terça-feira, 30 de junho de 2020

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A Arrow McLaren SP revelou nesta terça-feira o visual do Dallara-Chevrolet  numero 66 que será comandado pelo piloto asturiano em agosto, nas 500 Milhas de Indianápolis. Não será o laranja típico dos McLaren, por causa do patrocinador, mas como será diferente dos carros de Pato O'Ward e Oliver Askew, poderá ajudar com os spotters para a corrida do qual espera entrar, depois do fracasso de 2019, onde não conseguiu se qualificar.

Fernando Alonso tem esta obsessão desde há algum tempo. Não é má de todo, mostra que tem horizontes, acha que o automobilismo é mais do que a Formula 1, e ter uma carreira mais completa poderá, se calhar, complementar o facto de provavelmente não vencer mais o Mundial de Formula 1 porque não tem mais acesso a um carro vencedor. Já ganhou por duas vezes as 24 Horas de Le Mans, as apenas com o melhor carro do pelotão, a Toyota, numa categoria onde praticamente corriam "sozinhas". Se em 2017, teve a ajuda da Andretti e andou bem, antes do motor Honda rebentar perto do fim, em 2019, as más escolhas da equipa, ao confiar na Carlin, deram errado desde o inicio, acabando num inimaginável "Bump Day" e a perder o último lugar disponível para o piloto da Juncos, que basicamente contava os tostões para correr, mas sabia do que fazia. Foi o escândalo que se viu.

Agora, em 2020, com Alonso a ir ao Dakar e a mostrar ser bom, apesar dos erros de estreante, quererá mostrar em Indianápolis que não está acabado. Aliás, durante a pandemia, e a correr nos eSports, mostrou, entre as lendas, que levou a competição a sério e venceu cinco provas seguidas, mostrando-se como um dos melhores, a par de Jenson Button, seu antigo companheiro na McLaren e que em 2017, saiu da reforma para correr uma última vez no carro da McLaren no Mónaco.

O que fará nas 500 Milhas? Se a Arrow McLaren mostrar ser veloz, as chances de Alonso aumentam, numa prova onde tudo é possível. Ele está apenas interessado em vencer no "Brickyard", sem sequer pensar em competir a tempo inteiro nas Américas. Mas se calhar, se tivesse essa ideia na cabeça, provavelmente poderia ser um sério candidato à vitória, porque talento não lhe falta, sabe guiar e gosta de pilotar. E seria engraçado entrar noutro clube restrito, do qual apenas Emerson Fittipaldi, Mário Andretti e Nigel Mansell lá estão, a dos pilotos que foram campeões na Formula 1 e na IndyCar. 

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