segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Apresentações 2018: O Force India VJM11


Depois de muitas especulações durante o inverno - desde a mudança de nome até à possibilidade de ser vendida para uma marca de bebidas energéticas - a Force Índia apresentou-se em Barcelona com o seu VJM11, sem nada de novo, tirando a barbatana e o Halo. Sergio Perez e Esteban Ocon apresentaram-se ao público e aos fotógrafos com o objetivo de ficar no quarto posto do mundial de Construtores, o seu melhor resultado possível.

Vijay Mallya, o dono da equipa, afirmou que o objetivo é de manter, senão melhorar a posição da equipa no Mundial de Construtores “Não vejo razão para não consolidarmos nossa posição e melhorarmos”, afirmou Mallya. “Sim, a Formula 1 e um ambiente muito duro e competitivo, mas somos um equipa estabelecida com continuidade em todas as áreas da companhia. Nós não damos nada por certo, mas ficaríamos desapontados se não estivéssemos lutando pelos pontos em todas as corridas neste ano”, concluiu.

Queremos estar em Barcelona com um carro que nós sabemos que funciona. Deve ser uma boa base para a qual possamos começar a desenvolver com grandes passos”, declarou o diretor-técnico Andy Green, numa entrevista à revista alemã 'Auto Motor und Sport'.

"O ADN do carro ainda é muito aquele do carro do ano passado”, apontou. “Nós tomamos a decisão, já tem algum tempo, de que a especificação do lançamento do carro de 2018 seria baseada no nosso entendimento do carro de 2017, mas com todas as novas estruturas exigidas pelo regulamento”, contou. 

É um ponto de partida, uma boa referência onde podemos introduzir mudanças bem rapidamente. Isso dá ao nosso departamento de aerodinâmica mais tempo para desenvolver o carro para a primeira corrida na Austrália, ao invés de terem de lançar peças cedo para os testes”, completou.

Quanto ao Halo, o novo dispositivo de segurança, Green afirmou que a sua introdução implicou despesas extra numa equipa que tem todos os tostões contados. Segundo ele, a instalação custou quase um milhão de dólares, e teve mudanças significativas na aerodinâmica do carro.

"Em termos de despesas, é enorme, porque nós precisamos fazer um novo chassis", afirmou Green aos jornalistas no primeiro dia dos testes pré-temporada em Barcelona.

"Nós não teríamos antecipado fazer um novo chassis este ano, dada a quantidade de mudanças que fizemos no ano passado, o que foi enorme para uma nova mudança de regulação. Para uma equipe como nós, sempre tentaremos tirar dois temporadas do chassis, caso seja possível", continuou.

"A esse respeito, custou-nos muito para reconstruir e redesenhar - é [na casa das] centenas de milhares se não uma marca de milhões de dólares para colocar este halo no carro. Foi um grande desafio [de qualquer maneira]; para uma equipa como nós foi enorme", concluiu Green.

Bob Fernley, o chefe-adjunto da equipa, espera que o carro seja suficientemente bom para se defender das ameaças que Williams e Renault já anunciaram para alcançar o lugar que têm vindo a ficar nas últimas duas temporadas. “Elas são uma ameaça significativa, e precisamos levá-las a sério. As três equipas vão travar uma enorme batalha”, antecipou.

A Force India rodará esta semana em Barcelona, entre o pelotão da Formula 1, nos testes coletivos.

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