
Depois de Zolder, o pelotão da Formula 1 estava no Mónaco, palco da sexta prova do ano, certamente o mais glamoroso dos palcos do calendário. Sem mudanças no pelotão da Formula 1, desta vez tinham de lutar contra um critério ainda mais apertado para se qualificarem, pois apenas existiam vinte lugares para os 27 pilotos inscritos desta vez.
Com uma qualificação muito dura, o melhor foi o Ligier de
Didier Pironi, que embalado com o feito de Zolder, conseguiu o melhor lugar da grelha nas ruas do Principado, tendo a seu lado o Williams de
Carlos Reutemann. Na segunda fila se instalavam o segundo Williams de
Alan Jones e o Brabham de
Nelson Piquet, enquanto que na terceira estavam
Jacques Laffite, no segundo Ligier, e o Ferrari de
Gilles Villeneuve, que aproveitava as ruas do Mónaco para atenuar o mau chassis que tinham naquele ano. O Alfa Romeo de
Patrick Depailler era o sétimo a partir, sinal do desenvolvimento que aquele chassis estava a ter nas mãos do piloto francês. Ao seu lado estava o seu companheiro
Bruno Giacomelli. E a quinta fila, fechando o "top ten" estava o Tyrrell de
Jean Pierre Jarier e o McLaren do novato
Alain Prost.
Aqui já estava metade da grelha, mas dos pilotos não qualificados para a prova, havia algumas revelações: o McLaren de
John Watson e o Brabham de
Ricardo Zunino eram os mais surpreendentes, enquanto que o Fittipaldi de
Keke Rosberg, o Osella de
Eddie Cheever, o Ensign de
Tiff Needell e os Shadow de
Geoff Lees e
Dave Kannedy faziam parte deste lote.

E mesmo os que se qualificaram, havia alguns "close calls". Os cinco últimos da grelha eram pilotos de cartaz. Por esta ordem,
Jean-Pierre Jabouille,
Jody Scheckter, o campeão do mundo de 1979,
Emerson Fittipaldi,
Mario Andretti e
René Arnoux fechavam o lote...

No dia da corrida, o tempo estava nublado, mas o piso estava seco. Os carros alinharam para a corrida, e quando esta foi dada, Pironi manteve a liderança, seguido por Reutemann, Laffite e Depailler, que conseguiu passar Piquet. Mas logo atrás começava o caos, quando o Tyrrell de
Derek Daly não conseguiu parar e saltou por cima de vários carros, causando uma carambola. No incidente, ele, o seu companheiro Jarier, o McLaren de Prost e o Alfa Romeo de Giacomelli ficaram logo de fora.
Jan Lammers também estava danificado, mas após uma longa reparação, pode continuar na corrida. Acabaria não classificado, a 14 voltas do vencedor.

A corrida continuava, com Jones a passar Reutemann nas curvas seguintes, e o australiano passava a perseguir o francês da Ligier. A corrida ficou assim até que o diferencial do Williams de Jones cedeu na volta 24, deixando a parseguição às mãos de Reutemann, seguido por Laffite, Depailler e Piquet.

As coisas se mantêm até perto do segundo terço da corrida, quando começa a chover de forma fraca. Nessa altura, o motor Alfa Romeo de Depailler já tinha explodido, quando o veterano francês ia a caminho do terceiro posto, enquanto que Pironi já se debatia com problemas na caixa de velocidades, especialmente com a terceira marcha. Na volta 54, Pironi perde o controle do seu carro na curva do Casino e bate, entregando o comando a Reutemann, não o largando até ao final. Atrás dele vinha o Ligier e Laffite e o Brabham de Piquet, mas ambos estavam solidamente incrustrados nas suas posições, sem ninguém que os incomodasse. E foi neste sentido que os pilotos viram a bandeira de xadrez nas ruas do principado. Bem a tempo, pois a chuva já caia com mais força nesse momento...
Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Arrows de
Jochen Mass, o Ferrari de Gilles Villeneuve e o carro de Emerson Fittipaldi, a duas voltas do vencedor. Para Mass e Villeneuve, iriam ser os melhores resultados do ano, e para o veterano brasileiro de 33 anos, seria a última vez que pontuaria na Formula 1.
Fontes:
http://www.grandprix.com/gpe/rr334.html http://en.wikipedia.org/wiki/1980_Monaco_Grand_Prix
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