terça-feira, 3 de abril de 2012

GP Memória - México 1992

"Três semanas depois do seu começo, na África do Sul, máquinas e pilotos estavam no México para a segunda prova do campeonato. E tal como tinha acontecido da primeira vez, quando correram no planalto sul-africano, a mais de 1500 metros de altitude, a Formula 1 voltava a correr acima do nível do mar, desta vez a mais de dois mil metros, o que daria algum trabalho aos motores, que “respiravam” menos ar do que a nível do mar.

Sem alterações no pelotão, a grande novidade vinha da Andrea Moda, que decidira pagar a multa de cem mil dólares, arranjar um novo chassis na Simtek, mas não conseguiu montar os seus carros a tempo de correr, deixando Alex Caffi e Enrico Bertaggia a curtir o sol mexicano e ver os seus colegas pilotos a treinarem. Seria a última vez que iriam correr na equipa, pois pouco depois, saíram daquela loucura que já se tinha transformado a equipa de Andrea Sassetti. (...)

(...) A corrida começa com os Williams a manterem as duas primeiras posições, com Senna a saltar para o terceiro posto, passando os Benetton, com Brundle a partir melhor do que Schumacher, enquanto que a meio do pelotão, Karl Wendlinger e Ivan Capelli colidiam um com o outro e auto-excluiam-se. Ao mesmo tempo, o motor Yamaha de Gugelmin entregava a alma ao criador, ainda nem tinha completado a primeira volta.

Na terceira volta, Schumacher passa Brundle e fica com o quarto posto, mas os três primeiros mantinham-se imutáveis até à 12ª volta, quando a transmissão do seu McLaren cede e ele é obrigado a abandonar, deixando os Williams cada vez mais solitários, com Michael Schumacher com o terceiro posto e a gerir o avanço para Brundle e Berger. (...)

Há vinte anos, a Formula 1 visitava o México pela última vez, para assistir à segunda etapa do Mundial, e também ao domínio dos Williams-Renault no campeonato. Nessa corrida, assistiu-se também ao primeiro pódio de um jovem alemão, que muitos já consideravam como o futuro do automobilismo: Michael Schumacher. A sua ida ao pódio era a primeira de um alemão desde 1977, quando Hans Stuck e Jochen Mass fizeram o mesmo, ao serviço de, respectivamente, Brabham e McLaren.

E claro, a saga da Andrea Moda tinha chegado à sua segunda etapa, com a equipa a encomendar novos chassis e os pilotos a apanharem sol enquanto os carros eram montados para ver se iriam correr naquele final de semana, algo que Andrea Sassetti decidiu não o fazer. O resultado é que os pilotos se chatearam com o dono e este os despediu. O resto da história pode ser lido no PortalF1.com  

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