 2007, da AutoGP em 2010 e da GP2 em 2011, a sua carreira na Formula 1 começou na segunda metade de 2009 ao serviço da Renault - onde substitui Nelson Piquet Jr. - terminando em desastre, sem pontuar. O francês regressou à Formula 1 em 2012, ao serviço da Lotus, onde conquistou dez pódios e uma volta mais rápida. A sua melhor temporada foi em 2013, onde conseguiu seis pódios e 132 pontos, terminando na sétima posição da geral. Nesta temporada, Grosjean já conseguiu um terceiro lugar em Spa-Francochamps e está neste momento no quarto lugar, com 44 pontos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A salvação da Lotus

As noticias sobre o negócio Lotus-Renault sofreram hoje um novo desenvolvimento, com a Renault a apresentar uma garantia na suprema Corte de Londres no sentido de que até ao dia 7 de dezembro irá tomar conta da Lotus. É que era hoje que terminava o prazo que o tribunal britânico tinha dado para essas garantias, sob pena de colocar a equipa sob administração de falência, como aconteceu no ano passado à Manor e à Caterham.

"O Grupo Renault e a Gravity Motorsport, de propriedade da Genii Capital, têm o prazer de anunciar a assinatura de uma Carta de Intenções que diz respeito à potencial aquisição da Lotus pela Renault", começa por afirmar o documento oficial apresentado ao tribunal.

"A assinatura desta Carta de Intenções marca a primeira etapa da Renault para o projeto de ter uma equipa na Formula 1 a partir da temporada 2016, ampliando ainda mais os 38 anos de compromisso da empresa com o Mundial", continuou.

"O Grupo Renault e a Gravity vão trabalhar em conjunto nas próximas semanas para, eventualmente, transformar esse compromisso inicial numa transação definitiva, desde que todos os termos e condições sejam cumpridos entre as partes interessadas", concluiu.

Assim sendo, com essa garantia presente, é mais um sinal de que um acordo com a Renault vai acontecer, apesar do aparente desespero que se vive na equipa de Enstone nos últimos tempos. Um exemplo disso foi o que aconteceu na passada quinta-feira, onde falhou pagamentos em Singapura e na quinta-feira ficou de fora da sua área reservada no paddock. Ao ver a equipa à chuva e a pedir pizza para as refeições, Bernie Ecclestone decidiu abrir a sua área VIP para eles até que a situação fosse regularizada.

Resta agora saber quais serão as condições apresentadas e que tipo de acordo é que será feito. Há precisamente um mês, falei por aqui que o possivel acordo acontecerá na ordem dos 65 milhões de libras para 65 por cento da equipa, com a Genii Capital a ficar com 25 por cento, e Alain Prost iria ficar com dez por cento e seria o diretor de equipa. Não se sabe se até lá as coisas se alterarão, mas o facto de Pastor Maldonado ter já acordado a sua renovação para 2016 já seria um sinal de que as coisas estariam bem encaminhadas para um acordo e a continuidade da marca na Formula 1.

A acontecer, só falta uma questão: quem ocupará o lugar deixado vago por Romain Grosjean? É que tudo indica que amanhã, ele será anunciado como o novo piloto da Haas...  

A fuga dos pilotos da McLaren

A McLaren já viveu dias melhores, isso é um facto, e a aliança da Honda está ainda no seu inicio. Mas depois de um ano péssimo por causa do seu mau motor - culpa do defeito de uma das suas unidades de energia - os pilotos Fernando Alonso e Jenson Button parecem ter chegado a um ponto de saturação. Aos rumores sobre a retirada do britânico de 35 anos juntam-se à insatisfação do espanhol de 34 anos durante a corrida quando foi superado pelos Toro Rosso de Max Verstappen e Carlos Sainz Jr, chamando ao seu motor de "GP2", para que todo o mundo pudesse ouvir, fazem pensar que as coisas pelos lados de Woking poderão estar num ponto de ruptura. Pelo menos, é pelo que se lê na imprensa britânica...

A edição de ontem do Daily Telegraph fala que o futuro de ambos os pilotos é "incerto", apesar das declarações de Ron Dennis que eles ficarão em 2016. Fernando Alonso poderá ter uma cláusula que lhe permite sair da equipa no final do primeiro ano caso não esteja satisfeito com o carro. E vendo pelos resultados até agora, o asturiano tem a pior temporada desde 2001: onze pontos, e como melhor resultado um quinto lugar na Hungria. 

E quanto a Button, Ron Dennis está a tentar persuadi-lo a ficar por mais uma temporada, dando um aumento no salário, de oito milhões para 12 milhões em 2016. Talvez seja por isso que o britânico tem adiado o anuncio da sua retirada após dezasseis temporadas de bons serviços na categoria máxima do automobilismo. "Jenson estará no próximo ano na McLaren, tanto quanto eu e ele sabemos", começou por dizer Dennis. "O fato de que eu não tinha feito isso de modo muito claro para Jenson é que vamos cumprir o contrato de dois anos assinado entre nós", concluiu.

Contudo, Button não confirmou... nem desmentiu o seu patrão: "Não posso comentar", afirmou. "Essa é a escolha dele [Dennis]. Vai ter que esperar para ver. Eu não vou comentar sobre algo que eu não sei sobre o meu futuro. Eu nunca falei sobre assuntos privados, isso é tudo que eu tenho para dizer", concluiu. 

Em suma, Button está em reflexão e Dennis deseja dar aos seus pilotos uma segunda chance. A necessidade de ter dois pilotos experientes por mais uma temporada e a confiança que ainda tem sobre a sua parceira, a Honda, de que resolveram os seus problemas sobre o motor e que a unidade que apresentarão em 2016 será bem diferente da deste ano é a razão pelo qual quer segurar Alonso e Button. O que é estranho, pois no final de 2014, Button aceitou uma redução do seu salário para ficar e Dennis - que nunca escondeu que queria Kevin Magnussen no seu "lineup" só acedeu porque o dinamarquês não conseguiu encontrar patrocínios na sua terra natal...

E também há outra razão: Dennis está sob escrutínio. A McLaren tem perdido patrocinadores a cada ano que passa. Desde 2013 que não tem um patrocinador "master", após a saída da Vodafone, e as ofertas que tem surgido em cima da mesa não são suficientemente boas, e ao contrário do que acontecia nos anos de auge, não há fila de patrocinadores para entrar na equipa. A Hugo Boss, que estava na McLaren desde meados dos anos 80, saiu em 2014 para ir para a Mercedes, e há meses que nada se sabe sobre possíveis contratos. Eric Boullier já admitiu que não há nada no horizonte e o orçamento tem de ser encolhido para poderem suportar as despesas.

Talvez uma dupla totalmente nova - mas inexperiente - constituida por Kevin Magnussen e Stoffel Vandoorne seria ótimo para conter as despesas, pois seriam menos 32 milhões de libras (cerca de 38 milhões de euros) para gastar em salários. Mas a inexperiência não compensa a velocidade que ambos têm. Aliás, o belga está a caminho de um título na GP2 este ano...

Uma coisa é certa: a casa de Woking está em sarilhos bem grandes, e todos tem de trabalhar muito para resolver a situação, sob pena de as coisas chegarem à estaca zero. E será que Alonso, que tem fama de ser uma pessoa volátil quando não corre bem, aguentará mais tempo na McLaren? Ele já se foi embora uma vez de lá...

domingo, 27 de setembro de 2015

As imagens do dia (II)









Ontem meti as fotos dos carros expostos este fim de semana no Leiria Sobre Rodas, hoje foi a vez do desfile dos automóveis pelo centro da cidade, com direito ao policia-sinaleiro. E um drone a filmar tudo...

Apesar do tempo frio e nublado, valeu a pena. Eis algumas imagens do desfile desta tarde.

As imagens do dia




Foi mais um bom dia para as cores portuguesas no automobilismo e motociclismo. Se Miguel Oliveira foi o melhor na Moto3 do GP de Aragão, em Espanha, já Bruno Magalhães foi segundo classificado no sempre difícil Rali do Chipre, prova a contar para o Europeu de ralis. Se no primeiro caso já é a terceira vez que o piloto de Almada sobe ao lugar mais alto do pódio pela terceira vez nesta temporada, já no caso do piloto de Lisboa, o segundo posto a bordo do seu Peugeot 208 R5 faz com que suba ao pódio pela primeira vez nesta temporada, mas é um resultado que o mantêm nos seis primeiros no campeonato europeu de ralis.

E ainda tivemos uma vitória nas 24 Horas de Le Mans em Karting, graças à equipa EKT Portugal. As imagens estão aqui todas.

De uma forma cada vez mais frequente, parece que aparecemos nos pódios internacionais. Bom saber que o resto do mundo conheça um pouco mais de Portugal... e claro, muitos outros pilotos aparecerão por ali, como sabem. António Félix da Costa e Tiago Monteiro correram neste fim de semana e conseguiram pontos para os seus campeonatos, e parece que tivemos um campeão... italiano de quadcross, de seu nome, João Vale.

Em suma, a bandeira de Portugal desenrola em mais sitios onde possamos imaginar...

A imagem do dia

Deve ser, sem dúvida, o estacionamento da década. Já agora, foi no circuito de Navarra, este domingo, na Porsche Carrera Cup francesa. Os pilotos foram Jules Gounon e Joffrey de Narda, e eles parecem que olham como é que conseguiram fazer isso...

Formula 1 em Cartoons - Japão (Pilotoons)

Um dos momentos do GP do Japão desta manhã foi uma declaração de Fernando Alonso ao ser passado por Max Verstappen, na sua Toro Rosso, declarando que o seu carro tinha "um motor de GP2". Claro que o filho de Jos Verstappen tem outra opinião...

Formula 1 2015 - Ronda 14, Japão (Corrida)

Depois dos feitos de ontem, na qualificação, esperava-se que o dia de hoje, em mais um dos circuitos clássicos do automobilismo, foi um pouco como tem acontecido ao longo desta temporada: um passeio dos Flechas de Prata, com algumas intermitências por parte da Ferrari e quem sabe, da Red Bull e da Williams. E provávelmente saber se Nico Rosberg conseguiria encolher a diferença para Lewis Hamilton e o impedir de alcançar a vitória numero 41 da sua carreira. E claro, se Sebastian Vettel iria ser mais uma vez "o melhor dos outros".

Com Daniil Kvyat a largar das boxes - o carro foi reconstruido de propósito para a corrida - a Formula 1 preparava-se para mais uma corrida que iria ser vista muito cedo em paragens europeias. Para além disso, Jenson Button era o único que largava com pneus duros, enquanto o resto andava com pneus médios, numa corrida com tempo nublado, mas com pista seca, e onde poderia haver entre duas e três paragens para trocar de pneus.

Na partida, Hamilton conseguiu ser mais veloz do que Rosberg, com o alemão a cair para quarto quando o inglês o apertou. Atrás, Felipe Massa e Daniel Ricciardo tocaram-se e atrasaram-se. Ao mesmo tempo, Sergio Perez também tocou no carro de Massa, despistou-se e acabou na gravilha. Voltou à pista, mas também bem atrasado. No final da primeira volta, o inglês tinha uma vantagem de 1,6 segundos sobre Kimi Raikkonen, que conseguiu passar Sebastian Vettel. Massa e Ricciardo chegaram às boxes, mas com quase uma volta de atraso, e o brasileiro da Williams ainda teve de trocar de nariz por causa dos estragos que sofreu enquanto levava o carro até lá.

Nas voltas seguintes, Hamilton afastava-se do resto do pelotão, enquanto que Rosberg tinha de ter uma trajetória diferente para arrefecer o motor, que começava a aquecer demasiado, demasiadamente cedo. A partir da volta dez, com Alonso, começaram a primeira janela de paragens nas boxes, do qual o pelotão seguiu. E na volta 12, Hamilton liderava com sete segundos de vantagem, enquanto que o motor de Rosberg ficou frio o suficiente para poder atacar Valtteri Bottas. Sebastian Vettel vai às boxes na volta 14, numa altura em que apenas os Mercedes não tinham parado. Nico Rosberg parou na volta 16, enquanto que Hamilton parou na volta seguinte, mantendo a liderança.

Por esta altura, o inglês estava bem na frente, sem problemas em relação a Vettel e Bottas, pois ele conseguiu afastar-se o suficiente para fazer uma corrida tranquila. Atrás, Nico Rosberg passou o piloto da Williams na volta 18, conseguindo ficar com o terceiro posto.

A partir dali, não houve grande coisa em termos de lutas na pista, excepto a pela décima posição entre Alonso, o Red Bull de Kvyat e o Toro Rosso de Max Verstappen. O russo acabou por ir às boxes na volta 22, deixando ambos mais aliviados.

A seguir, Alonso aguentava os ataques do junior Verstappen, parecendo que o McLaren não era assim tão mau quanto se pensava. O holandês passou na volta 26, com o espanhol a queixar-se de que tinha "motores de GP2". Podia ter razão, mas dizer isso quando o presidente da Honda está no circuito para ver a corrida, o embaraço é bem grande...

Na volta 30, altura em que começou a segunda ronda de trocas de pneus, Kimi conseguiu passar Bottas para o quarto posto, numa altura em que Vettel passou pelas boxes, e na saída, foi passado por Rosberg. Nessa mesma altura, Hamilton tinha problemas com os seus pneus, mas demorou um pouco até fazer a troca.

A parte final da corrida não foi emocionante nos lugares da frente, apesar de Vettel se aproximar de Rosberg para o segundo posto. O alemão da Ferrari pensava que os carros da Mercedes iriam parar para trocar de pneus, mas provavelmente eles iriam correr até ao fim, enquanto que na Toro Rosso, Verstappen tinha apanhado Sainz Jr para os últimos lugares pontuáveis. O holandês passou-o na volta 46, ficando com o nono posto.

E até à meta, Hamilton cumpriu o que tinha a fazer, de modo burocrático. conseguiu uma vantagem de 16 segundos sobre o seu companheiro de equipa, fazendo mais uma dobradinha para a casa de Brackley, com Sebastian Vettel a ficar com o lugar mais baixo do pódio, na frente de Kimi Raikkonen, Valtteri Bottas, Nico Hulkenberg, os Lotus de Romain Grosjean e Pastor Maldonado (quem diria, os dois carros a chegarem ao fim... e nos pontos!) e os Toro Rosso de Max Verstappen e Calos Sainz Jr.

Sabia-se que a normalidade iria voltar ao pelotão da Formula 1, mas o impacto dessa normalidade foi tão grande que muitos se deverão ter questionado porque é que se levantaram tão cedo. Talvez a Formula 1 esteja acima de tudo...   

sábado, 26 de setembro de 2015

As imagens do dia
















Este fim de semana tenho na minha terra a exposição "Leiria Sobre Rodas", onde se expões mais de 500 automóveis, entre antigos e modernos, competitivos ou do dia-a-dia, de vários períodos de tempos, desde o final do século XIX (a Mercedes trouxe uma réplica do Patent Wagen de 1886) até aos dias de hoje.

E lá havia um pouco de tudo: cheguei numa altura em que algumas "grid-girls" se expunham num concessionário da Mercedes (o carro de Formula 1 estava dentro do estádio), mas depois vi muitas obras primas, fossem eles com duas ou quatro rodas. Escolhi algumas dignas de serem mostradas, e podem ver o resto no meu álbum do Facebook, se quiserem. 

Amanhã fechará a exposição com um desfile pela cidade. Vou tentar trazer fotos da ocasião.