sexta-feira, 9 de março de 2007

Memento Mori: GP Mónaco 1967

A 7 de Maio de 1967, no Mónaco, o piloto italiano Lorenzo Bandini partia para o seu primeiro GP do ano, no Mónaco, confiante num bom resultado. A temporada tinha começado em vitória, ao ganhar as 24 Horas de Daytona, e os 1000 Km de Monza, com o neo-zelandês Chris Amon no modelo Ferrari 330 P4 da marca, e tudo parecia estar a correr bem.

Depois de uns bons treinos, conseguira partir no comando da corrida, mas um despiste causado pelo óleo do Brabham do seu fundador, faz com que caia para a terceira posição, atrás de Jackie Stewart e do neo-zelandês Dennis Hulme. Cedo desembaraça-se do escocês, mas não apanha Hulme.

Na volta 82, quando passava pela chicane do porto, no mesmo local onde o seu compatriota Alberto Ascari tinha caído ao mar 12 anos antes, o carro de Bandini passa depressa demais e bate nos fardos de palha, incendiando-se. Três pessoas tentam apagar o fogo, entre eles, o seu compatriota Giancarlo Baghetti. Quando finalmente o conseguem, Bandini tem queimaduras em 60 por cento do corpo. 72 horas mais tarde, a 10 de Maio, o piloto italiano está morto. Tinha 31 anos.

Depois deste incidente, os fardos de palha foram banidos como forma de protecção aos choques. Hoje em dia, em sua honra, existe um prémio com o seu nome, premiando o melhor piloto italiano. Para finalizar, uma curiosidade contada pelo nosso “Nicha” Cabral, seu companheiro nos tempos da Scuderia Centro-Sud. Bandini não tinha relações sexuais antes das corridas, acreditando que isso faria diminuir a concentração. Mera superstição ou facto científico?

1 comentário:

Unknown disse...

Que época de emoções misturadas: ver aqueles caras andando a 300km/h sobre bombas, porque, qualquer toque e as baratinhas já explodiam e o piloto já ficava preso, em chamas. Quando aparecia alguém, era um amador desesperado, que, às vezes, tinha um extintor na mão, normalmente inadequado para conter aquelas chamas, e que os próprios produtos mataram pilotos, como o Paletti.