
Nasceu a 30 de Outubro de 1906 em Turim, membro da família que mais tarde fundou a marca Pininfarina (o seu fundador, Giovanni Battista, era seu tio, e ambos tinham 13 anos de diferença), era membro de uma família abastada. Foi para a universidade para tirar uma licenciatura em Ciência Politica na Universidade de Turim. Chegou a considerar uma carreira militar, mas em 1932, aos 26 anos, decidiu que iria abraçar uma carreira automobilística.

No caso da morte de Lazlo Hartmann, as autoridades atribuíram a causa do acidente a "um golpe de vento", que teria feito com que o piloto perdesse o controle do carro mas testemunhas garantiram que o problema foi apenas Lazlo, correndo com um carro muito menos veloz do que o de Farina, não ter saído da frente do italiano rápido o bastante. Esses rumores eram tão fortes, mesmo após a sua morte que Enzo Ferrari, na sua autobiografia de 1983, “Piloti, che gente…”, dedicou muitas linhas em desmentir categoricamente esses rumores.
A sua carreira começava a chegar ao seu auge, com a vitória no GP de Tripoli, em 1940, quando a Itália entra na II Guerra Mundial, e a sua carreira fica congelada. Quando a paz volta à Europa, Farina tem quase 40 anos, mas volta a acção com um Maserati privado, vencendo em 1946 o Grand Prix des Nations, em Genebra, uma das primeiras corridas na pós-guerra. Em 1948, vence o GP do Mónaco, tornando-se num dos melhores pilotos em actividade. A Alfa Romeo o contratou no ano seguinte, correndo ao lado de Jean-Pierre Wimille, mas quando este morreu, nesse ano, liderou a equipa para o primeiro campeonato mundial de Formula 1 organizado pela FIA, em 1950, ao lado de Luigi Fagioli e de um argentino recém-chegado à Europa chamado Juan Manuel Fangio.

No ano seguinte, continua na Alfa Romeo, mas aos poucos, o domínio dos Alfa era contestado pela Ferrari, que com o seu Tipo 375. Farina vence na Bélgica, mas é a sua única vitória no ano, e acaba o campeonato na quarta posição, com 19 pontos, num campeonato ganho pela Ferrari, e por o seu grande rival, Juan Manuel Fangio. Em 1952, após a retirada da Alfa Romeo da competição, vai para a Ferrari, onde só consegue quatro segundos lugares, numa temporada dominada pelo seu compatriota Alberto Ascari. No final, foi vice-campeão do Mundo, com 24 pontos.




A sua carreira na Formula 1: 34 Grandes Prémios, em seis temporadas (1950-55), cinco vitórias, cinco pole-positions, cinco voltas mais rápidas, vinte pódios, 115,33 pontos no total. Campeão do Mundo de Formula 1 em 1950.
Anos depois, Juan Manuel Fangio disse acerca dele: “Ele era estranho. Nunca foi visitar um corredor ferido. Quando eu fui visita-lo no hospital, ele me perguntou o porquê da minha visita. Disse que sentia muito por ele e que queria vê-lo bem. Ele me respondeu que eu deveria estar feliz, pois era um a menos a enfrentar na corrida seguinte. Na pista, era um louco.”
Talvez tenha sido ele quem inspirou os argumentistas de “Grand Prix”, em particular no famoso diálogo que Jean Pierre Sarti, o personagem interpretado pelo actor francês Yves Montand, onde fala da maneira como encarava as corridas:
"Quando vejo um acidente, eu piso o pedal a fundo, com força, pois sei que os outros irão diminuir o seu ritmo.
- Que maneira terrível de vencer, diz sua interlocutora.
- Não, não há maneiras terríveis de vencer. Existe apenas vencer."
Depois da Formula 1, Nino Farina tenta a sua sorte nas 500 Milhas de Indianápolis por duas vezes, em 1956 e 57. Tem dois acidentes graves, e decide acabar com a sua carreira de vez. Torna-se representante da Alfa Romeo e da Jaguar em Itália, e permanece envolvido nos Grandes Prémios até o dia 30 de Junho de 1966, quando a caminho da ir ver o GP de França, perto de Chamberry, perde o controlo do seu Lotus-Cortina e bate num poste telefónico, matando-o instantaneamente. Tinha 59 anos.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Nino_Farina
http://www.grandprix.com/gpe/drv-fargiu.html
http://forix.autosport.com/8w/farina.html
1 comentário:
belo post... não conhecia a carreira desse piloto!
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