quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

CNR: Manuel Castro que o "top five" em 2018

Manuel Castro deu nas vistas em 2017 por ter sido o primeiro piloto a adquirir um Hyundai i20 R5 para fazer o campeonato nacional de ralis. A temporada foi muito problemática para ele, apesar do bom inicio no Serras de Fafe, e que acabou de forma inesperada no Rali de Portugal, quando o seu carro pegou fogo e depois teve um imbróglio com a companhia de seguros, que encurtou a sua temporada.

Em entrevista que deu esta semana a Gonçalo Sousa Cabral, no podcast 16 válvulas, Manuel Castro falou sobre o passado, presente e futuro. 

2017 foi um ano muito caricato para mim, desde logo por ter estreado um carro em Portugal, o novíssimo Hyundai i20 R5, por termos trabalhado a comunicação como nunca tinha sido feito nos ralis em Portugal, e, infelizmente, devido a algumas peripécias durante a temporada que nos impossibilitaram de fazer o campeonato completo, tal como queríamos, e que nos deixaram um amargo de boca que não foi fácil de superar", começou por dizer. 

"De positivo deixámos o mais interessante, como a competitividade do carro, como ficou provado em algumas especiais, o ritmo não foi sempre o melhor, também por azares alheios à equipa. Sabíamos que era um ano 0, um carro novo, com poucos quilómetros em terra, e fomos um pouco vítimas disso, mas estávamos cientes de que podia acontecer. Sou persistente nas minhas decisões e não vamos desistir. No geral, acabou por ser um ano positivo, apesar dos dissabores” continuou.

Castro fez um resumo da temporada desta forma: “Iniciámos no Serras de Fafe, em que fomos obrigados a desistir por defeito de uma peça que os Hyundai tinham e que foi imediatamente resolvido pela marca. Depois, nos Açores, fomos muito competitivos, conseguimos estar sempre entre os quatro ou cinco primeiros do nacional e era apenas a minha terceira vez lá e com poucos quilómetros de testes no carro. Lembro-me que, aqui, o ano passado foi perguntado o que achava da mudança para o R5, sabia que seria difícil porque os meus adversários já estavam muito mais habituados aos R5, e realmente foi, mas mesmo assim a adaptação correu bem, consegui alguns bons tempos, o que me deixou animado, mesmo sabendo que podia melhorar. O Rali dos Açores também foi bom, apesar das peripécias logo a abrir com o capot não estar bem preso e partir-me o para-brisas e perdemos dois minutos e 40 segundos. Fez-me começar muito atrás, apesar de depois ter conseguido recuperar e terminar em sexto no CPR, mas ainda podíamos ter estado melhor", declarou.

Já em relação a 2018 e com o carro novo, Castro acredita que este carro tem potencial para andar bem melhor do que a concorrência.

"O carro é fantástico em asfalto, mesmo com chuva tem muita estabilidade, o que me deixa ainda com mais vontade para 2018. Como sabem, adquirimos um novo i20 R5, com o chassis 35, que é totalmente igual ao outro, só tem um mapa do motor diferente que permite mais potência e mais binário e nota-se bastante esta diferença. Agora tenho de ver em terra onde posso melhorar. Já temos alguns quilómetros de trabalho e temos evoluído, infelizmente não pude fazer mais quilómetros pelo motivo que todos conhecem e que foi alheio à nossa equipa", começou por afirmar. 

"Acho que é um carro que pode provar em Portugal que pode ganhar, fruto de A, B ou C e já o fez em asfalto. Na terra foi melhorado pela Hyundai Motorsport e acredito que temos todas as condições para ter um carro muito competitivo; foi por isso que avançamos para a compra de um segundo carro, mesmo sem o apoio do importador, apesar de termos tentado” disse.

Sobre o segundo carro da marca, que foi o seu carro na temporada de 2017, Castro afirma que existem boas possibilidades de arranjar um piloto para o conduzir nesta temporada, sem abrir o jogo sobre o nome do piloto que o irá guiar. 

Neste momento temos algumas possibilidades, uma delas será muito interessante e que eu, como gestor da Racing 4 You, estou muito interessado, porque é um piloto muito rápido, campeoníssimo e que permitia a internacionalização da equipa, penso que em duas semanas será possível saber. Se não for esta opção, existem outras, quer para o Nacional, quer para o Regional da Madeira, mas uma coisa posso garantir: o carro vai estar à partida do Serras de Fafe”, concluiu.

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