sexta-feira, 15 de novembro de 2024

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A Andretti Global tem uma enorme ambição: estar na Formula 1. Sempre foi bem sucedida quer na IndyCar Series, quer na IMSA, e desde há mais de ano e meio que está a ambicionar este salto construindo instalações quer nos Estados Unidos, quer no Reino Unido, e a convencer engenheiros para trabalhar na empresa. O mais famoso deles é Pat Symmonds, que era o antigo diretor técnico da FOM, e renunciou para ir trabalhar para a equipa americana.

Contudo, se a FIA disse sim à Andretti, a FOM negou a sua entrada. E no passado mês de maio, Mário Andretti disse no Twitter que Greg Maffei lhe abordou no paddock e disse-lhe algo deste género: enquanto fosse diretor da Liberty Media, faria tudo ao seu alcance para não o ter por ali. 

Pois bem, esta semana, foi anunciado que Maffei iria abandonar o seu cargo na Liberty Media no final do ano, ficando como conselheiro, sem grande poder de decisão. Isso, aliado com a saída de Michael Andretti, que aconteceu em setembro, sem aviso prévio, poderá querer indicar que a FOM e a Andretti estarão a elaborar um acordo para a entrada da equipa na Formula 1, provavelmente em 2026. 

E Mário Andretti, o pai de Michael, afirmou esta semana, numa entrevista ao jornal italiano "Gazzetta dello Sport", onde sem se abrir muito, afirmou: "o que posso dizer é que novidades e mudanças estão a chegar, e o meu total apoio vai para o meu filho por todas as decisões e escolhas que ele fez durante este período".  

A Andretti parece ser sólida, nas suas intenções. Com o apoio da GM por trás, para construir os motores, a ideia parece ser a de uma equipa americana, mais até que a Haas - a equipa encomenda os seus chassis à Dallara e tem motores Ferrari - e a quantidade de dinheiro já injetada no projeto, até dá jeito ter um nome desta envergadura, dado o palmarés de ambos. O bloqueio inicial da Liberty Media tem mais a ver com a sua ideia da Formula 1, um clube fechado a, pelo menos, 10 equipas, porque é isso que existe em termos de dinheiro dado às equipas. 

Mas com o teto de gastos existente na Formula 1, e boa parte das equipas com contas positivas, colocar uma 11ª equipa, com bases sólidas, poderá fazer com que as equipas sofram um bocado, com menos dinheiro vindo da Liberty, mas com a crescente popularidade da Formula 1 e a chegada de mais dinheiro, quer vindo de patrocínios, quer vindo dos pagamentos que os países estão a fazer para acolher a competição, é só saber quando é que eles entram e que impacto isto terá. 

E claro, o sonho de Michael Andretti poderá, por fim, ser real.     

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