quarta-feira, 3 de setembro de 2014

As sanções internacionais e a ameaça de boicote sobre o GP da Rússia

A cada dia que passa sobre o conflito russo-ucraniano, e as hipóteses de sanções quer por parte da União Europeia, quer dos Estados Unidos aumentam, dado que os russos parece que se envolvem cada vez mais no leste do país, com o envio de armas - e ao que parece, tropas - o nervosismo cresce dentro do meio da formula 1 sobre o GP da Rússia, em Sochi, a 12 de outubro. É sabido que Bernie Ecclestone está disposto a levar a corrida para adiante, mas poderá ter as coisas dificultadas pois hoje surgiram rumores de que a Europa e os Estados Unidos poderão recomendar um boicote cultural e desportivo à Rússia. E isso poderá passar pelo Grande Prémio e pelo Mundial de Futebol, que ser realizará em 2018.

Nos próximos dias existirão reuniões da NATO, en Swansea, no País de Gales, e na sexta-feira, a União Europeia revelará o pacote de sanções que aprovou na semana passada em Bruxelas. E a imprensa internacional fala que serão sanções bem duras à Rússia, que poderão envolver desde restrições no mercado de capitais, embargo tecnológico e por último, isolamento internacional de eventos desportivos e culturais. E se o Mundial de 2018 ainda é um evento distante, já a Formula 1 é mais próximo, e isso está a causar ainda mais nervosismo, apesar das repetidas garantidas por parte de Bernie Ecclestone de que a corrida se realizará.

"Boicotar realizações desportivas internacionais passará a ideia de um regresso à Guerra Fria", afirmou um analista do grupo de consultadoria Euro Asia Group ao jornal Financial Times. "Contudo, isto vai ferir mais os russos do que propriamente a União Europeia", concluiu.

Contudo, Bernie Ecclestone continua a afirmar que apesar das ameaças, tudo vai acontecer conforme o planeado. E é ele próprio que diz que "temos um contrato e respeitamos contratos", como ele também elogiou Vladimir Putin e a maneira como ele faz as coisas. "Ele é confiável. Ele quer que a corrida aconteça e vamos fazer com que ela aconteça", afirmou numa entrevista ao jornalista Chris Sylt.

Que Bernie adora pessoas com poder, isso não é novidade. Já elogiou Adolf Hitler, Robert Mugabe e Margaret Thatcher no passado, e Putin encaixa no estilo de pessoa autoritária que ele sempre gostou e gosta. Contudo, sabe-se há muito que a história do GP russo mexe com as pessoas dentro do meio, e isso viu-se há mês e meio, quando no fim de semana do GP da Hungria, os rebeldes russos na Ucrania abateram um avião malaio. Logo, surgiram as perguntas sobre se ainda estariam dispostos a ir à Rússia. E isso incomodou o pessoal da Formula 1, como Christian Horner, da Red Bull.  

Contudo, a ideia do boicote cultural e desportivo é algo que a União Europeia poderá deixar para mais tarde, caso haja um agravamento da situação no Leste do país, apesar de existir conversações em Minsk entre ambos os lados para chegar a um acordo de paz. Contudo, é melhor esperar pelo final da semana para saber o que Estados Unidos e Europa decidirão fazer para penalizar a Rússia, e até que ponto este conflito no Leste ucraniano irá afetar a Formula 1.

Se o pior acontecer, as tensões no próprio paddock aumentarão certamente, pois faltam nesta altura cinco semanas para o Grande Prémio. E mais perguntas incómodas serão colocadas, a começar agora, em Monza...

2 comentários:

Ricardo Igreja disse...

Ok, este é dos blogues que eu mais gosto de seguir, mas já á a segunda vez que vejo essa referência à Margaret Thatcher juntamente com Hitler e Mugabe. Sem querer entrar em conversas políticas, não estou a ver a ligação. A sério? É que podemos ser de esquerda, ok, mas se é para colocar no mesmo saco a Thatcher, Hitler e Mugabe, então temos de concluir que Estaline, Mao Tse Tung e Lula são farinha do mesmo saco.
Continua com o bom trabalho, sendo que também acho que o Bernie só vê cifrões, mas a Thatcher com o Hitler? A sério??

Unknown disse...

sobre o mundial tem paises que ficarao em cima do muro, ocmo o BRASIL.DILMA com sua politica externa desastrosa, apoia tipos como PUTIM, HUGO CHAVES, se brincar irá até criar lacos de amizade com o Estado Islamico... F1 ja está morta mesmo, so falta enterrar a mesma e nao fara diferenca o evento na RUSSIA ou nao.