domingo, 26 de dezembro de 2010

Noticias: Jean Todt quer rever a regra do "Superally"

O presidente da FIA, Jean Todt, deseja modificar a regra do "Superally", que permite a um piloto que não termine o primeiro dia de competição, regressar à estrada para competir nos restantes dias. O francês e antigo navegador nos anos 70, deseja abolir a regra por achar que não faz parte do "ethos" desportivo.

"Nunca fui um grande adepto do 'Superally', e embora compreenda porque foi feita, já que é desagradável para os espetadores, por exemplo que tenham viajado muito verem poucos carros. Talvez seja possível encontrar uma forma de ultrapassar isso, por exemplo permitindo testes, agora pontuar quando a equipa abandonou? Não gosto da filosofia, pois não me parece natural. Não há pressas em mudar as regras, pois é preferível que seja bem pensada e executada.", referiu.

Malcom Wilson, director da M-Sport, que corre com os Ford Fiesta WRC, concorda com a sua implementação, já que vê vantagens nessa regra. "Penso que em termos de custos é muito complicado por exemplo para os Júnior e SWRC rumarem a outro continente para um rali e abandonarem na primeira especial sem terem oportunidade de rodar mais. Com o "superally" têm oportunidade de ganhar experiência mesmo que a sua classificação se ressinta muito. Os carros mantêm-se nos troços, e isso será sempre positivo.", comentou. Interessante é saber que Malcom Wilson, tal como Todt, foi piloto de ralis nos anos 80, correndo em carros de Grupo B como o Austin Metro 64 e o Ford RS200 Turbo.

A regra começou a ser aplicada no Rali da Grécia de 2004, e depois disso nunca gerou consensos. Como se sabe, isso permite a uma equipa que abandone num dos primeiros dias de prova, regressar no seguinte, com a competente penalização em em minutos por cada troço não realizado, e fazer parte da classificação final, caso termine o último troço do derradeiro dia de prova. Normalmente os pilotos que abandonam no primeiro dia ficam na cauda do pelotão e não conseguem chegar em lugares pontuáveis, mas desde que o sistema de pontos foi modificado para classificar os dez primeiros, o risco de ter pilotos a pontuar graças a esse meio aumentou.

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