quarta-feira, 27 de maio de 2020

As decisões pendentes do WRC

A pandemia parece estar controlada e em alguns lugares já se começa a falar de desconfinamento e de um regresso à normalidade. A Formula 1 já anda a desenhar um calendário no qual o seu começo pode ser em julho na Austria, e a IndyCar irá começar mais cedo. Contudo, para o WRC, as coisas vão ser mais complicadas, apesar de já terem decorrido três ralis do campeonato de 2020: Monte Carlo, Suécia e México.

Com ralis adiados - Argentina - e cancelados - Portugal e Safari - a organização do WRC terá de decidir sobre quando irá regressar à normalidade. Prevê-se que em agosto, com o Rali da Finlândia, as coisas poderão dar uma ideia de regresso, mas não é só isso. Há que disputar pelo menos mais quatro ralis para se poder haver um Campeão do Mundo, e não há certezas sobre as provas fora da Europa.

Se Turquia, Alemanha e Grã-Bretanha poderão ser feitas quando a pandeia estiver controlada nesses países, fora dela, como a Nova Zelândia e o Japão, há mais dúvidas. E nem é tanto a situação nos seus países - as coisas estão controladas em ambas as nações - e tanto sobre os regulamentos sobre a entrada de estrangeiros nesses lugares. Ainda há restrições nesse sentido. E pior, nem todas as equipas de fábrica têm dinheiro para essas deslocações, já que os orçamentos irão sofrer um rombo considerável. 

E é com tudo isso em mente que Olivier Ciesla, o diretor do WRC, di que o regresso depende do feedback dos outros países.  “Quando surgirem as primeiras decisões tudo terá uma espécie de efeito dominó”, começou por dizer.

Com os dados que temos agora é difícil projetar. Temos que saber se nos é permitido sair dos nossos países, se nos é permitido viajar para os países anfitriões, tudo isto, ainda está pendente. E não faz sentido especular. Precisamos de informação sólida e dados sólidos da Organização Mundial de Saúde, das autoridades nacionais de saúde, e só com base nessa informação é que podemos avançar”, concluiu.

Com cerca de dois meses até ao (eventual) recomeço do WRC, há mais conjeturas do que certezas sobre um campeonato que, ao contrário de outros, já teve o seu começo e pretende ter um final. Até como Sébastien Ogier afirmou recentemente, não faz sentido ser Campeão com apenas três provas: “Temos que fazer o máximo de ralis possível, mas três é pouco. Vai ser igual para todos, e se fizermos sete ou oito é melhor que nada. Já se sabe é que não vai ser uma época normal”, concluiu o piloto da Toyota.

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