domingo, 27 de abril de 2008

Formula 1 - Ronda 4, Barcelona (Revista da Blgosfera)

E vamos à análise habitual sobre o que se escreveu nesta blogosfera em português sobre os factos e feitos do GP de Espanha, no Circuito de Montemeló, onde mais de 130 mil pessoas vieram aqui para assistir a uma boa performance de Fernando Alonso, e à dobradinha dos Ferrari, com Kimi Raikonnen à cabeça, seguido de Felipe Massa. Eis algumas das declarações do dia:



"- Em corrida monótona, como de hábito na Espanha, Raikkonen venceu com tranqüilidade. Largou na frente, era o mais rápido da pista e não sofreu qualquer ameaça o tempo inteiro. A Ferrari sobra em 2008."

(...)

- Assustador o acidente de Heikki Kovalainen, passando reto em alta velocidade depois de ter um pneu furado e ficando soterrado na barreira de pneus. Preocupante também a demora no resgate, que levou quatro minutos para conseguir içar o carro do local. Tivesse Kovalainen sofrido uma parada respiratória ou o carro sido incendiado, tal demora poderia ter sido fatal. Felizmente, nada de grave aconteceu. apesar da desaceleração foi violenta.

(...)

- Montmeló expõe, como nenhum outro traçado, a fragilidade do regulamento técnico atual da Fórmula 1. Uma corrida praticamente sem ultrapassagens e com duas imagens emblemáticas. Nick Heidfeld, de BMW, sofrendo para ultrapassar Fisichella, de Force India. Só conseguiu quando o italiano errou na entrada da reta. E David Coulthard, que era de dois a três segundos mais rápido que a Super Aguri de Takuma Sato por volta, tendo imensas dificuldades para superar o adversário. Que venham os slicks!"

Ivan Capelli, Blog do Capelli.



"Uma corrida um tanto quanto conturbada foi esta etapa da Espanha. Mas não para os pilotos da Ferrari, que confirmaram o favoritismo cravando a segunda dobradinha consecutiva. Antes mesmo de os competidores alinharem no grid, Fernando Alonso deu um passeio na grama após escapar em seu agressivo aquecimento de pneus. Nada como um pequeno susto para levantar a torcida local.

(...)

Após a relargada, Nelsinho Piquet começou a se complicar na pista. Primeiro passou reto numa curva, caindo de décimo para décimo oitavo. Na tentativa de se recuperar, arriscou uma ultrapassagem sobre Sebastien Bourdais, que virou o volante no melhor estilo David Coulthard, provocando o choque que tirou os dois da corrida.

(...)

Para não perder o costume, Coulthard deu outra fechada, agora para cima do Timo Glock. Desta vez, porém, ficou evidente que o alemão forçou além da conta para tentar passar o escocês, porém não há como negar que David alterou a trajetória sem dó nem piedade para barrar o adversário. Resultado: Glock quebrou a asa dianteira e Coulthard dechapou o pneu traseiro esquerdo.

(...)

Em duas semanas, o circo chega à Turquia, onde o Massa dominou nos dois últimos anos. Novamente, deverá ter Kimi Raikkonen como principal adversário, já que a equipe tem o melhor carro do grid e tende a fazer muitas dobradinhas durante a temporada. Istambul é uma pista recheada de pontos de ultrapassagem, quesito que Barcelona fica devendo. Para a próxima etapa, está marcada a festa de Rubens Barrichello, que escreve o seu nome definitivamente na história, se consagrando como o piloto que mais disputou GPs na F-1."

Felipe Maciel, Blog F-1



- Raikkonen vence com um pé nas costas, assim como Massa no Bahrein. Sabe o que vai decidir esse campeonato? As corridas "estranhas": Monaco, Valencia, Cingapura e talvez Canadá e Brasil. Nas outras, nesse ponto a ponto, a tendência é Raikkonen manter a liderança.

(...)

- Melhor do resto: Mark Webber. Está simplesmente detonando Coulthard.

- Quando Vettel vai completar a primeira volta?

- Graças a Deus o GP da Espanha já foi. Agora a próxima corrida modorrenta é o GP da França."

Jorge Pezzolo, Plog do Pezzolo



"Em uma pista conhecida por todas as equipes pela quantidade de voltas que são dadas ao longo do ano durante treinos particulares ou não, e com apenas um ponto de ultrapassagem possível, o GP da Espanha se notabilizou muito mais pelo acidente sofrido pelo finlandês Heikki Kovalainen do que pela vitória fácil de seu compatriota, Kimi Raikkonen.

Defendendo bem o primeiro lugar desde a largada, o piloto da Ferrari não cometeu erros e seguiu com maestria rumo à vitória na Fórmula 1. Felipe Massa fez a única coisa que lhe foi possível e assegurou a segunda colocação na corrida ao ultrapassar o espanhol Fernando Alonso na primeira curva. O inglês Lewis Hamilton fez uma bonita ultrapassagem sobre o polonês Robert Kubica e garantiu, assim, a terceira colocação. Desta forma, antes mesmo da primeira volta acabar já se podia ter uma idéia de como seria o pódio."




Alguns pitacos mais...

-A Honda não utilizou na corrida aquelas calotas rídiculas;

-A Red Bull precisa dar um ultimato à David Coulthard. O desempenho do escocês é simplesmente patético;

-Vettel precisa contratar uma benzedeira com urgência. O cara não consegue chegar ao final das corridas;

-Na provável última corrida da Super Aguri, vale ressaltar o bom trabalho de Sato na prova. O japa chegou a estar na 9ª posição. Tudo bem que ele beneficiou-se vários abandonos, mas não tira o mérito.





"Kimi Raikkonen venceu o Grande Prêmio da Espanha da forma mais segura de obter êxito na pista de Montmeló: partindo da pole. Apesar de uma corrida relativamente atribulada, com mais de uma entrada de Safety Car, não há como escapar a este determinismo que acompanha há tempos o circuito.

Montmeló se consagra, ao lado de Hungaroring e Monte Carlo, como um dos locais mais pródigos em ultrapassagens – com a agravante de, ao contrário das outras duas, não ser uma pista travada. O traçado, inaugurado em 1991, foi projetado pelo maior piloto espanhol de carros dos anos 80, Luis Perez Sala (para se ter uma idéia do que isso significa, imagine que Tarso Marques fosse o maior talento brasileiro dos anos 90). É coerente pensar que não era de se esperar ultrapassagens num circuito desenhado por Sala, visto que era raro vê-lo ultrapassando alguém.

(...)



Ora, quem diria que iríamos ver ultrapassagens em Montmeló este ano! Dois fatores determinaram esta raríssima ocorrência: o fim do controle de tração é um deles, mas o principal fora as alterações forçadas de posição. Heidfeld foi a nova vítima da ridícula regra de fechamento dos boxes durante Safety Car. Punido, voltou atrás de Fisichella e o passou depois de muita disputa no final do retão, quando o italiano errou a saída da chicane.

Já Coulthard teve um pneu cortado na disputa com Glock e o pit não programado o fez voltar atrás de Sato Levou a melhor sobre este no fim da reta oposta.

Ambas as ultrapassagens se deram na parte final da corrida. Nenhuma valeu pontos. Estava pensando o quê? Que a Fórmula 1 tinha voltado aos velhos tempos?"




Procissão em Espanha
Corrida chata, muito chata, chatíssima. O conjunto Kimi/Ferrari é o mais rápido e consistente do pelotão, mas em pistas como a de Barcelona torna-se avassalador, sendo que o mesmo deve acontecer na próxima corrida na Turquia.
O Massa ficou no lugar dele, o Hamilton também, o Kubica idém... o Barrichelo voltou a ter uma paragem cerebral nas boxes e por aí fora, nada de novo ou surpreendente.
Tudo na mesma também na falta de espectacularidade destes carros, que em circuitos como o de hoje pouco mais podem fazer do que seguir em fila indiana, ultrapassagens só nas boxes. Deu dó ver o que o Coulthard sofreu para ultrapassar o Sato, mesmo sendo três segundos mais rápido por volta. Foi mais ou menos como uma corrida de "slot-cars" em que se colocaram com os carros todos a correr na mesma calha. (...)

E foi como se esperava. A corrida nesta pista espanhola é sempre assim, tediosa. E nem o grande causador de problemas as corridas este ano conseguiram quebrar a monotonia do GP. (...) Para se ter uma pálida idéia da chatice desta prova basta dizer que o lance de mais emoção foi o – estranho – acidente de Heikki Kovalainen, que mesmo com uma câmera on board não foi possível entender por completo.
(...)
A Super Aguri, que ao que parece nem isto fará mais [compor o grid], deixando como uma triste despedida uma ultrapassagem melancólica tomada por seu melhor piloto – Takuma Sato – pelo fóssil que dirige David Couthard. Aliás, o fóssil também se envolveu num outro episódio triste de uma pequena batida com Sebastien Bourdais e milagrosamente, repito, milagrosamente não teve culpa. Bourdais deixou a corrida e Couthard ficou em 12º que no fim das contas como chegaram apenas treze carros ficou valendo como um penúltimo. Que é só o que merece esta porcaria de piloto. Aposentadoria para David Couthard! Vamos dar a vaga dele para a Danica Patrick, que se não é lá grande coisa como piloto, ao menos tem a vantagem de ser bonita. (...)
Ron Groo, Blig do Groo

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