Depois de Indianápolis, Texas passa a ser a segunda oval das quatro existentes no calendário de uma IndyCar - falta Milwaukee e Fontana - onde este ano estão reduzidas ao mínimo após os eventos de Las Vegas, no ano passado. E uma das razões porque esta corrida ficou no calendário é pelo facto de ser corrida no sábado à noite, madrugada de domingo na Europa. Nestas bandas, só os que não tem sono é que vêm esta corrida.
Contudo, houve drama na corrida e um final eletrizante onde o melhor foi um piloto "underdog", Justin Wilson, numa equipa tradicional - mas sempre a raspar o fundo da panela, uma Minardi da vida - a Dale Coyne, conseguiu uma vitória surpresa, batendo Graham Rahal e dando à Honda a sua terceira vitória consecutiva, depois de quatro vitórias seguidas da Chevrolet no inicio da temporada.
As coisas começaram com drama... mas boxes. Simona de Silvestro, ainda a última piloto a correr com motor Lotus, ficava nas boxes e não saia, enquanto que a mesma coisa acontecia a Rubens Barrichello, vítima de um problema mecânico. Após uma largada sem incidentes, com o poleman Alex Tagliani a ficar na frente, Scott Dixon seguiu-o, à distância que podia permitir, até à volta 31, altura em que Charlie Kimball bateu no muro e causou a primeira situação de bandeiras amarelas. Toda a gente foi ás boxes, com alguns incidentes, como Will Power e Tony Kanaan, que tiveram problemas com os pneus, e Simon Pagenaud, que levou um toque de Justin Wilson e que por causa disso, foram penalizados com um drive-through.
A corrida recomeçou na volta 40, para voltar a ser interrompida 26 voltas depois, com Takuma Sato a ser nova vítima. Os carros pararam de novo nas boxes para novos reabastecimentos, e na relargada, na volta 71, Dixon estava na frente, pressionado por Graham Rahal. Apesar de tudo, o neozelandês da Ganassi manteve a liderança, chegando a alargá-la para seis segundos até perto da volta 110, altura em que Justin Wilson chegou ao segundo lugar e começou a apanhar Dixon ao ritmo de meio segundo por volta.
Os pilotos pararam para reabastecimento a partir da volta 117, com Dixon a ir às boxes e entregar o comando para Wilson. Depois, o neozelandês ficou com a liderança, enquanto que Wilson caia para quinto. Na volta 131, um lento Ernesto Viso causou nova situação de bandeiras amarelas, o que foi aproveitado para nova paragem nas boxes. Quando voltou o sinal verde, o canadiano James Hintchcliffe tinha a liderança, mas Dixon pressionou-o, passando ao comando na volta 142, e lá se manteve até à 175, quando Dixon... bateu no muro, ao atrapalhar-se com um piloto retardatário e bateu na curva 2.
Sem o líder e com bandeiras amarelas, o pelotão entrou nas boxes para um último reabastecimento. A partir dali, estava tudo em aberto, mas quem saiu melhor, após a bandeira verde, na volta 184, foi Will Power, mas com Ryan Briscoe muito próximo. Helio Castro Neves aproximou-se, bem como Graham Rahal e Justin Wilson. O brasileiro perdeu rendimento e caiu no pelotão, enquanto que Rahal subia posições até ao comando da prova. Wilson estava atrás dele e pressionou-o até que ele cometesse um erro, o que aconteceu na volta 198, quando o americano tocou ao de leve no muro e Wilson aproveitou para o passar e ficar com a vitória, a primeira do ano para si e para a sua equipa. Rahal, mesmo assim, foi o segundo e Ryan Briscoe o terceiro.
1 comentário:
Este é um dos pódios mais ridículos da história do automobilismo...
Mas americano gosta né? Fazer o que...
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