Os promotores tinham ameaçado no inicio do mês e agora cumpriram: a Autosport britânica confirma hoje na sua edição online que os promotores se organizaram em bloco e recusaram assinar o novo acordo com a FIA para o Mundial de 2013. Segundo a revista, os organizadores decidiram passar o prazo, que terminava na sexta-feira, de que a FIA tinha exigido cerca de cem mil euros a cada um dos organizadores do Mundial WRC, para a cronometragem, acompanhamento e custos televisivos, algo que o anterior promotor, a North One não pedia, pois eram eles que assumiam tais encargos.
Enfim, não é nada de novo. Aliás, já tinha avisado no passado dia 1 de junho neste mesmo local sobre esta crise que agora se desenha. E de uma certa forma, é o novo episódio de uma crise que vem acontecendo desde a prisão de Vladimir Antonov e o final de contrado com a North One, no final do ano, e o fracasso das negociações com a Eurosport, em janeiro. Mas também os tempos estão a ser complicados para a FIA e o WRC, com a perda no mês passado de um importante patrocinador, a Nokia.
E isto tudo tem a ver com um assunto que ainda não está mal resolvido, especialmente depois da FIA ter recusado em janeiro as condições da Eurosport para ficar com os direitos televisivos. A entidade máxima queria um acordo de três anos, o canal desportivo europeu, um contrato com uma validade de cinco temporadas.
Ainda não se conhecem reações, pois a FIA recusou comentar sobre este assunto, especialmente quando no próximo dia 15 haverá uma reunião entre a entidade máxima do desporto automóvel e os promotores dos ralis. Mas sabe-se que nos últimos dias, quer Jarmo Mahonen, o presidente da comissão da FIA para os ralis, quer Michelle Mouton, estiveram a falar com os vários promotores no sentido de assinar o acordo, aparentemente sem sucesso.
Em suma, tudo indica que esta crise, até agora adormecida, arrisca a ser enorme, de consequências imprevisiveis.
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