Para quem ainda não sabe, eu, o Jaime Boueri e o Lucas Carioli entrevistamos por estes dias o ex-piloto de Formula 1 Taki Inoue, considerado um dos piores pilotos que jamais passou na categoria máxima do automobilismo. A entrevista, caso ainda mão tenham lido, encontra-se no site Motordrome e até agora poderemos dizer que é o nosso primeiro grande registo nos dezoito dias que este site já leva em termos de existência.
Gostaria que isto fosse a primeira de muitas entrevistas que faremos por lá, mas eu chego à conclusão de que ele é mesmo a pessoa que se mostra na Net: descontraído e galhofeiro. Mas mesmo ali, há sinais de orgulho, quando ele diz que ele não foi um piloto pagante (obviamente, foi o contrário), e para as perguntas mais óbvias, como a da ambulância na Hungria, responde com um simples "o video no Youtube explica tudo".
No meio das "galhofas", têm duas revelações interessantes: a primeira, que estava realmente assustado quando guiou o Simtek na chuva de Suzuka, em 1994, e que ele no inicio de 1996, ele já tinha assinado pela Minardi - logo, iria ser o companheiro de Pedro Lamy - e que um dos patrocinadores decidiu "puxar o tapete" à ultima da hora, deixando-o apeado "por uma m**** politica", segundo diz ele.
Outra pergunta interessante foi quando ele testou outro carro de Formula 1, quase vinte anos depois da sua última vez por lá. Gostou, disse que não tinha nada a ver com o seu tempo, e sobre a Formula 1 atual, foi mais implacável, e... um pouco contraditório. Diz que há pilotos semelhantes a ele, mas não há nenhum "Taki Inoue". E o Pastor Maldonado? Mas também diz que a Formula 1 por estes dias está "chata" e que quem vai ganhar será o Hamilton... se tiver cabeça.
De uma certa maneira, há um pequeno sentimento de desilusão, porque pensávamos que existisse algo mais substancial, mas pessoalmente, gosto de ver isto pelo copo meio cheio: entrevistamos um ex-piloto de Formula 1, e foi o Taki Inoue. Começamos pelo "fundo da tabela" e não foi um "Formula One Reject" qualquer. Acho que é um bom principio. Outros virão, espero eu.
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