domingo, 11 de janeiro de 2015

Dakar 2015 - Dia 8

A oitava etapa do Dakar têm agora a caravana dividida em duas partes. Para as motos, trata-se de repetir o percurso que os carros e os camiões fizeram ontem entre Iqique e Salar de Uyuni, na Bolivia, enquanto que os carros percorrem em sentido inverso, voltando a terras chilenas.

No caso das motos, o dia foi especial para as cores portuguesas, pois Paulo Gonçalves foi o melhor aos comandos da sua Honda, numa altura em que Joan Barreda Bort sofreu uma queda, danificou o guiador e foi 12º na tirada, perdendo cerca de seis minutos para ele e para Marc Coma, que foi segundo, com uma desvantagem a rondar os quatro minutos. Isto significa agora que do primeiro (Barreda Bort) para o terceiro lugar (Gonçalves) distam apenas... dez minutos e 59 segundos.

"Tive uma queda no quilómetro 200, e tive sorte de não ter partido o pulso. Havia muita lama, travei, mas a moto escorregou por vários metros e, no final bati um buraco. Foi aí que caí", disse Barreda Bort à chegada ao campo de Uyuni na Bolívia: "Agora temos de mudá-lo para a segunda parte da etapa maratona e a moto vai ter que estar perfeita para amanhã", concluiu.

Entrei da melhor forma nesta segunda metade. Consegui chegar à frente da corrida nos primeiros quilómetros e ganhar tempo aos meus adversários mais diretos. Senti-me bem, ataquei e foi muito bom vencer a etapa. Tudo está em aberto, é preciso concentrarmo-nos nos próximos dias até à chegada a Buenos Aires”, declarou o vencedor da etapa, Paulo "Speedy" Gonçalves.

Quanto a Hélder Rodrigues, ele foi oitavo na tirada e subiu ao sexto lugar da geral, enquanto que Ruben Faria perdeu mais de seis minutos na etapa e caiu para o oitavo lugar da classificação.

Já nos carros, com eles a lutarem contra as dunas, o melhor foi o saudita Yazid Al-Rahji, que aproveitou os deslizes de Giniel de Villers, perdendo tempo para Nasser Al Attiyah, embora a diferença entre estes dois tenha sido de apenas... treze segundos. O qatari foi o terceiro, atrás de Al-Rahji e de Orlando Terranova, o segundo classificado.

Já Carlos Sousa está a ter um rali complicado devido aos problemas de suspensão que passa no seu Mitsubishi, mas mesmo assim chegou ao final da etapa no décimo lugar, mantendo o nono posto da geral.

Foi um dia longo, mas relativamente tranquilo, já que não tivemos as surpresas da véspera, quando a chuva e a lama nos obrigaram a três paragens na pista para limpar o pára brisas do carro. Pelo contrário, hoje encontrámos muito calor no regresso ao Chile e o físico já se começa a ressentir após uma semana de corrida. Amanhã é finalmente o dia de descanso e a prioridade é tentar encontrar uma solução para os problemas de suspensão que nos tem atormentado desde há quatro dias… Sem esse problema, acredito que poderíamos estar a discutir um lutar entre os seis primeiros, que era o nosso grande objetivo e uma meta perfeitamente realista para o potencial que este carro já demonstrou”, resumiu o piloto português.

Na geral, Nasser Al Attiyah continua na frente, com oito minutos e 27 segundos de avanço sobre Giniel de Villiers, quanto que Yazid Al-Rahji é o terceiro, a 18 minutos e 40 segundos. Carlos Sousa continua no nono posto, a mais de duas horas da liderança.

Amanhã, os carros descansarão em Iquique, enquanto que as motos farão o percurso de regresso de Salar de Uyuni para a cidade chilena.

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