Já era sabido há algum tempo que a McLaren estava a perder os seus patrocinadores históricos. Desde 2014 que marcas como Hugo Boss e Johnny Walker foram embora para representar outras equipas. Agora, nesta terça-feira, soube-se que outra patrocinadora histórica, a marca de relógios TAG Heuer, também se vai embora da equipa de Woking, transferindo-se para a Red Bull.
“Fizemos um acordo com a Red Bull Racing na Formula 1 para a próxima temporada. É uma equipa jovem, dinâmica e perfeitamente consistente com a estratégia da TAG Heuer”, comentou Jean-Claude Biver, o diretor-executivo da marca, ao jornal suiço "L'Hebdo" durante um evento de lançamento de um dos modelos em Nova York.
Algo que foi confirmado horas depois pela marca de Woking: “A parceria da McLaren com a TAG Heuer foi uma das mais bem-sucedidas e duradouras da história do automobilismo. Nos últimos 30 anos, durante todo este tempo as duas partes alcançaram enorme sucesso juntas. Na pista, a equipa venceu corridas e títulos com ícones e heróis como Alain Prost, Ayrton Senna, Mika Häkkinen e Lewis Hamilton. Fora da pista, a associação da TAG Heuer com a equipe se transformou em relógios que representaram alta tecnologia, precisão e velocidade, três das grandes marcas da McLaren. É com gratidão que nós anunciamos o fim dos nossos 30 anos de parceria, satisfeitos que ambas as partes fizeram um grande trabalho".
“A nossa relação com a empresa proprietária da TAG Heuer, a LVMH, continua via nosso novo patrocinador com a Chandon, anunciado no mês passado”, concluiu.
Apesar de afirmar que a Chandon é um patrocinador com o mesmo peso do que os anteriores, o seu lugar de destaque é bem inferior ao que tinham todos estes, não tendo o mesmo peso.
E sobre este patrocinador em particular, não entra só a marca, mas sim as pessoas que a representam. É que a TAG (Techniques D'Avant Garde) pretence a um acionista histórico, o franco-árabe Mansour Ojjeh. Desde que Ron Dennis ficou com a equipa McLaren, em 1981, que teve de recorrer aos serviços de Ojjeh - atualmente com 63 anos - para conseguir fortalecer a equipa e elevá-la de novo ao estrelato a meio da década de 80. Ele detinha dez por cento da equipa e foi ele que financiou o motor Turbo que eles tiveram entre 1983 e 1987, com a assistência da Porsche, que lhes deu três títulos de pilotos (um com Niki Lauda, dois com Alain Prost) e dois títulos de Construtores.
Apesar de ele já não ser o sócio maioritário da "holding", há cerca de dois anos que se fala de divergências entre Dennis e Ojjeh, algumas falando sobre a estrutura acionista, enquanto que outras falam da vontade dele de se reformar, pois sofreu um duplo transplante pulmonar em 2012. É uma guerra "surda" e parece que não tem solução à vista. Isto, para aliar aos problemas com o motor Honda e os resultados desta temporada - a pior classificação de sempre nos Construtores - faz com que Dennis viva um inferno profissional e deseje que se resolva o mais rapidamente possível.
Veremos se as coisas no ano que vêm comecem a ser resolvidas, pois sabe-se há tempos que essas modificações podem nem chegar a tempo da próxima temporada...
1 comentário:
Só me preocupa pelo fato da carenagem estar cada vez mais pelada.
A saída ou troca de parceiros comerciais é coisa normal no dinamismo do mercado, mas não trazer mais gente pra perto é que é problema.
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