domingo, 2 de janeiro de 2011

Ano Novo, problemas velhos

Chegamos a 2011, e com um ano novinho em folha e ainda a combater as nossas ressacas, os velhos problemas voltam à tona na Formula 1, porque Luca de Montezemolo, o presidente da Ferrari, não deixa que nós esqueçamos que ele quer moldar a Formula 1 à sua maneira, afirmando que é contra com o motor Turbo de quatro cilindros em linha.

"Não vamos construir motores de quatro cilindros para os nossos carros de estrada, e parece-me que esses motores são patéticos para a categoria mais importante do automobilismo mundial. Porque não conversamos acerca de um motor V6 turbo? Acho que não se deve confundir acessível com barato! Se houver a mínima possibilidade de atrasar o motor de quatro cilindros, irei atrás disso. Precisamos de unidade relativamente a esta situação...", referiu Montezemolo.

Acho piada quando "grita" que o motor de quatro cilindros é "patético". Afinal de contas, tinha sido o motor que a BMW usou nos seus motores, e isso dava mais de mil cavalos nas qualificações... mas tentando entrar na mente de Montezemolo, tenho de entender duas coisas: uma, a ver com o marketing, a outra, com o dominio.

O primeiro é explicado da seguinte forma: a Ferrari não tem motores de quatro cilindros em linha, no tempo dos Turbo, fabricou motores V6, tal como a Honda e Renault. Tentando influenciar a FIA no sentido de fazer as coisas á sua maneira, especialmente agora que conseguiu eliminar a regra da proibição das ordens de equipa, tentar quebrar a regra da unanimidade dos motores, fazendo ou adiar a coisa para além de 2013, ou de dar maiores opções em termos de motor. Até nem estaria contra essa medida, apenas com uma condição. Colocar um rstritor nesse tipo de motor, para igualar a potência.

Mas bem vistas as coisas, Montezemolo quer moldar o futuro da Formula 1 à sua maneira, pois pensa que ela é a coutada da Ferrari. Daí que ele perfira três carros por equipa a mais equipas, pois quer transformar aquilo em algo tão elitista que possa explusar as mais fracas só pelo poder da carteira. Afinal de contas, tem de justificar os 400 milhões de euros anuais que, alegadamente, a Ferrari tem disponiveis no seu orçamento, provenientes do Grupo Fiat...

Não sei quanto é que custaria um motor V6, mas o Mark Gallagher, o responsável pela Cosworth, afirmou que construir um desses motores custaria à volta de 30 milhões de dólares. Por si, não é muito caro, para ser honesto, mas se calhar os custos de desenvolvimento podem ser outra coisa. Faltam dois anos para que se construam os novos motores. Pelo meio teremos o novo Acordo de Concórdia. Percebem agora os meus receios sobre o futuro próximo da Formula 1, no post que escrevi na semana passada?

Sem comentários: