segunda-feira, 22 de abril de 2024

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De 1960 a 2002, o sistema de pontuação foi o mesmo: do primeiro do sexto, nove ao vencedor, seis para o segundo, quatro para o terceiro, três para o quarto, dois para o quinto e um para o sexto. Foram 42 anos onde a única alteração foi em 1991, ao dar mais um ponto ao vencedor.

Em 2003, em parte para atenuar o domínio do Ferrari de Michael Schumacher, decidiu-se mudar o sistema de pontuação, dando pontos até ao oitavo lugar. Mas a maior revolução aconteceu em 2010, quando deram até ao décimo lugar, com 25 pontos ao vencedor, 18 ao segundo e 15 ao terceiro, valorizando a vitória. Estamos assim há 14 anos, com uma ou outra reclamação, mas todos aceitam, de certa forma.    

Contudo, isto poderá ter uma alteração. Surgiu nesta segunda-feira a noticia de que a Liberty Media quer alargar o sistema de pontuação, para alargar até ao 12º lugar. Os pontos seriam os mesmos até ao sétimo posto, com as alterações a acontecer dali para baixo: P8: 5 pontos, P9: 4, P10: 3, P11: 2 pontos e P12: 1 ponto.

E a ideia é de entrar em vigor na temporada de 2025.

Caso seja aprovado, será a quarta alteração em 23 temporadas. Bem sei que os carros são hoje em dia máquinas resistentes, com quebras de componentes muito raros, desde motores a travões, mas cá para mim, é um meio para chegarmos ao sistema de pontuação da IndyCar - afinal, são americanos: dar pontos a todos. 

Pergunto, também, a mim mesmo, sobre o sistema de pontuação por si. Inicialmente, foi visto como uma recompensa pelo seu esforço em pista, mas agora, parece vulgarizar-se. Se assim for, pergunto o que é que eles lutarão em pista. Ganhar posições? Porque em situação de domínio, como aquele que passamos agora, o resto do pelotão terá como melhor chance o segundo ou o terceiro lugar, esperando por um mau dia do piloto dominador. 

Mas também penso noutra coisa. Tivemos um sistema de pontuação que durou mais de 40 anos. Habituamo-nos... se calhar, mal. Agora em dia, resmungamos por ter mudanças a cada meia dúzia de anos - embora o atual tenha 14 anos - e perguntamos, com legitimidade, que ligações isto tem com o passado distante, por exemplo. Quatro rodas, um volante?

Veremos como isto acabará. Se será bem ou mal acolhida, por exemplo. Francamente, acho que a competiwidade não passa por aí. O que acontecerá se dermos pontos a todos e ganhar o mesmo?   

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