domingo, 2 de março de 2014

Acabaram os testes. E agora?

Acabou hoje a sessão de testes da pré-época de 2014. Daqui a duas semanas, as coisas serão a sério em Melbourne. E não houve alterações significativas em termos de tempos, com os carros com motor Mercedes a monopolizarem a tabela de tempos, variando apenas nas equipas. Ora temos uma Mercedes, ora temos uma Williams ou uma McLaren. E parece que vão ser estes, mais a Force India, a mandar na grelha de partida, pelo menos nos primeiros tempos desta temporada.

Da Ferrari, pouca gente pode dizer se "esconderam o jogo" ou não. Que andaram o tempo todo a ver se aguentam corridas, isso é verdade. Mas a dizer que irão estar na primeira fila da grelha, não se crê, embora queiram lutar pelos primeiros lugares com a Mercedes. Mas curiosamente, nunca se viu os Ferrari ou Sauber no topo da tabela de tempos. Não quer dizer que estejam já excluidos, mas se alguém quer colocar um favorito, será definitivamente alguém com motor alemão.

E da Renault, a frustração parece ser a palavra de ordem naquelas bandas. Nenhuma das equipas pode dizer que teve sessões de testes calmos. Ora ficaram parados constantemente na pista ou nas boxes, devido aos muitos problemas que tiveram no chassis ou nos motores - as famosas 21 voltas que deram em Jerez ficarão na memória... - e ontem, Sebastien Vettel ficou parado nas boxes porque não deu... qualquer volta. Hoje, foi um disco do travão que "foi à vida", complicando mais as coisas. Claro, alguns adeptos "anti-Red Bull" esfregam as mãos de contente, pois acham que eles estão fora da lute pelo título. Mas o campeonato é longo e este ano, a última corrida conta a dobrar, portanto, poderão haver surpresas...

Mas creio que as coisas para a Renault estão muito feias para esta temporada. Na sexta-feira passada, terminou o prazo para a homologação dos motores. Por outras palavras, a partir desse momento, o desenvolvimento destes motores ficaram "congelados" até ao inicio do ano que vêm. Ora, quando os motores Renault têm atrasos na ordem dos quatro a cinco segundos, pode-se pensar que Red Bull, Caterham ou Lotus andam mais a pensar em livrar-se destes motores a partir de 2015 do que a alcançar alguma coisa nesta nova temporada.

De uma certa maneira, isto faz lembrar 2009, quando entrou em ação o anterior conjunto de regulamentos sobre o chassis, o motor e o KERS. Com isso, sairam de cena a Ferrari e a McLaren, que dos lugares da frente foram para a cauda do pelotão, indo a Brawn GP e a Red Bull para os seus lugares. Claro, as duas marcas anteriores voltaram para a frente, mas para terem uma ideia, nenhuma delas voltou a vencer campeonatos. Nas últimas cinco temporadas, a Brawn GP ficou com uma e a Red Bull apossou-se do resto, dando inicio à "era Vettel". E lembro de ver, nesse já longinquo ano de 2009, o Lewis Hamilton a lutar por um 15º posto...

A partir de 16 de março, veremos como vão ser as coisas. A minha suspeita é uma luta entre Mercedes, com Williams e McLaren à espreita, e veteranos como Jenson Button e Felipe Massa lutando pela vitória, com um "rookie" como Kevin Magnussen a ser como Lewis Hamilton em 2007: a surpreender.

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