segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Onze anos é muito tempo

Como o tempo passa, hein? Confesso que tive sempre a ideia de que esta aventura poderia durar algum tempo, mas parte de mim desejava que isto continuasse por muitos e bons anos. Sei perfeitamente que o Continental Circus se tornou numa referência para imensa gente, quer no automobilismo, quer noutras áreas. Tornei-me numa referência, é verdade, e este canto também.

Hoje em dia, parece que 2007 está muito longe, e é verdade. Comecei isto aos 30 anos, como uma combinação entre a minha paixão pelo automobilismo e a maneira de escrever em termos jornalísticos, sem perder um pouco a pitada pessoal, a pegada pessoal. Hoje em dia, o mundo mudou um bocado. Apareceram as redes sociais e muitos dos sítios que conheci ao longo deste tempo desapareceram ou converteram-se em sites. Eu sempre quis isso, mas nunca consegui essa chance, por este ou aquele motivo.

Confesso que houve alturas em que questionei isto, foram poucas, mas aconteceram. Contudo, foram pensamentos que não duraram muito, pois encontrei sempre uma forma de continuar isto. Novos desafios, novas maneiras de contar histórias, pois o automobilismo é vasto, não vai além da Formula 1. Aliás, sempre achei que as pessoas que só vêm a Formula 1 como automobilismo, menosprezando o resto (Ralis, IndyCar, NASCAR, Endurance, etc), não são apreciadores.

Ainda por cima, o mais interessante no meio disto tudo é que... como as coisas mudaram nos automóveis e no automobilismo mudaram nesses onze anos. Em 2007, se falássemos de electricidade, carros autónomos, automação, seria mais no domínio da fantasia. Ou então, que os modelos e marcas chinesas estariam ao virar da esquina, comprando marcas europeias ou construir modelos de qualidade, não iríamos dizer isso sem largar um sorriso na cara, ou um gesto de desprezo. É para verem até que ponto o mundo mudou. 

Em 2007, quando começou, Lewis Hamilton estava prestes a iniciar a sua primeira corrida de Formula 1,  Fernando Alonso parecia estar a caminho de um terceiro mundial, Michael Schumacher estava a gozar a reforma, Bernie Ecclestone mandava na Formula 1, nunca tinhamos ouvido falar de Chase Carey fora dos meios financeiros, e as redes sociais não estavam ainda no centro do nosso universo. Hoje em dia, Hamilton é tetracampeão do mundo e Fernando Alonso ainda persegue um terceiro título mundial, mas vai tentar a sua sorte nas 24 Horas de Le Mans, ao serviço da Toyota. E Bernie, ainda vivo, não manda mais na Formula 1, que quer abraçar as redes sociais e observa novas competições, como a Formula E.

É só desta maneira é que vemos como as coisas deram um salto. Apenas uma década. Em 2029, quando este sítio completar o seu 22º ano de existência - vou fazer por isso, não se preocupem - como serão os automóveis e o automobilismo?

No final, agradeço a todos que me lêem por aqui. Aos mais de 5700 fãs na minha página no Facebook, que lêem o que coloco no Twitter, e aqueles que me lêem nos inúmeros grupos onde escrevo. De uma certa maneira, são um estímulo para escrever por aqui. Muito obrigado a todos!

4 comentários:

Al Unser Jr. disse...

Parabéns e avante!

Diler disse...

Parabéns é pouco!
Que venham mais Onze.

Alvaro Gruendling disse...

Maravilha de blog!

Bruz disse...

Vai Paulão!!!
11 anos não é nada, mais 11 e a coisa ficaría um pouco mais seria.
Grande Abraço