sexta-feira, 18 de outubro de 2019

A imagem do dia

A Formula 1 sempre foi um antro de técnica, onde as equipas sempre procuraram uma maneira de se superarem umas às outras. Algumas chama a isso que "vantagem injusta", tanto que Mark Donohue usou isso como título do seu livro sobre o automobilismo e os seus aspectos técnicos. 

A genialidade de algumas pessoas, como Colin Chapman, Adrian Newey, Ross Brawn, Rory Bryne, Gordon Murray e outros, foi de pegar no regulamento técnico e achar uma maneira de contorná-lo, tentando encontrar algo que, não sendo ilegal, não tinha sido contemplado, e do qual pudessem aproveitá-lo, se fosse vantajoso para eles.

Contudo, quando estas coisas colidiam com os regulamentos, a entidade definia a sua dimensão, por vezes com margens de tolerância bem pequenas. Foi o caso dos pontões laterais, que estavam aparentemente fora do regulamento por 1,2 milimetros. A FIA desclassificou-os, dando a vitória a Mika Hakkinen e praticamente resolver o campeonato a favor do finlandês da McLaren. A Ferrari resolveu recorrer à FIA, e uma semana depois, em Paris, esta mostrou que ela estava dentro do limite tolerável e não houve um aumento significativo de performance em ambos os carros... apesar de terem feito dobradinha.

A FIA ouviu os argumentos e decidiu a favor da Ferrari. Claro, o "FIA - Ferrari International Assistance" surgiu de imediato, quando a sentença foi ouvida, mas o mais interessante é que no Japão, esses "bargeboards" não foram usados e o resultado foi aquele que soubemos...

Mas por uma semana, a decisão do título na Formula 1 esteve pendente de uma decisão da secretaria. E de como certas insinuações podem fazer a diferença.

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