sexta-feira, 23 de março de 2007

A lingua é tão traiçoeira...

Hoje, recuperei uma coisa que deu brado no ano passado: um anuncio feito pela Volkswagen, para mostrar o seu modelo Golf GTI tinha sido retirado em zonas de forte comunidade hispânica devido ao facto de usarem uma palavra ofensiva. Eis a noticia, retirada na altura pela agência espanhola EFE:

“MIAMI.- La companhia automovilistica Volkswagen se ha visto obligada a retirar un anuncio promocional de uno de sus vehículos en Estados Unidos, tras recibir quejas de la comunidad hispana por el eslogan escogido en español: 'Turbo-Cojones'.

El anuncio, promocionado en vallas publicitarias en Nueva York, Los Angeles y Miami, mostraba una foto del nuevo modelo GTI 2006, acompanada del lema 'Turbo-Cojones'.

'Cojones' se ha convertido en un término usado por los anglohablantes de Estados Unidos con la connotación de 'valiente' o 'visceral', pero entre quienes tienen el español como lengua materna sigue siendo una palabra malsonante.

Así que cuando en uno de los barrios de mayor predominio hispano del país, la Pequeña Habana de Miami, aparecieron en las vallas publicitarias carteles con el lema de marras, la empresa automovilística alemana empezá a recibir llamadas y cartas de protesta. Ante las quejas suscitadas en esa ciudad del estado de Florida, la compannhia decidiu retirar la campana en todo EEUU, aunque no han recibido protestas en otras ciudades, según un portavoz de Volkswagen.”

Muitas das vezes, as marcas de automóveis, quando escolhem um nome de baptismo para um modelo, nem sempre reparam no que é que aquilo pode significar outros países.

Exemplos:

- O Mitsubishi Pajero não pode ter esse nome nos países de expressão espanhola. Porquê? Porque isso significa “punheteiro”. Daí eles se chamarem Montero.

- O Toyota MR2 não pode ter esse nome em França. Porquê? Porque isso pronuncia-se “merdeux”. Ninguém quer andar num carro com um nome “merdoso”, pois não? Daí eles terem deixado cair o 2.

- O Cinquecento Sport teve que se chamar assim no nosso país porque lá fora foi usado o nome oficial de “Sporting”. Não queriam ver os Benfiquistas e os portistas a queimarem carros desses, pois não? Enfim… existem inúmeros exemplos de como, no momento em que se baptizam os automóveis, certas palavras podem ser ofensivas num outro país qualquer.

Voltando ao Golf GTI, fiquem com estes três excelentes anúncios. O actor, apesar de ter sotaque alemão, é sueco de origem…

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