terça-feira, 20 de março de 2018

Eis um desafio interessante

Estamos no século XXI - embora muitos ainda tenham o século XX na sua cabeça - mas estes tempos que vivemos, cheios de desafios, que ao mesmo tempo nos dão esperança e receio, poderão mostrar algo que signifique evolução. E claro, um desafio bem interessante de se seguir. Esta tarde dei de caras com um artigo de hoje do Business Insider, onde Lewis Hamilton aceitou um desafio. E não é um qualquer: é o de controlar um Formula 1 com a mente. 

Seria um desafio contra o brasileiro Rodrigo Hubner Mendes. E não é uma personagem qualquer: Mendes é tetraplégico e já tem experiência nisso, pois no ano passado ele se sentou a bordo de um monolugar e o conduziu... usando o poder da mente. No final da semana passada, Hamilton esteve no Dubai, no Global Education and Skills Forum, para explicar o que é ser o campeão do mundo de Formula 1, e na sessão de perguntas e respostas, Mendes estava presente para o desafiar numa corrida a dois, usando um dispositivo que mede comprimentos de onda, no sentido de comandar objetos, incluindo guiar um carro de Formula 1.

Lewis aceitou o desafio, dando como condição que ambos usem dispositivos iguais.

Isto acontece numa altura interessante das nossas vidas, onde o automóvel vai viver uma nova revolução no seu transporte. Para além dos carros elétricos, que vieram para ficar, e do desenvolvimento da condução autónoma, cujas experiências estão a decorrer em vários pontos do globo, sabemos também que não tarda aparecerá a RoboRace, a primeira competição onde carros autónomos, sem condutor, irão correr em pistas um pouco por todo o mundo. As experiências ainda estão a decorrer, mas é provável que no final da década, poderemos ver a primeira temporada desse tipo de carros.

A ideia de controlar carros com a mente pode ser ao mesmo tempo, divertida, interessante e até perigosa, depende da mente que leia isto. A tecnologia está a evoluir e este deverá ser o passo a seguir. O receio é que se risque o fator humano, tornando as corridas desinteressantes, mas sou daqueles que acha que todos podem ter o seu lugar numa pista de corridas. Mas entre eliminar 90 por cento de mortes na estrada, é provável que 90 por cento das pessoas estejam a favor.

Veremos quando é que esse desafio acontece. Estou muito curioso de ver.

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