sexta-feira, 3 de abril de 2015

GP Memória - Bahrein 2005

Duas semanas após a vitória de Fernando Alonso na Malásia, máquinas e pilotos iam para o Golfo Pérsico, mais concretamente para o arquipélago do Bahrein, para a terceira prova do Mundial de 2005. A grande novidade na corrida barenita iria ser a estreia do Ferrari F2005, o carro que a Scuderia tinha feito para aquela temporada, do qual Michael Schumacher e Rubens Barrichello iriam tentar compensar o mau arranque no campeonato. 

Contudo, dias antes da corrida, a McLaren viu-se inesperadamente com um problema: um dos seus pilotos, o colombiano Juan Pablo Montoya, magoou-se nas costas ao andar de motocicleta e teria de ficar a recuperar durante cerca de um mês, falhando pelo menos duas corridas. Assim sendo, Ron Dennis teve de recorrer aos seus pilotos de testes para preencher o lugar, o austríaco Alexander Wurz e o espanhol Pedro de la Rosa. No caso da corrida barenita, foi De la Rosa que ficou com o cockpit, enquanto que Wurz correria para eles em Imola.

A qualificação foi complicada por causa da pouca aderência na pista - os ventos do deserto traziam as areias para lá e os pneus tinham dificuldades em agarrar - o melhor foi Fernando Alonso, com Michael Schumacher a ser segundo com o novo carro. Jarno Trulli foi o terceiro com o seu Toyota, seguido pelos Williams-BMW de Nick Heidfeld e Mark Webber, enquanto que Ralf Schumacher levava o segundo Toyota para o sexto posto. Christian Klien era o sétimo, no seu Red Bull, enquanto que Pedro de la Rosa era o melhor dos McLaren, no oitavo lugar, enquanto que o "top ten" era fechado com o segundo McLaren de Kimi Raikkonen e o segundo Renault de Giancarlo Fisichella.

No dia da corrida, as condições estavam no limite: o calor do deserto tinha feito com que a temperatura do ar fosse de 40ºC e a do asfalto subisse para os 55ºC, as mais quentes desde o GP de Dalles em 1984. E isso afetava os motores: Christian Klien não aproveitou o seu lugar e o seu Red Bull desistiu logo na volta de aquecimento.

Na partida, Alonso foi o melhor, enquanto que Schumacher defendeu-se dos ataques de Trulli para ficar com o segundo posto. Logo a seguir, na volta quatro, Fisichella desiste graças a um motor rebentado, na mesma altura em que o Jordan de Narain Karthikeyan tambem desiste, vitima de problemas elétricos.

Na frente, Schumacher pressiona Alonso para a liderança, até que na 12ª volta, o alemão falha a travagem e faz um pião. Ele vai para as boxes e de lá não sai: é a primeira vezem 58 corridas em que Schumacher não terminaria a corrida. Assim sendo, o piloto espanhol começou a andar mais descontraido, tentando levar o carro até ao fim naquele dia de muito calor, já que mais alguns pilotos, como Nick Heidfeld e Takuma Sato, tinham os seus motores rebentados e não terminariam a corrida.

Na frente, o único que seguia Alonso era Jarno Trulli, com Kimi Raikkonen a subir na classificação, mas a luta é pelo quinto lugar, entre Mark Webber e Pedro de La Rosa. O piloto espanhol conseguiu levar a melhor a duas voltas do fim, e ainda por cima, fez a volta mais rápida.

No final, Fernando Alonso vence pela segunda vez no campeonato, na frente de Trulli e Raikkonen. Ralf Schumacher é quarto, seguido por Pedro de La Rosa, Mark Webber, o Sauber de Felipe Massa e o Red Bull de David Coulthard.  

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