quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Dakar 2015 - Dia 12

O Dakar poderá ter acabado para Paulo Gonçalves. Não tamto porque caiu ou algo assim, mas a organização da cmpetição irá penalizar o piloto português porque, aparentemente, a Honda decidiu trocar o motor da sua moto, numa etapa sem assistência. E por causa disso, poderá ter uma penalização de 15 minutos, o que significa que salvo acidente, e a poucos dias da meta em Buenos Aires, este Dakar caiu para as mãos de Marc Coma.

A explicação é simples: as motas começam a dar sinais de cansaço e o pessoal da Honda decidiu que iriam tomar decisões nesse sentido. o piloto português teve o seu motor trocado por aquele que tinha Joan Barreda Bort, mais novo (tinha o montado em Iquique, no final da nona etapa). Já o catalão ficou com o motor da moto de Jeremias Israel. Resultado final, apesar de Gonçalves ter sido penalizado - agora está a vinte minutos de Marc Coma - que ficou pior foi Barreda, que levou uma penalização de 40 minutos. E Paulo Gonçalves não perdeu o segundo lugar da geral.

Preferimos fazer esta troca a deitar tudo por terra. Tive um problema com o meu motor, não tínhamos assistência mecânica, era uma etapa maratona, não podíamos correr riscos. Só tenho a agradecer o esforço do Barreda, do Israel e do Hélder, cuja experiência foi fundamental. Trabalhámos de forma incrível, mudámos três motores, estou muito orgulhoso dos meus companheiros”, explicou o piloto português.

Do outro lado, Coma era um homem feliz, mas cauteloso: “Terminámos agora mesmo. É sempre stressante quando temos de trabalhar na moto, mas está tudo bem. Há ainda um dia difícil para disputar amanhã e depois novamente no sábado. Não estou, para já, a pensar no final. Veremos, porque ainda temos uns longos quilómetros pela frente, mas, por agora, estou feliz”.

Na etapa, que ligou Salta a Termas de Rio Hondo, em território argentino, o melhor tinha sido Barreda Bort, com Gonçalves logo atras, recuperando a diferença para Marc Coma, que fora apenas sexto, e tinha ali uma diferença de cinco minutos e 12 segundos. Ruben Faria acabara no quarto lugar, enquanto que Helder Rodrigues tinha acabado em oitavo, a cinco minutos e 25 segundos.

Nos automóveis, a grande novidade do Dakar fora a desistência de Yazid Al-Rahji, que teve graves problemas no seu motor, isto numa altura em que era terceiro classificado e quando estamos a dois dias do final deste rali. Assim, Nasser Al Attiyah e Giniel de Villiers andam mais aliviados na luta pela vitória e por um lugar no pódio, embora as coisas hoje estiveram mais favoráveis para o piloto qatari, ao ser o mai veloz na etapa de hoje, conseguindo uma vantagem de 27 segundos sobre Olrando Terranova e 39 segundo para Giniel de Villiers.

Já Carlos Sousa foi o oitavo na etapa, a dois minutos e 27 segundos de Nasser Al Attiyah. No final, o piloto da Mitsubishi explicou:
Pelo segundo dia consecutivo, fizemos uma etapa limpa, sem registo de qualquer problema. Entrámos bem e conseguimos imprimir um ritmo forte até final da especial. O carro esteve perfeito e só foi pena o percurso não ser mais extenso, porque as diferenças finais acabam por ser curtas… Mas numa prova como o Dakar, nunca podemos relaxar e pensar que este ou aquele resultado já está garantido só porque estamos a poucos dias da chegada. Hoje, por infortúnio do Alrajhi – que estava a realizar uma excelente prova –, subimos mais um lugar na classificação. Confesso que a minha ambição é ainda tentar chegar ao 7º lugar, porque foi esse o objetivo que definimos para esta edição. Fácil não vai ser, até pelo maior potencial competitivo dos MINI. Mas vamos acreditar até ao fim e dar a luta possível ao Ten Brinke nestas duas especiais que faltam até Buenos Aires”, prometeu.

Em termos de geral, Nasser Al Attiyah têm agora uma vantagem de 29 minutos sobre De Villiers e tudo indica que ele será o vencedor deste rali Dakar, agora que faltam dois dias para o seu final, em Buenos Aires.

Amanhã, automóveis e motos sairão de Termas de Rio Hondo para chegarem a Rosário, numa etapa que terá mais de mil quilómetros de extensão (1024, para ser mais concreto), 298 dos quais em ritmo cronometrado. 

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