terça-feira, 18 de setembro de 2012

Matthew, filho de Geoff, neto de Jack

Dinastias automobilísticas é o que não faltam por aí, quer seja na Europa e nos Estados Unidos. Andretti, Fittipaldi, Unser, Foyt, Petty, Piquet, Villeneuve, entre mais alguns outros, são apelidos que nos fazem pensar em pilotos com mais do que uma geração, em várias categorias. Desde a NASCAR à Formula 1, passando pela CART ou IndyCar Series, vencedores de corridas importantes como as 500 Milhas de Indianápolis, as 500 Milhas de Daytona, as 24 Horas de Le Mans, para não falar dos Mundiais de Formula 1. Graham Hill e Damon Hill são, até agora a unica dinastia pai e filho a serem campeões do mundo.

Jack Brabham tem algo único: foi tricampeão do mundo, o último dos quais aos 40 anos, a bordo de um dos seus carros. Teve três filhos: Geoff, Gary e David, todos eles com carreira no automobilismo. O mais velho, Geoff Brabham, correu nos Estados Unidos, mais concretamente na IMSA e na IndyCar, com resultados como a vitória nas 24 Horas de Le Mans de 1993. Também venceu no Can-Am, na Bathurst 1000 (com o seu irmão David) e nas 12 Horas de Sebring mas ao contrário dos outros dois irmãos, nunca correu na Formula 1. Gary tentou duas vezes, em 1990, na Life, e David, o mais novo, correu na... Brabham e na Simtek, para além de ter corrido na Endurance, onde venceu as 24 Horas de Le Mans, tal como o seu irmão mais velho.

Pois bem, está a aparecer a terceira geração. Matthew Brabham é filho de Geoff e tem 18 anos de idade. Começou nos karts aos sete anos de idade e aos 16, passou para os monolugares. Crescendo entre a Austrália e os Estados Unidos, decidiu em 2012 estrear-se em paragens americanas, depois de duas temporadas na Formula Ford australiana. E deu certo: venceu esta temporada a US F2000 National Championship, com quatro vitorias. A recompensa, de 350 mil dólares, vai fazer com que em 2013 passe para a Formula Star Mazda, o terceiro degrau antes de chegar à IndyCar Racing, que pode bem acontecer por alturas de 2015 ou 2016.

"Black Jack", apesar de estar quase a chegar aos 90 anos, já pode dizer que viveu o tempo suficiente para ter visto o seu neto correr. E vencer.

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