terça-feira, 30 de junho de 2015

A Formula E pode ir para Imola?

Sempre achei que o grande defeito da Formula E é não ter um circuito permanente no seu calendário, e pensava que daquilo que ando a ouvir sobre o possivel calendário para a segunda temporada não teria grandes alterações. Mas parece que hoje surgiu algo completamente diferente: a proposta de um circuito permanente. E não é um qualquer: é Imola. Dizendo melhor... meia Imola.

A proposta foi mostrada hoje e mostra uma circuito de 2842 metros, onde é aproveitado o circuito entre Acqua Minerale, Variante Alta, Rivazza e a reta da meta, cortando antes de Tamburello, voltando à pista, evitando a Villeneuve, Tosa, e Piratella. Os subscritores são o presidente da câmara local, Daniele Manca, com o presidente da Con.Ami, Stefano Manara, que estiveram neste fim de semana de Londres com Alejandro Agag. O circuito cumpre os critérios, ou seja, um circuito com menos de 3000 metros, para que os carros consigam sempre ter energia para chegar ao fim.

Veremos se a proposta será aprovada. Alejandro Agag já disse há umas semanas que chegou a receber propostas de... 180 cidades para receber a competição elétrica.

A foto do dia

Esta foto é rara e vi no Facebook do Paulo Marinho Tavares: Jody Scheckter, em Fiorano, a testar o Ferrari 126C1 Turbo, que não iria aproveitar em 1981, porque tinha decidido abandonar a Formula 1. Com esta foto, decidi recordar o piloto, agora com 65 anos, radicado em paragens inglesas e a viver a sua vida como... agricultor biológico.

De origem judaica, nasceu em East London a 29 de janeiro de 1950, com um irmão mais velho, Ian, que também foi piloto. Depois de uma "entrada de leão" na McLaren, onde causou uma carambola na segunda volta do GP da Grã-Bretanha, em 1973, Scheckter mudou de atitude quando foi o primeiro a chegar aos destroços do carro de Francois Cevért, em Watkins Glen, nos treinos para o GP dos Estados Unidos daquele ano. A partir dali, o sul-africano só queria sair dali vivo.

Depois da Tyrrell e Wolf, Scheckter chegou à Ferrari no final de 1978 e aproveitou a ocasião para vencer em três provas, na Belgica, Mónaco e Itália. E por essa altura, os dias selvagens do piloto sul-africano já tinham desaparecido, tanto que aproveitou os passos em falso do seu companheiro de equipa, o canadiano Gilles Villeneuve, para ser campeão do mundo. E depois disso, Scheckter limitou-se a cumprir o contrato que tinha com Enzo Ferrari. Tanto que quando defendeu o titulo, conseguiu apenas dois pontos, contra os seis de Gilles.

Mas no meio disso tudo, foi um profissional dedicado até ao último dia, mesmo testando carros que sabia que não iria usar.

À caça de gambuzinos

Tem dias que dá nisto. Quem me conhece, sabe que gosto do que faço, e faço-o bem feito. E isso me deu ao longo destes oito anos de existência deste blog, vários convites para colaborar em sitios de automobilismo. Colaborei em sites como o Supermotores, o Portal F1, o Motordrome, a revista virtual Speed e recentemente, o Nobres do Grid e o Vavel Portugal. Sempre colaborei em automobilismo, escrevi sobre Formula 1, Ralis, Formula E, IndyCar, etc. Escrevi muito sobre a história e claro, sempre fui muito profissional e dei sempre o melhor, mesmo em momentos em que tinha de lutar contra mim mesmo e o meu desânimo, sempre que tinha frustrações de vária ordem.

Quando comecei nesta aventura, em 2007, estava desempregado, e sempre achei que isto serviria para duas coisas: a primeira, para me treinar a escrever noticias, reportagens, entrevistas, cronicas e afins, e a segunda serviria como montra para um possível empregador, que me recrutasse e pudesse por fim viver o meu sonho: ser pago para escrever. O sonho realizou-se por duas vezes, uma no inicio de 2009, quando fui para um jornal desportivo local, o Desporto Total, e a segunda, no outono de 2011, no Portal F1, quando me contrataram para escrever na versão portuguesa, pois o site tinha uma base inglesa.

Infelizmente, as experiências foram curtas: a primeira terminou cinco meses depois, com salários em atraso - sou credor de 2100 euros, e provavelmente nunca mais verei esse dinheiro - e a segunda também terminou ao fim de cinco meses, depois de divergências entre os dois sócios que tomavam a conta do negócio. Felizmente, nunca houve salários em atraso.

Há momentos em que sinto que voltei à casa de partida, e este é um deles. O pior disto tudo - daí o título, é que sempre que tenho um convite e o aceito, é daqueles em que a colaboração "é para aquecer", ou seja, não há dinheiro. É tudo voluntário. Sempre me contaram que nestas coisas, o dinheiro é um grande incentivo para continuar. Continuar a colaborar, a apresentar ideias, a melhorar o produto. Tive momentos em que vi coisas que poderiam ser geniais se arranjassem dinheiro para pagar a todos, arranjar publicidade ou um financiador. O momento mais frustrante foi a Speed, que poderia ter sido uma excelente revista se fizesse isso. Infelizmente, ou não conseguiram, ou não compreenderam a ideia. E perdeu-se uma chance.

Não vou dizer que não sei fazer outra coisa - claro que sei, e se aparecesse a oportunidade, não a enjeitaria - mas adoraria viver disto. Ter o meu pé de meia para colocar de lado e investir noutras coisas. Não quero abandonar isto, mas creio que é altura de deixar de ser ingénuo e não aceitar mais colaborações gratuitas. Para isso, já faço aqui. Ir para outros lados esperando que algum dia seja pago é um pouco esperar que chova no deserto. Isso pode nunca acontecer, ou quando acontecer, sera demasiado tarde.

Portanto, a partir de agora, terminaram as colaborações. Para além do blog, a unica excepção será a do Nobres do Grid, porque é uma coluna de opinião mensal. Sinto-me cansado de ao fim destes anos todos, terem sido mais as colaborações não-pagas do que pagas. E sinto também uma grande frustração porque ao longo deste tempo todo, a minha ideia de ter um sitio funcional, pago, onde todos saíssem beneficiados, esbarrasse com incompreensões e com intenções diferentes. Confesso-me até surpreso por não ter encontrado ninguém em português - quer em Portugal, quer no Brasil - que quisesse escrever sobre automobilismo e ser pago por isso, como fazem o Motorsport Brasil ou o Grande Prêmio. Acho que há muito romantismo por aí, e muito amadorismo também. Daí a efemeridade de muitos desses projetos em que me vi envolvido.

Acho que é altura de serem mais sérios, e eu ser menos ingénuo. Porque já estou muito cansado e frustrado. E a minha paciência - grande, para ser honesto - têm limites. 

Formula E: Renault vai construir o seu proprio propulsor

Dois dias depois do final da primeira temporada da Formula E, a Renault anunciou que na próxima temporada irá construir o seu próprio motor elétrico. A marca francesa, que forneceu propulsores elétricos a todas as equipas nesta temporada, vai construir um propulsor diferente para a e.dams, equipa liderada por Jean-Paul Driot e Alain Prost, e que teve Sebastien Buemi e Nicolas Prost como pilotos.

Estamos a tornar-nos um construtor independente para a próxima temporada, por isso vamos desenvolver o nosso próprio motor elétrico para o monolugar. Este ano ele é Spark-Renault e foi usado por todas as equipas, no próximo será Renault, utilizado pela e.dams-Renault”, explicou Patrice Ratti, o CEO da Renault Sport Technologies.

A Renault vai seguir o exemplo das restantes equipas, que vão fazer os seus próprios propulsores. A Virgin, por exemplo, aliou-se à Citroen, enquanto que a ABT está numa aliança com a Audi. As restantes equipas vão fazer as suas próprias unidades de propulsão, como a Venturi, a Mahindra ou a Andretti, entre outros.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Dailymotion Motor Show: O último episódio do Top Gear


Film 1 por topgear2015

Film 2 por topgear2015
Acabei a noite de ontem a ver, não sem alguma melancolia, o último episódio do Top Gear tal como o conhecemos. Com James May e Richard Hammond a apresentar o programa num estudio vazio, eles lá colocaram os filmes que já tinham feito antes de Jeremy Clarkson ter esmurrado o produtor e a BBC acabar por o despedir.

O programa consiste em dois filmes: um com carros clássicos dos anos 70 - Jeremy num Fiat 124, Hammond num MG e May num Peugeot 304 descapotável, passeando por campo inglês. E o final é surpreendente.

O segundo filme são os mesmos três estarolas, mas desta vez a guiar jipes. Os SUV's, tão na moda hoje. O orçamento? 250 miseras libras. E conseguiram-se algumas coisas interessantes: May num Mitsubishi Pinin, Hammond num Cherokee, e o orangotango num Opel Frontera. Ou como se diz na Grã-Bretanha... Vauxhall. Neste caso, sem escape e mais tarde com umas jantes... especiais.

E depois disto, aparecerá uma nova era. Os Três Estarolas vão para a Net, e o Top Gear terá Chris Evans e mais dois badamecos. Veremos como será num futuro próximo. 

Youtube Motorsport Racing: A segunda corrida de Londres na integra

A primeira temporada da Formula E acabou hoje, com a vitória de Sam Bird em termos de corrida, e onde Nelson Piquet Jr se tornou no primeiro campeão da categoria, conseguindo bater Sebastien Buemi... por um ponto, e com Lucas di Grassi a ficar no terceiro posto, a dez pontos do primeiro.

A corrida foi emocionante até à última curva, especialmente quando tivemos a parte de Bruno Senna, que conseguiu aguentar os ataques de Sebastien Buemi nas últimas voltas e quase perdeu o seu quarto lugar - o melhor resultado do ano para o sobrinho do Ayrton.

Assim sendo, quem não viu a corrida ou quem gostaria de voltar a vê-la, coloco aqui na integra o video da corrida de encerramento do campeonato, no Battersea Park.

domingo, 28 de junho de 2015

A foto do dia (II)

Isto foi do que sobrou do Abarth do búlgaro Teodor Slavov, morto esta manhã aos 31 anos de idade num rali na sua terra. Aparentemente, ele não teve grande chance após o acidente, enquanto que o seu navegador foi levado para o hospital, sem ferimentos graves.

Sempre nos disseram que o automobilismo é perigoso, mas creio que por estes tempos ganhou-se a ilusão de que, porque os carros estão cada vez mais fortes, nunca mais morrerão pilotos. Puro engano, nem a Formula 1 se salva, como soubemos no ano passado com Jules Bianchi.

No final, só podemos lamentar mais esta morte no automobilismo. Pagou o preço mais alto por aquilo que mais gostava.

A foto do dia

Nelson Piquet Jr nos braços dos seus membros de equipa, após o final da corrida de Londres. O piloto brasileiro da China Racing fez das fraquezas forças, após um desastroso 16º posto na qualificação para ao corrida de hoje, e a sua corrida foi dura, conseguindo subir até ao sétimo posto, mais do que suficiente para ser campeão, com um ponto de diferença para Sebastien Buemi, e dez sobre Lucas di Grassi. E na corrida, ambos ficaram na frente do piloto brasileiro, mas não se distanciaram o suficiente para o superar. E nisso, até teve a ajuda de... Bruno Senna, que foi o quarto no seu Mahindra.

O título de Piquet tem um sabor de justiça. Desde o "Crashgate" de Singapura, em 2008, a reputação do piloto brasileiro estava nas ruas da amargura. Fez uma carreira fora da Formula 1 e da IndyCar, andando no RallyCross, por exemplo, até que foi convidado em meados do ano passado para correr numa nova categoria, num carro totalmente novo. Aceitou o desafio sem problemas e conseguiu mostrar todo o seu talento, fazendo com que muitos, mesmo no Brasil, começassem a pensar de forma diferente sobre ele.

No final, duas vitórias, mais três pódios e uma volta mais rápida fizeram com que ele passe à história como o primeiro campeão na nova categoria elétrica. Mas a sua primeira vitória foi apenas em Long Beach, a sexta corrida do campeonato. A regularidade compensou.

Quanto à Formula E, as expectativas foram grandes, e em muitos aspectos, foram superadas. Os carros poderiam ser iguais, mas muitas das corridas foram bem disputadas. Há defeitos - só circuitos citadinos, alguns deles demasiado apertados, com o o de Battersea Park - mas as disputas até ao último momento atrairam fãs. 

A próxima temporada será diferente, porque os chassis serão feitos pelas equipas, com a FIA a ficar com as unidades de potência, que isso fica para 2017. Os custos aumentarão, é inevitável, mas no final, a industria automóvel - e nós - beneficiaremos disto tudo. Foi assim no passado, e será assim no futuro. 

Formula E em Cartoons: Nelson Piquet campeão! (Pilotoons)

E o Bruno Mantovani decidiu celebrar o título de Nelson Piquet Jr com este cartoon. Notem o detalhe do piloto que foi o quarto classificado na corrida de hoje. Esta geração é mesmo diferente da anterior...

Formula E: Bird vence, Piquet Jr. é o campeão

Nelson Piquet Jr. aguentou as pressões dos concorrentes e venceu o primeiro título da Formula E, conseguindo bater Sebastien Buemi e Lucas di Grassi. O piloto da China Racing terminou a corrida no sétimo posto, após uma qualificação desastrosa, onde partiu do 16º posto. Sam Bird foi o vencedor da corrida, aproveitando a penalização de Stephane Sarrazin.

As coisas começaram primeiro nos treinos, quando a instabilidade meteorológica colocou Stephane Sarrazin na pole-position, seguido por Loic Duval e Jerôme D'Ambrosio, com Sebastien Buemi no sexto posto e Nelson Piquet Jr dez posições mais atrás, na 16ª posição. Lucas di Grassi não tinha sido muito brilhante, pois tinha sido o 11º na grelha.

Com a luta pelo título ao rubro entre três pilotos, restava saber qual deles é que iria ser mais feliz, pois apenas treze pontos separavam o primeiro do terceiro lugar. Para Sebastien Buemi, bastava ser sexto classificado para ser campeão... desde que Piquet não pontuasse.

Com tudo isso em jogo, a corrida começou com Piquet a ganhar quatro lugares, enquanto que Buemi subiu para o quinto lugar. Di Grassi subiu dois lugares, para o nono lugar. Na frente, Sarrazin conseguiu manter a liderança, enquanto que Jerome D'Ambrosio consegui passar Loic Duval. Atrás, o brasileiro da China Racing afastava-se dos da frente, conseguindo perder cinco segundos em menos de cinco voltas.

Na quinta volta, Leimer e De Silvestro tocaram-se e um dos pedaços caiu na pista, causando confusão, mas sem consequências. Mas duas voltas depois, Sakon Yamamoto bateu na travagem para Curva 2 quando tentava passar Jarno Trulli, e arrastou-se na pista. As bandeiras amarelas foram agitadas, mas nada de Safety Car. Na décima volta, Nick Heidfeld foi para as boxes para tentar trocar de carro, e Di Grassi ganhou uma posição, enquanto que Piquet Jr continuava fora dos pontos. A seguir, Vergne (que era nono), era penalizado, e Piquet entrava nos pontos.

Na volta 15, os pilotos pararam para trocar de bólido, com Piquet a ficar na pista por mais duas voltas.  Mas na saída, Buemi faz um pião na curva 2 e perdeu tempo, com Di Grassi logo atrás do suiço. Na frente, Sarrazin está na frente de Duval e Bird, enquanto que Piquet saia da pista no décimo posto, pressionado por Nicolas Prost. Nesta altura, Buemi era campeão por quatro pontos sobre Piquet (143 contra 139), mas o suiço nessa altura tinha a volta mais rápida. Pouco depois, Oliver Turvey tinha conseguido a volta mais rápida e a diferença tinha sido reduzida para dois pontos. Ao alcance de Piquet, que bastava passar um piloto e fazer a volta mais rápida.

Na volta 19, Fábio Leimer bateu no muro numa das chicanes e o Safety Car foi obrigado a entrar na pista. Ele ficou por duas voltas, para que os comissários tirassem o carro do suiço da Virgin, e quando voltou a corrida, Piquet estava atrás do seu companheiro de equipa, Oliver Turvey. Na frente, Bird era agora o segundo, enquanto que Duval caia para quarto, passado por D'Ambrosio.

Na volta 23, Piquet passou para nono, atrás do mexicano Salvador Duran, mas logo a seguir, o brasileiro passou para o oitavo lugar, o que daria o campeonato para o brasileiro... por um ponto. E ele estava imediatamente atrás de Buemi e Di Grassi. O suiço da e.dams reagiu e tentou passar Bruno Senna, o quinto, mas conseguiu defender-se.

Na frente, Bird estava a pressionar Sarrazin para a liderança, enquanto que atrás, Senna defendia-se de Buemi. O britânico tentou passar na penultima volta, mas sem sucesso, enquanto que Buemi tentou tudo para passar o sobrinho de Ayrton Senna, mas aguentou.

No final, Stephane Sarrazin aguentou os ataques de Sam Bird - e o carro "a seco" - para vencer a corrida, mas os comissários aplicaram uma penalização de 49 segundos por excesso de energia, dando a vitória ao piloto britânico, com D'Ambrosio e Duval nos outros lugares do pódio. Todos subiram uma posição, com Buemi a ser quinto, Di Grassi sexto e Piquet sétimo, mas o piloto brasileiro a ser o campeão, com um ponto de diferença: 144 contra 143 pontos do piloto suíço, num final absolutamente emocionante. Lucas di Grassi acabou em terceiro, com 133 pontos. 

Ralis: Piloto bulgaro morre em acidente

O piloto bulgaro Teodor Slavov morreu esta manhã no rali Vardica-Elena, disputado na sua Bulgária natal. O acidente ocorreu quando o seu carro, um Abarth Punto S2000, perdeu o controlo e sofreu um forte impacto, tendo ficado totalmente destruido. Apesar de ter sido mobilizados os meios de socorro, que chegaram rapidamente ao local, Slavlov não resistiu aos ferimentos. Tinha 31 anos.

Slavlov tinha um palmarés impressionante na região, tendo participado no European Rally Challenge, ao volante de um Renault Clio R3, e no Mundial Junior do WRC, onde foi terceiro classificado em 2010. Em 2013, tinha vencido a FIA Balkan Cup.

Youtube Motorsport Racing: A primeira corrida de Londres na integra

Este sábado houve a primeira corrida da jornada londrina da Formula E, que ao contrário dos outros, vai ser uma jornada dupla. Com três pilotos em batalha para o primeiro título da categoria - Lucas di Grassi, Nelson Piquet Jr e Sebastien Buemi - a prova deste sábado prometia ser emocionante, pois o piloto suíço tinha a pole-position e iria fazer de tudo para vencer e aproximar-se da dupla brasileira.

E foi o que aconteceu: Buemi venceu e reduziu a diferença para cinco pontos sobre Nelson Piquet Jr, que foi quinto, ficando até atrás de Lucas di Grassi, que foi quarto. E a diferença entre primeiro e terceiro é de 15 pontos, deixando tudo em aberto para a corrida deste domingo.

Se não viu a corrida, ou quer voltar a ver, coloco aqui o video da prova.    

sábado, 27 de junho de 2015

A foto do dia

Miguel Oliveira, em Assen, a comemorar a sua segunda vitória na Moto3 e a consolidar o seu terceiro lugar no campeonato. Os seus pais estão ali a celebrar mais um feito o seu filho, que já começa a mostrar que aquela vitória em Mugello não foi por acaso.

De tudo o que vi este sábado, o que retenho foi a recepção que teve no Aeroporto de Lisboa, que chegou por alturas dos telejornais. Mesmo num dia em que os sub-21 aplicaram uma goleada histórica de 5-0 à Alemanha e se classificaram para a final da categoria, houve um dos canais que fez um direto e o entrevistou, com a multidão à sua volta a celebrar o feito.

Não sei onde é que os jornais desportivos vão colocar este feito, mas os jornais ditos "normais" arranjarão um lugar para ele na primeira página, mesmo com a situação da Grécia, a morte portuguesa no atentado terrorista na Tunisia e os tais 5-0 à Alemanha. Tem de fazer, afinal de contas, dois dias antes, eles arranjaram uma foto grande para comemorar a medalha de ouro da Telma Monteiro nos Jogos Europeus...

Mas bem vistas as coisas, para um país pequeno, começamos a mostrar-nos cada vez mais.  

CNR: Moura bate Fontes e vence Rali Vidreiro

Foi duro, foi apertado, e no final o melhor foi o açoriano Ricardo Moura, no seu Ford Fiesta R5. O atual campeão nacional conseguiu bater José Pedro Fontes por meros 3,9 segundos, depois de uma luta dura entre eles, com mais alguns protagonistas, como Pedro Meireles e João Barros. Meireles, com o seu Skoda, esteve prestes a vencer, mas dois piões em Espite deitou tudo a perder, perdendo um minuto e caindo para o quarto posto final.

Com isto, o piloto de São Miguel venceu o Rali Vidreiro pela terceira vez na sua carreira, depois das vitórias em 2011 e 2012.

O filme deste sábado começa onde deixamos no dia anterior, onde José Pedro Fontes tinha terminado o dia a liderar, depois de duas passagens pela classificativa do Farol e da Super-Especial no centro da Marinha Grande. O dia de hoje começou com Carlos Martins, no seu Skoda Fabia S2000, ter começado ao ataque. Mas apesar de ter vencido a primeira classificativa do dia, a primeira passagem por Caranguejeira, Martins onde acabou a sair de estrada na classificativa seguinte, em Espite. 

A partir daqui, assistiu-se a uma luta a quatro entre Fontes, Moura, Meireles e o Ford de João Barros. O piloto açoriano comandava após as duas primeiras classificativas do dia, com uma vantagem de 1,3 segundos sobre Pedro Meireles, e 7,6 segundos sobre José Pedro Fontes. João Barros era o quarto, a 8,1 segundos, e todos estavam a dar mais de meio minuto sobre Adruzilo Lopes, no seu Subaru Impreza, no quinto posto.

Meireles continuou a ser veloz, e quando chegou ao Pinhal do Rei, para a última classificativa da manhã, voltou a vencer, mesmo que tenha conseguido o mesmo tempo do que... José Pedro Fontes! E isso foi mais do que suficiente para passar à liderança, com 0,9 segundos de diferença sobre o piloto açoriano, e com José Pedro Fontes a ser o terceiro, a 6,3 segundos.

A tarde reservava as segundas passagens pelas classificativas da manhã, e na Caranguejeira, Fontes tinha sido o mais veloz, mas Meireles tinha sido o terceiro e aumentava a diferença para 1,2 segundos. 

Mas na classificativa seguinte, em Espite, o piloto de Guimarães sofreu dois piões e perdeu um minuto e sete segundos, perdendo a chance de vitória e ficando até fora do pódio. O grande beneficiado tinha sido Ricardo Moura, com 2,7 segundos sobre José Pedro Fontes, e tinha a liderança segura por 7,3 segundos sobre o piloto da Citroen. 

Talvez pelo desconhecimento do carro, no oitavo troço, que estava muito sujo, numa curva, arrisquei um pouco e fiz um pião, perdendo muito tempo. Logo a seguir, tentei recuperar, mas apanhei outra curva com muitas pedras. Passei com o carro pelo meio e fiz novo pião, perdendo mais um pouco. Isto estragou em termos de resultado final, mas fica a exibição e a sensação do dever cumprido, pois para quem nunca tinha andado no carro, ter um ritmo destes, foi muito bom, e deixa-me muito satisfeito”, admitiu o piloto de Guimarães.

E na última classificativa, no Pinhal do Rei, Moura segurou os ataques de Fontes, que venceu com 3,4 segundos de vantagem, reduzindo a diferença para 3,9 segundos.

Fontes, apesar de derrotado, estava contente com o resultado: “Fizemos tudo o que pudemos num rali em que nunca consegui imprimir o meu andamento. Ainda assim, assegurámos o segundo lugar final e dois pontos adicionais resultantes das cinco vitórias em especiais. Fomos, aliás, a equipa que mais troços ganhou. Infelizmente não conseguimos fazer melhor e agora temos de olhar em frente, resolver os problemas com o carro e começar desde já a preparar a próxima prova, que, ainda para mais, é extremamente exigente. Queremos estar na máxima força no Rali Vinho Madeira!”, respondeu o piloto da Citroen.

João Barros foi o terceiro na especial e terceiro na geral, com 31,1 segundos de diferença para o vencedor, enquanto que Pedro Meireles salvou o dia com o quarto posto, a um minuto e cinco segundos do vencedor. Carlos Vieira, no seu Porsche, foi o sexto classificado, a um minuto e 19 segundos, na frente de Adruzilo Lopes.

Agora, máquinas e pilotos voltam à ação na Madeira, no final do mês de julho.

Formula E: Buemi venceu a primeira corrida em Londres

Sebastien Buemi foi o grande vencedor da primeira corrida deste fim de semana em Londres, batendo Jerôme D'Ambrosio e Jean-Eric Vergne, conseguindo reduzir a liderança para cinco pontos, já que Nelson Piquet Jr. foi o quinto classificado, batido não só pelo piloto suiço da e-dams, mas também por Lucas di Grassi, que ficou à sua frente, no quarto lugar. Mas os três primeiros classificados estão juntos e são candidatos ao título para a última corrida, já que têm treze pontos de distância.

Depois de Sebastien Buemi ter conseguido fazer o melhor tempo nos treinos, conseguindo três pontos extra, Lucas di Grassi e Nelson Piquet Jr estavam um a seguir ao outro, no terceiro e quarto posto da grelha, com Jerôme D'Ambrosio, o belga da Dragon, a ser o segundo. Dos cinco pilotos que se estreavam na ronda dupla de Londres, o melhor tinha sido Oliver Turvey, na sétima posição, enquanto que Jarno Trulli iria largar do último posto, por causa da penalização de cinco lugares ao qual tinha sido sujeito.   

Horas antes da corrida, a organização decidiu que por causa da primeira curva, que era demasiado estreita para a passagem de dois carros, a competição iria começar atrás do Safety Car, pelo menos na primeira volta. No final dessa volta, a corrida começou com Buemi a conseguir afastar-se da concorrência, liderada por Jerome D'Ambrosio. Di Grassi e Piquet continuavam no terceiro e quarto posto.

Nas voltas seguintes, os brasileiros andaram à luta pelo terceiro posto, e na terceira volta, Piquet tentava passar Di Grassi, mas o piloto da Abt defendeu-se de forma musculada, com Jean-Eric Vergne a aproveitar para passar ao quarto posto, fazendo com que Piquet Jr. caisse para quinto. A seguir, o piloto francês pressionou Di Grassi para conseguir o terceiro posto, mas o francês da Andretti conseguiu passar o brasileiro da Abt na sétima volta, na travagem para a chicane da curva 13. Por esta altura, Piquet Jr continuava a ser o lider, mas Buemi tinha um atraso de apenas cinco pontos.

Com o passar das voltas, Vergne continuava a aumentar o ritmo para apanhar D'Ambrosio e tentar o segundo posto, enquanto que Buemi fazia a volta mais rápida, tentando conseguir o máximo de pontos possível. Com isso, a diferença entre Piquet Jr. e Buemi tinha ficado reduzido a três pontos.

Na volta 15, começaram as paragens nas boxes, com Piquet a ser um dos primeiros a parar, seguido por Oliver Turvey. Vergne e Di Grassi vieram a seguir, enquanto que Buemi veio na volta seguinte. Sam Bird foi o último a parar, na volta 17. 

Sem alterações na frente, a corrida voltou a ter Safety Car quando Daniel Abt bateu no muro na última curva por causa de uma travagem mal calculada. O carro de segurança agrupou todos os carros até ao inicio da volta 21, quando a corrida recomeçou. Buemi tentou ir embora, enquanto que Piquet ficou um pouco atrás de Di Grassi na luta pelo quarto posto.

Mas depois, o brasileiro da China Racing atacou o seu compatriota da Abt, tentando passá-lo para o quarto posto, enquanto que ao mesmo tempo, um terceiro brasileiro, Bruno Senna, fora penalizado por causa de um excesso de velocidade na saída das boxes. Na volta 26, Di Grassi fez a volta mais rápida, fazendo com que a diferença do suiço para a liderança ter alargado para cinco pontos. Ao mesmo tempo, Di Grassi atacava Vergne para o terceiro posto e tentando diminuir a diferença, enquanto que Piquet Jr. ficava para trás.

No final, Buemi foi o grande vencedor e conseguiu a sua terceira vitória na temporada, e garantindo também o título de construtores para a e-dams. D'Ambrosio conseguiu o seu segundo pódio da temporada, enquanto que Vergne deu à Andretti mais um pódio, também o seu segundo da temporada, na frente de Lucas di Grassi e Nelson Piquet Jr. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram 

No final, os três pilotos tinham um diferença de treze pontos entre si (Piquet 138, Buemi 133 e Di Grassi 125), e as expectativas para a corrida de amanhã são extremamente altas. 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

A foto do dia

Descobri isto hoje num grupo do Facebook. Estes dois senhores são Gilles e Didier Pironi Jr, os gémeos de 26 anos de idade, filhos de Didier Pironi, que o pai nunca os viu, pois ele morreu em agosto de 1987, durante uma prova de motonáutica na ilha de Wight, no Canal da Mancha.

Para identificação, digamos que Didier Jr é o ruivo, enquanto que Gilles Pironi é o moreno. Sempre quis saber o que esses dois rapazes andariam a fazer, e pelos vistos, aqui nesta foto estão a admirar o carro que o pai guiou em 1980, ao serviço da Ligier. Pelos vistos, nenhum deles seguiu a carreira automobilística do pai ou do tio José Dolhem, mas pelos vistos, sentem orgulho por aquilo que ele fez na Formula 1. 

E provavelmente, a mãe deles deve ter dito a razão pelo qual eles têm os nomes que têm, e as circunstâncias que tiveram os seus nomes. Da minha parte, foi uma curiosidade satisfeita.

CNR: José Pedro Fontes na frente no Rali Vidreiro

Após as três primeiras classificativas do Rali Vidreiro, José Pedro Fontes é o líder do rali que vai decorrer este fim de semana na zona da Marinha Grande. O piloto da Citroen venceu a primeira especial, a primeira passagem pelo Farol, e a especial feita no centro da cidade vidreira, ficando com uma vantagem de 1,8 segundos sobre o Ford de João Barros, e 1,9 segundos sobre o outro Ford de Ricardo Moura.

Feitas a verificações, no Pavilhão das Atividades Económicas da Marinha Grande, máquinas e pilotos prepararam-se para as classificativas desta sexta-feira, as duas passagens pelo Farol, em São Pedro de Muel, com 18,45 quilómetros de extensão. Ali, Fontes conseguiu bater os seus adversários com uma vantagem - magra - de 0,6 segundos sobre João Barros e 0,9 segundos sobre Ricardo Moura. Pedro Meireles, que estreava aqui o seu novo Skoda Fabia R5, era o quarto classificado, com uma diferença de 2,2 segundos sobre o primeiro, enquanto que Adruzilo Lopes era o quinto, com o seu Subaru, mas já a 8,8 segundos da liderança. 

Carlos Vieira, no seu Porsche, era apenas oitavo, tendo sofrido um furo e perdido 22.6 segundos.

Já na segunda passagem, o vencedor foi outro: o Porsche GT3 de Carlos Vieira foi o mais veloz, com uma vantagem de 0,8 segundos sobre Pedro Meireles, enquanto que Ricardo Moura era o terceiro, a 1,8 segundos do piloto da Porsche. José Pedro Fontes tinha feito o quarto melhor tempo, a 1,9 segundos do vencedor, mas mantinha a liderança, agora a 0,8 segundos de Ricardo Moura.

Com os pilotos de volta`a Marinha Grande, para a especial no centro da cidade, onde José Pedro Fontes foi o melhor, conseguindo uma vantagem de 0,2 segundos sobre João Barros... apesar de ter tido um problema com o turbo, que segundo ele, "impediu-nos de tirar todo o proveito do motor".

Ricardo Moura, também em Ford Fiesta, foi o terceiro e perdeu 1,1 segundos para o piloto da Citroen, caindo para o terceiro posto, a 1,9 segundos do líder. Pedro Meireles não tinha os melhores pneus para esta classificativa e perdeu 2,6 segundos para o vencedor da especial e agora ocupa o quarto posto, a 3,7 segundos do primeiro.

Adruzilo Lopes foi o quinto e continua a ser o melhor do agrupamento de Produção, enquanto que Carlos Vieira perdeu 13,4 segundos, por ter enganado no percurso e caiu para o oitavo posto da geral.

O Rali Vidreiro regressa amanhã à estrada, com mais seis especiais de classificação.

O sucesso da competição elétrica

Contrariando os cepticismos e os que acham que uma competição com automóveis elétricos não passaria da primeira temporada, a Formula E vai acabar este fim de semana o seu primeiro campeonato com três candidatos ao título, dois deles brasileiros. E ambos - Lucas de Grassi e Nelson Piquet Jr. - não gramam um com o outro, da mesma forma que o pai de Nelsinho não gramava o tio do Bruno, Senna, claro.

Em Londres, irá haver uma jornada dupla, com 50 pontos em disputa, quando os dois primeiros estão separados por dezoito pontos, com Sebastien Buemi, o terceiro classificado, não está muito longe. E para além da emoção de uma luta a três, falamos de uma competição que cresce em popularidade, está bem organizada, e atrai cada vez mais pessoas. Afinal de contas, quem me aponta a competição onde temos o presidente de câmara de uma cidade a andar dentro de um carro de competição? E nem falo da Formula 1...

É certo que não se acerta tudo à primeira. É uma competição monomarca, como na IndyCar, mas a partir do ano que vêm, haverá uma liberalização nesse sentido. Há ajustamentos a fazer em relação às corridas - são curtas, não chegam a uma hora - e nem todos gostam da ideia de ter os pilotos a trocar de carro a meio da corrida. E as corridas são todas dentro das cidades, mas esse deve ser a ideia deles: que o automobilismo é compatível com o dia-a-dia de uma grande cidade, trazer às massas. Mas Alejandro Agag, o diretor da competição, já afirmou que gostava de ver carros a completarem uma corrida com uma só bateria dentro de cinco anos. Veremos se os seus desejos se cumpram.

E o mais interessante - eu li isto por estes dias - é que Jean Todt apareceu o dobro de vezes em corridas da Formula E do que na Formula 1, sinal de que isto tem o apoio da entidade máxima do automobilismo, a FIA. E claro, já há vozes que defendem que Agag deveria substituir o anãozinho tenebroso, Bernie Ecclestone.

Mas mais do que isso, a tecnologia elétrica tem finalmente uma competição digna do seu nome. As marcas poderão desenvolver os seus produtos - e o aumento de custos será inevitável - e esse tecnologia passará para os carros de estrada. Inevitavelmente, num espaço de dez anos, haverá mais tecnologia limpa nas nossas estradas, as baterias aumentarão a sua duração e o seu alcance, e novos materiais entrarão em cena, substituindo materiais mais poluentes, que estão a ser usados neste momento para as baterias, e do qual os seus detractores atacam.

O cartoon é do Bruno Mantovani. Que venha o fim de semana de Londres!

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Noticias: Auto GP suspensa indefinidamente

A organização da Auto GP anunciou esta quinta-feira que o campeonato foi suspenso indefinidamente depois de terem visto que apenas sete carros estavam inscritos para a ronda de Paul Ricard, que iria acontecer neste fim de semana, durante a ronda do WTCC naquele circuito francês. Contudo, apesar desta contrariedade, a organização disse no seu comunicado oficial que considera um regresso no futuro.

"A organização deseja sublinhar que a edição de 2015 não está definitivamente terminada", começou por afirmar em comunicado oficial.

"Na sequência de uma revisão de sua estratégia, Auto GP deseja regressar dentro em breve às pistas, desde que haja um nível adequado à sua herança. Assim que haja um número suficiente de participantes, o campeonato será reiniciado com as modificações necessárias ao calendário original", concluiu.

A temporada deste ano era constituída por seis jornadas duplas, a começar na Hungria e a terminar no circuito de Montmeló, em Barcelona, mas o numero de participantes era escasso, com apenas nove carros, metade dos dezoito ambicionados pela organização. A última jornada dupla tinha sido em Silverstone, com o brasileiro António Pizzonia e o angolano Luis Sá Silva como vencedores.

Criado em 2010 como substituto da Formula 3000 Euroseries, era de origem italiana e comandada por Paolo Coloni. Desde então corria apenas com chassis Lola, que tinham sido usadas na A1GP de 2005 a 2007, e tinha sido uma alternativa à World Series by Renault e à GP2. Entre os vencedores da competição, tinham aparecido pilotos como o francês Romain Grosjean, o italiano Kevin Ceccon e o britânico Adrian Quaiffe-Hobbs. O japonês Kimya Sato tinha sido o último vencedor, em 2014.

A foto do dia

Amanhã à noite começa o Rali Vidreiro, na Marinha Grande. E hoje, o Pedro Ferreira já tirou fotos dos carros a chegarem ao Parque de Assistência ao pé do Estádio Municipal da Marinha Grande. 

Vai ser interessante de se ver.

A aventura (abortada) de um carro de pista no Pikes Peak

A subida de Pikes Peak acontece todos os anos no final deste mês de junho no estado americano do Colorado, e apesar de aqui na Europa só damos atenção quando alguma marca coloca um dos seus "monstrtos" para bater o recorde da subida (Audi e Peugeot no final da década de 80, com Walter Rohrl e Ari Vatanen, Peugeot de novo em 2013 com Sebastien Löeb), este ano, a excentricidade estava garantida graças a um protótipo LMP2 da ARX, com motor Honda, que iria ser guiado por Justin Wilson. Digo "iria", porque esta quarta-feira, o carro foi retirado da lista de inscritos devido a problemas de motor que não poderiam ser resolvidos em tempo útil.

"É com pesar que anunciamos a retirada do nosso protótipo ARX-04b LMP2 do Pikes Peak International Hill Climb deste fim de semana", começa por dizer o comunicado da Honda Performance Development. "Tomámos esta decisão após ter encontrado uma série de problemas mecânicos que não poderiam ser resolvidos no local, e em reconhecimento ao fato de que nós não seriamos capazes de corrigir esses problemas em tempo útil para tornar o carro suficientemente competitivo no evento de domingo", continuou.

"Nós entramos em Pikes Peak com o ARX-04b como um exercício exploratório e, embora o carro não participe mais no evento, reunimos uma grande quantidade de informações úteis a partir do qual iremos investir no desenvolvimento do carro para o Pikes Peak do próximo ano. Queremos expressar a nossa gratidão aos membros da equipe da Extreme Speed Motorsports, que nos ajudaram a preparar o carro, bem como o nosso piloto de longa data Justin Wilson, a quem nós orgulhosamente selecionamo-lo para que o guiasse até ao topo da montanha", concluiu.

A aventura da ARX apareceu este ano, poucas semanas após a participação de dos dos seus carros nas 24 Horas de Le Mans, onde terminaram na 15ª e 28ª posições. A participação seria na classe Unlimited, com a ideia de bater o recorde de subida, de 8.13,373 segundos, que pertence desde 2013 ao Peugeot 208 de Sebastien Löeb. Mas quer a HPD, quer a Extreme Sports, sempre disseram que a ideia de participar este ano tinha mais a ver com uma exploração, para ver como as coisas funcionariam, para no ano seguinte atacar o atual recorde.

Veremos como acontecerá no ano que vêm.  

Formula 1 em Cartoons - Austria (Riko)


O Frederico Ricciardi (Riko) decidiu desenhar desta vez sobre os acontecimentos da primeira volta do GP da Austria, com o Ferrari de Kimi Raikkonen, e decidiu dizer que aquilo não foi mais do que um rebate de nostalgia... sacaneada.

Traduzindo:

- Fiiiu... que sorte a minha 'camera-car' não tenha funcionado! 

- Sim, admito, fiz ia manobra para estar perto da Ferrari de Kimi, mas eu não fiz por malícia! 

- Eu só queria saber o que eu ando a perder!"

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A foto do dia (II)

Hoje é dia de São João, e também é dia de recordar outro "João", neste caso, um argentino: Juan Manuel Fangio, "el Chueco" de seu nome, e provavelmente um dos pilotos mais míticos da história do automobilismo.

E ainda por cima, este ano faz 60 anos sobre o seu tricampeonato, o segundo pela Mercedes. E é por isso que coloco esta foto por aqui, do GP do Mónaco, na frente de Stirling Moss. 

Curiosamente, nem ele, nem o britânico chegaram ao fim...

A foto do dia

Isto apareceu no Twitter do jornalista alemão Tobias Gruner: o nariz que a Force India andou a experimentar por estes dias no circuito de Zeltweg parece REALMENTE com um nariz, pois aqueles buracos fazem lembrar... narinas!

Vamos a ver se isto é eficaz. Caso seja, prevejo o inicio de uma tendência.

Adivinhem quem vai experimentar um carro de Formula E?

Ser o "mayor" de Londres é um cargo de grande prestigio, pois falamos de uma metrópole de oito milhões de habitantes, e em termos de importância, só perde para o primeiro-ministro. Boris Johnson, de 51 anos, um antigo jornalista convertido a deputado do partido Conservador e depois a "Lord Mayor", é altamente popular, tanto que de quando em quando é apontado como um futuro lider do partido quando o atual presidente (e atual primeiro ministro), David Cameron, se reformar.

Mas porque falo de Johnson por aqui? Pois bem, ele vai guiar um carro elétrico neste fim de semana. E não é um carro qualquer, é um Formula E. O evento vai acontecer durante a jornada dupla do campeonato, no Battersea Patk.

"Johnson, um ávido ciclista, irá conduzir o Spark-Renault SRT 01E de 270 cavalos à volta do circuito de Battersea Park, construido de propósito para a jornada dupla de encerramento do campeonato", lê-se numa declaração divulgada no sitio oficial da Fórmula E.

"O "lord mayor" tem sido um apoiante entusiasta de corridas elétricas em Londres, e este vai ser o primeiro grande evento de monolugares na capital britânica desde 1972", concluiu.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Os verdadeiros motivos para a ausência de Jaime Alguersuari


Quem está a par da noticia de que o suiço Fabio Leimer será piloto da Virgin na ronda dupla de Londres, pensava que o facto de ter subsituido Jaime Alguersuari tinha sido apenas por algum motivo técnico ou porque o piloto espanhol teria algum compromisso para aquele fim de semana e que colidiria com a Formula E. Contudo, esta noite surgiu um comunicado oficial que explica que a sua ausência se deve a... problemas de saúde.

No seu comunicado oficial largado na sua página de Facebook, o piloto de 25 anos afirmou que teve a sua licença desportiva temporariamente suspensa porque sofreu um problema de saúde após a corrida de Moscovo, há duas semanas, quando sofreu um problemas de desidratação e desmaiou.

"A seis de junho, após o ePrix de Moscovo, sofri um desmaio, como resultado de exaustão e consequente desidratação", começa por afirmar. "Após este desmaio, foram feitos exames médicos, com resultados até agora satisfatórios. Contudo, a minha licença foi suspensa temporariamente enquanto se aguarda a decisão da comissão médica da FIA, que ratifique que estou em plenas condições de exercer a minha profissão", continuou.

Apesar de me sentir bem e não ter sofrido mais episódios como o que aconteceu em Moscovo, e sem qualquer tipo de dúvida, acharia capaz de correr neste fim de semana, contudo, por razões relacionadas com protocolos de saúde e segurança, a investigação médica da FIA deve ser aprofundada e sem qualquer dúvida por esclarecer. Por essa razão, e em acordo com a Virgin Racing e da comissão médica da FIA, não vou participar na corrida de Londres deste fim de semana.

Uma pena, pois era a última corrida da temporada e tinha vontade de dar o meu melhor em Londres, mas os procedimentos da FIA são claros a este respeito e devemos respeitá-las.

Desejo-lhes toda a sorte do mundo à Virgin Racing na sua temporada de Fórmula E" conclui o comunicado.

A ronda dupla de Londres acontecerá neste fim de semana no Battersea Park.

Formula 1 em Cartoons - Austria (thomsonstudio)

Como disse Bruce Thomson, o autor deste cartoon, "foi um dia excitante na McLaren..."

As imagens do dia







Como sempre, quando não tem muito com que fazer - como parecia que estava a acontecer hoje em Zeltweg, por causa da chuva - a Lotus adora "quebrar a Internet". 

E o "feliz contemplado" foi Maurizio Arrivabene, o diretor desportivo da Ferrari, aproveitando a distração de sexta-feira passada, quando quase foi atropelado por Felipe Massa...

Youtube Mororsport Record: Veja Stirling Moss a bater um recorde do mundo


Ver os videos da British Pathé no Youtube valem sempre a pena. Digo isto por causa deste video a cores de 1957 feito por causa do recorde de velocidade efetuado pela MG, com Stirling Moss ao volante, do quilómetro lançado num carro com motor de 1,5 litros. E o chassis de aluminio, com um motor de 290 cavalos, sobrealimentado, foi aos Estados Unidos, mais concretamente no lago salgado de Bonneville, para bater um recorde que já existia desde 1939.

O resultado? Sucesso. Moss andou a 395,32 km/hora, batendo cinco recordes mundiais, colocando mais este feito aos imensos que ele alcançou numa carreira ecléctica, que foi desde 1949 a 1962.

Esta vi no FlatOut! Brasil

Formula E: Fabio Leimer será piloto da Virgin em Londres

O suíço Fabio Leimer será piloto da Virgin na ronda dupla da Formula e no Parque Battersea, em Londres, que vai acontecer neste fim de semana e encerrará a primeira temporada da Formula E. Ele vai correr no lugar do espanhol Jaime Alguersuari e vai ser o terceiro helvético a participar nesta corrida, ao lado de Sebastien Buemi e de Simona de Silvestro.

"Como um piloto de corridas, eu adoro um desafio e assim, ao juntar-me à Virgin Racing para a London ePrix vai ser um grande teste", começou por dizer Leimer.

"Vai ser uma incrível experiência de corrida num circuito de rua, no meio de Londres e uma ocasião ainda mais especial para a equipa na sua corrida caseira. Estou ansioso por correr ao lado do Sam [Sam Bird] e espero contribuir para um final de sucesso para a equipa", concluiu.

Aos 26 anos de idade (nascido a 17 de abril de 1989) Leimer é atualmente terceiro piloto da Manor-Marussia. Estreou-se nos monolugares em 2006, na Formula BMW alemã, antes de ir no ano seguinte para a formula Renault europeia. Em 2008 esteve na International Formula Master, onde foi vice-campeão pela Jenzer Motorsport, para no ano seguinte acabar por ser campeão.

Em 2010, passou para a GP2, ao serviço da portuguesa Ocean Racing, onde venceu uma corrida em Barcelona, antes de no ano seguinte se transferir para a Rapax, vencendo outra corrida. Venceu a GP Final, em Abu Dhabi, e em 2012, pela Racing Engeneering, foi sétimo classificado, antes de ser campeão em 2013. Contudo, isso não lhe deu o acesso à Formula 1, e em 2014, passou para a Endurance, onde correu ao serviço da "caseira" Rebellion Racing, conseguindo como melhor resultado um sexto lugar no Bahrein.

Youtube Motorsport Weirdness: quando uma mulher ficou no meio da pista

Tinha visto isto ontem, mas eu procurava pelo video no Youtube para poder publicar. Encontrei hoje, através do Flávio Gomes: no circuito de Posadas, na Argentina, uma mulher de 45 anos, aparentemente alcoolizada, decidiu ir para o meio da pista numa prova de TC Carrera, "porque queria morrer", depois de discutir como seu namorado.

Felizmente, os comissários de pista sinalizaram os pilotos para a situação e a corrida ainda estava na volta que aquecimento. Acabou tudo em bem, a policia deteve a mulher e a corrida prosseguiu sem incidentes.

Fez-me lembrar o padreco que invadiu a pista em Silverstone, em 2003, mas a senhora não levava qualquer cartaz nas mãos...

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A foto do dia (II)

Hoje passam exatamente 40 anos sobre uma das vitórias mais improváveis da história da Formula 1, um raro dia onde os "underdogs" conseguiram bater os favoritos e comemoraram no lugar mais alto do pódio. E onde uma equipa improvável, feita por um "playboy" e mais alguns entusiastas do automobilismo, alcançou o ponto mais alto da sua carreira.

James Hunt tinha a fama de ser veloz, mas propenso a acidentes. "Hunt, the Shunt" era o seu apelido. Alexander Hesketh era um aristocrata que tinha herdado o titulo aos... três anos de idade, quando o seu pai morreu. Aos 21 anos, teve direito ao dinheiro proveniente de um fundo, e Hesketh aproveitou para gozar a boa vida. Pelo meio, conheceu Alexander "Bubbles" Horsley, que tinha talento de piloto, mas com mais talento para a gestão. Hunt juntou-se a eles em 1972, na Formula 2, e no ano seguinte, Hesketh decidiu ir para a Formula 1... "para falhar de forma espectacular", segundo ele contou.

Compraram um March, contrataram um projetista de seu nome Harvey Postlethwaithe, e aos poucos, o March foi modificado de forma a ter tantas alterações que teve de ser considerado como um carro original em 1974. Ao mesmo tempo, a Hesketh começou a mostrar a boa vida às outras equipas. Desclocavam-se de Rolls-Royce, apresentavam-se com mulheres bonitas, mas em compensação, tinham bons resultados, e Hunt - que já demonstrava os seus excessos com as mulheres - era veloz e conseguia bons resultados.

Em 1975, o projeto do chassis 308B deu um bom inicio para Hunt, na Argentina, mas quando a Formula 1 chegou à Holanda, só tinha conseguido sete pontos, enquanto que Niki Lauda, por exemplo, já tinha 32. Mas Em Zandvoort, Hunt desafiou Lauda, numa corrida onde o inglês aproveitou as condições meteorológicas e conseguiu vencer o dominante Ferrari por pouco mais de meio segundo. Era a primeira vitória de um inglês desde o GP de Itália de 1971, com Peter Gethin, e era a vitória que Lord Hesketh e Bubbles Horsley tanto queriam.

E foi mesmo a tempo: no final do ano, Hesketh retirou-se da equipa porque ficou sem dinheiro, e Hunt foi para a McLaren ser campeão do mundo. Contra Niki Lauda.  

A foto do dia

Parecendo que não, dois anos passam muito rapidamente. E lembro até que ponto fiquei surpreso de como é que um acidente aparentemente forte, mas não particularmente grave, teve as consequências fatais que teve. E é sempre bom lembrar os que pagaram o preço mais alto, como o Allan Simonsen.

WRC: Mikkelsen renova com a Volkswagen

A Volkswagen parece que vai querer ficar com os seus pilotos por muito, muito tempo. Se Sebastien Ogier e Jari-Matti Latvala têm a sua permanência segura, esta segunda-feira a marca alemã anunciou que assinnou um acordo para renovar com o norueguês Andreas Mikkelsen e o seu navegador, Ola Floene. O periodo não foi contabilizado, mas a marca de Wolfsburgo afirmou que o contrato é longo.

Jost Capito, diretor da VW Motorsport, comentou sobre a renovação do norueguês: “A extensão do contrato de Andreas Mikkelsen e Ola Floene é muito boa notícia para a família da Volkswagen nos ralis. Tivemos muitos sucessos juntos nos últimos dois anos, e, esta época, estamos confiantes de que é apenas uma questão de tempo até o Andreas e o Ola reinvindicarem a sua primeira vitória. Estamos impressionados com o talento do Andreas e a forma analíticas e tática como ele enfrenta as coisas. Ficamos satisfeitos por lhe termos extendido o contrato. Com o duas vezes campeão do Mundo, Sébastien Ogier, com o vice-campeão Jari-Matti Latvala e o terceiro classificado do ano passado, Andreas Mikkelsen, a Volkswagen tem o melhor line up que poderiamos imaginar nos ralis”.

Para Mikkelsen, que desde há cinco anos está ligado à marca, primeiro através da Skoda, comentou: “Estou incrivelmente feliz por ter tido o meu contrato extendido com a Volkswagen. É um muito bom saber que a equipa está feliz comigo e com a minha performance e que querem continuar a trabalhar comigo. Estou grato por esta oportunidade para continuar a desenvolver esta grande equipa. Isto confirma que estamos no caminho certo e dá-nos um impulso extra para o futuro

Mikkelsen faz hoje 26 anos (nasceu a 22 de junho de 1989) e começou a correr em ralis aos 17 anos, em 2006, no Rali da Grã-Bretanha, a bordo de um Ford Focus WRC. Em 2008, conseguiu os seus primeiros pontos, ao ser quinto classificado no Rali da Suécia. 

Mikkelsen continuou a guiar com equipas privadas até 2011, altura em que foi contratado pela Volkswagen. Correndo com Skodas, tornou-se bicampeão do IRC (Intercontinental Rally Challenge), antes de correr no WRC com o terceiro carro da Volkswagen. Em 2014 conseguiu cinco pódios, entre os quais dois segundos lugares na Suécia, Polónia e França, terminando no terceiro lugar da geral.

Em 2015, conseguiu quatro terceiros lugares, estando neste momento no terceiro lugar da geral.

Formula 1 em Cartoons: Austria (Pilotoons)

Desta vez, parece que trocaram as polaridades: Pastor Maldonado acabou uma corrida nos pontos e Kimi Raikkonen acabou com Fernando Alonso em cima dele. Enfim...

domingo, 21 de junho de 2015

A foto do dia

Há precisamente 45 anos, o mundo estava de olhos postos na cidade do México, para assistir à final do campeonato do mundo entre Itália e Brasil. Mas horas antes, tinha assistido ao GP da Holanda, no circuito de Zandvoort, onde Jochen Rindt venceu pela segunda vez na temporada, na primeira conquista do Lotus 72.

Mas a corrida ficou marcada pelo acidente mortal de Piers Courage, que perdeu o controle do seu De Tomaso, capotou e pegou fogo no impacto contra o guard-rail e um banco de areia, devido ao facto do seu chassis ser de magnésio. Sendo um material altamente combustível, demorou muito tempo para que os bombeiros pudessem apagar as chamas.

Alguns acreditam que Courage teve morte imediata quando uma das rodas foi arrancada no impacto e o atingiu na cabeça, e francamente, quero acreditar nisso, porque morrer queimado é uma morte horrivel.

Herdeiro de uma marca de cervejaria com o mesmo nome, a sua riqueza foi mais do que suficiente para que tentasse a sua sorte como piloto. Era veloz, mas impulsivo e por causa disso, a BRM não hesitou em o despedir em 1967, após o GP do Mónaco. A sua segunda chance foi com um velho amigo dele, da mesma idade, e com a obsessão de ser chefe de equipa: Frank Williams. Em 1969, adquiriu um Brabham BT26A e conseguiu dois pódios, dois segundos lugares no Mónaco e em Watkins Glen, que mostraram que ele tinha talento para ser vencedor, e quem sabe, ser campeão.

Foi por causa disso que Williams tentou a sua sorte com Alejandro De Tomaso para construir um chassis, com motor Cosworth. Lutavam para manter o chassis competitivo, o que não acontecia. Irónicamente, nos treinos da corrida holandesa, Courage teve o seu melhor desempenho do ano, com um nono lugar na grelha, e rodava entre os seis primeiros quando teve o seu acidente fatal. Tinha 28 anos.

Um dos grandes amigos de Courage era Jochen Rindt. O austríaco, se forem ver as imagens desse dia, tinha o rosto fechado por saber o que tinha sucedido ao seu amigo. E fala-se que foi nessa altura que ele começou a pensar sériamente em abandonar a competição - com o título de campeão - e montar a sua própria equipa, talvez na Formula 2. Rindt, da mesma idade que Courage - tinham um mês e pouco de diferença - já tinha consciência de que não tinha prazer em vencer quando via os seus amigos morrerem, e sabia que o próximo poderia ser ele. 

Para piorar as coisas, o acidente tinha acontecido duas semanas depois de Bruce McLaren ter morrido num teste em Goodwood, e a pressão parecia ser cada vez mais suficante. Queria sair dali antes que fosse tarde demais. Como todos sabemos, não teve tempo.