quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Sebastien Loeb: o final de uma era

A lealdade a determinada marca é algo raro por estes dias. Em tempos distantes, os pilotos eram muitas vezes mecânicos ou funcionários da marca, que lhes providenciava após o final da sua carreira automobilística - caso chegassem vivos até lá - um cargo dentro da sua estrutura que lhes providenciava o seu sustento até a reforma. Um bom exemplo foi Rudolf Caracciola, que foi sempre funcionário da Mercedes, e Juan Manuel Fangio, que após a sua reforma se tornou no representante da marca no seu país.

Hoje em dia só vias algo parecido com Sebastien Löeb. O piloto francês de 41 anos sempre correu por uma marca: a Citroen. Foram eles que providenciaram, logo em meados da década de 90, a sua chance de correr pela marca logo num Saxo kit-car no campeonato francês de ralis, que o venceu em 1999, e os acompanhou quando a marca começou a apostar a sério no WRC, no ano 2000, com o Xsara kit-car, que dpeois evoluiu para o C4 e o DS3 WRC, vencendo 78 ralis e conseguindo nove títulos mundiais com a marca do "double chevron". E em 2014, passou para o WTCC, onde correu com eles no Mundial, ajudando a marca a conseguir os dois títulos mundiais de Construtores com o modelo C-Elysée.

Pois bem, tudo tem um fim: com a noticia da marca de se retirar do WTCC para se concentrar no WRC em 2017 - apesar de tudo, vão fazer um ano sabático nos ralis em 2016 - Loeb decidiu cortar laços com o seu empregador, depois de quase 20 anos de bons serviços. "É o final de um capítulo para mim", começou por referir o piloto alsaciano. "À parte dos recordes e das vitórias, nós partilhámos algumas experiências inesquecíveis. É difícil acreditar que a maioria dos elementos desta fabulosa equipa já aqui estavam há 15 anos. Não andarei muito longe porque quero levar o Grupo PSA a este novo desafio (do Dakar)", concluiu.

De facto, Sebastien Löeb ainda tem um último desafio para fazer com a marca francesa, pois vai fazer parte da equipa oficial que andará com o modelo 2008 DKR no Rali Dakar, este janeiro, ao lado de Nasser Al-Attiyah e Carlos Sainz. Depois disso, apesar de ter afirmado que não andará longe da marca, a sua temporada será certamente feita debaixo de outra marca, ou então poderá se envolver com a sua equipa, que este ano tinha carros da Citroen no WTCC. Contudo, não se sabe muito bem quais serão os seus planos para a próxima temporada.

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