sábado, 7 de dezembro de 2024

Formula E: Evans vence na etapa de São Paulo


O neozelandês Mitch Evans foi o grande vencedor da etapa inaugural da Formula E de 2024-25, em São Paulo. Na pista desenhada no Sambódrmo do Anhembi, ele conseguiu segurar a concorrência de António Félix da Costa e Taylor Barnard, que o acompanharam no pódio. Tudo isto, numa corrida complicada, com duas bandeiras vermelhas, e onde se estreava o Gen3 Evo, o carro que terá quatro rodas motrizes e com "pit boost", um recarregamento dos carros em algumas corridas. 

E o mais importante: o piloto largou de último! Evans teve problemas no seu carro durante a qualificação e não marcou tempo. À partida, seria um grande "handicap" sobre a concorrência.


Depois de uma qualificação onde parece que estamos a pegar onde acabou - Pascal Werhrlein fez a pole-position, e Félix da Costa não andou longe, ao ser quinto na grelha - Porsches, McLarens, Andrettis e Jaguares pareciam ser os favoritos para a nova temporada, apesar da chegada da Lola e da reconstrução da ERT, que agora é a Kiro Cupra, a Formula E chegava à 11ª temporada, onde pela primeira vez a competição começava em terras brasileiras.

Debaixo de calor e com as bancadas cheias, os pilotos encaravam pela frente 31 voltas. No momento da partida, esta foi... abortada, por causa do problema num dos carros, o Envision de Robin Frijns. O carro foi retirado da grelha e recolhido para as boxes, para alguns minutos depois, a partida aconteceu, com Rowland a passar Wehrlein para ser o primeiro lider da corrida. 

Contudo, na terceira volta, o Maserati de Jake Hughes e o Anretti de Nico Muller bateram na saída da chicane e o Safety Car foi chamado à pista para poderem tirar ambos os carros. As coisas continuaram assim nas voltas seguintes, enquanto os carros acidentados eram retirados da pista. 

A corrida retomou na volta 5, com Rowland a defender dos ataques de Wehrlein, com gente como Stoffel Wandorne e Lucas di Grassi, entre outros, foram para o Attack Mode, com ativações de entre quatro e seis minutos. Contudo, na curva 7, Lucas de Grassi parou o seu Lola na berma e as bandeiras amarelas foram ativadas. Wehrlein caía algumas posições, para quinto, tendo sido passado até pelo seu companheiro de equipa, António Félix da Costa. Cassidy, entretanto, ia ao Attack Mode e era líder. 

Max Gunther e Norman Nato foram outros que foram ao Attack Mode na nona volta, passando os Porsches, que ainda não tinham ido ao seu primeiro Attack Mode. Foram na volta seguinte, e foi para apenas dois minutos, guardando o resto para o final. Entretanto, os comissários meteram o bedelho e ordenaram a três pilotos, Sam Bird, Norman Nato e Taylor Barnard, para as boxes por cumprir uma penalização... por uso excessivo de energia. 

As coisas acalmaram-se a meio da corrida, com Rowland a fazer a sua segunda ativação na volta 15, tentando afastar-se do pelotão. Ao mesmo tempo, Wehrlein foi ao Modo de Ataque pela segunda vez, com seis minutos de energia extra, a mesma coisa acontecia com Félix da Costa, na volta seguinte. Nesta altura, Rowland tinha-se afastado do pelotão, ficando com mais de dois segundos de vantagem para o resto do pelotão, com os Jaguar de Nick Cassidy na perseguição e Wehrlein, com a energia extra, a recuperar posições. Na volta 18, o alemão subia para segundo, e o português, quarto.

Wehrlein começava a apanhar Rowland e o passava na volta 19, para ser o lider. Félix da Costa era o terceiro, passava Rowland - que fora para o Attack Mode - e ia tentar passar os Porsche, que tentavam distanciar-se dele. O britânico era terceiro, com os Porsche a ficar sem a energia extra, e Félix da Costa era o líder. Rowland ainda tinha três minutos e meio de energia extra e passou para a frente... para logo a seguir, a bandeira vermelha foi agitada. Jake Dennis, da Andretti, tinha batido na chicane, e estava num lugar inseguro. 

Estávamos na volta 21, a dez do final... e já tínhamos cinco pilotos de fora da corrida. 

O regresso acontecia atrás do Safety Car, com Felix da Costa na frente, com Rowland e Wehrlein a seguir, e todos já tinham esgotado o Attack Mode... excepto Nick Cassidy, da Jaguar. Os carros alinharam na grelha, e no novo arranque, Rowland e Gunther, no seu DS Penske, foram para a frente, deixando os Porsches para trás. 

Na volta seguinte, Nick Cassidy foi ao Attack Mode, caindo para oitavo, mas depois subiu para o terceiro lugar, numa altura em que Evans também ia para o Attack Mode, e tentava subir algumas posições, numa altura em que o líder, Rowland... era investigado por excesso de energia. No final, ele foi penalizado, e os Jaguar estavam na liderança, com Cassidy na frente de Evans, com Félix da Costa em terceiro. No final da volta 23, Evans era o líder. 


No final da corrida, a organização acrescentou mais quatro voltas - passou para as 35 - e os Jaguar, já sem a energia extra do Attack Mode, Félix da Costa atacou Mitch Evans para a liderança... enquanto atrás, primeiro Nick Cassidy, depois, Pascal Wehrlein, bateram e a bandeira vermelha foi mostrada novamente. Um dos carros acabou no muro, e de cabeça para baixo: do de Wehrlein! Felizmente, ele não sofreu nada, mas o susto foi grande. 

Carros parados, boa parte das voltas feitas, as chances de acabar a corrida por ali eram fortes. Contudo, a organização decidiu que a corrida iria ter mais quatro woltas. Félix da Costa tentou atacar a liderança, mas o piloto da Jaguar aguentou bem, ficando assim até ao final, com os McLarens atrás deles... e com mais energia, mas não houve ultrapassagens. Barnard conseguiu ali o seu primeiro pódio da sua carreira - aos 20 anos de idade! - e na frente do seu companheiro de equipa, Sam Bird.

Com isto, Evans sai de São Paulo na liderança do campeonato, com 25 pontos, seguido por Félix da Costa, com 18. 

A competição regressa dentro de um mês, na Cidade do México.          

Sem comentários: