terça-feira, 2 de outubro de 2012

GP Memória - Estados Unidos 1977

Três semanas depois de terem corrido em Monza, máquinas e pilotos atravessavam o Atlântico para as três provas finais do campeonato, as duas primeiras a ocorrerem em solo americano, antes da viagem para terras nipónicas, no final daquele mês. Ao contrário do que tinha acontecido no ano anterior, nesta temporada, Niki Lauda estava mais do que a caminho de um segundo título mundial, bastando apenas que chegasse ao fim nos pontos para ser formalmente coroado como campeão.

A grande novidade era a inscrição de um chassis Penske, pela Interscope Racing, que iria ser guiado por um americano, de seu nome Danny Ongais, que era conhecido pela sua extrema rapidez. Outra equipa que alinhava com esse chassis, a ATS, não iria correr as etapas finais, concentrando-se na sua equipa para 1978, e Jean-Pierre Jarier estava livre para correr na Shadow, no lugar de Riccardo Patrese, que estava ausente devido aos seus compromissos com a Formula 2. A BRM, que tinha alinhado na corrida anterior com Teddy Pillette, estava ausente e parecia que não ia mais regressar ao automobilismo. Ao todo estavam inscritos 27 carros, dos quais apenas 26 iriam alinhar na corrida.

Na qualificação, James Hunt foi o melhor no seu McLaren, tendo a seu lado o Brabham-Alfa Romeo de Hans-Joachim Stuck. John Watson era o terceiro, no outro Brabham-Alfa Romeo, seguido por Mário Andretti, no seu Lotus. Ronnie Peterson era o quinto, no seu Tyrrell-Cosworth, na frente do Ferrari de Carlos Reutemann, enquanto que na quarta fila estavam Niki Lauda, no segundo Ferrari, e Patrick Depailler, no segundo Tyrrell. A fechar o "top ten" estavam o Wolf de Jody Scheckter e o Ligier-Matra de Jacques Laffite.

O Ensign de Patrick Tambay, surpreendentemente, não conseguiu marcar um tempo capaz de fazer alinhar na corrida, devido a um acidente que teve na sexta-feira e pelo facto de no sábado, a chuva ter impedido de fazer um tempo capaz de sair da situação aflitiva em que se encontrava.

No domingo, dia da corrida, o sol começou a brilhar, apesar do tempo frio, e mais de cem mil pessoas tinham comparecido em Watkins Glen para assistir ao Grande Prémio. Mas alguns minutos antes de começar a corrida, o tempo ficou nublado e cai uma chuva fina, de tal modo que quando é dada a largada, apenas John Watson tinha pneus slicks.

Com o sinal verde, Stuck parte para a frente, seguido por Hunt, Andretti, Reutemann, Peterson e Lauda e Scheckter. O sul-africano começa a subir alguns lugares, acabando no quarto posto ao final da quinta volta, enquanto que Lauda passava o seu companheiro Reutemann.

Na frente, Stuck estava á vontade na liderança, mas começou a ter problemas com a embraiagem, que tinha avariado e ele tentava engatar as mudanças sem ter que passar por lá. Na 15ª volta, perdeu o controlo do seu carro e bateu no muro de proteção, cedendo o comando para Hunt.

Por esta altura, o britânico da McLaren liderava com 15 segundos de vantagem sobre Andretti e Scheckter. Lauda era quarto, fazendo a sua corrida, importando somente que levasse o carro até à meta nos pontos para poder ficar de vez com o campeonato. As coisas pareciam ir assim até ao fim, numa toada aborrecida.

Contudo, a duas voltas do fim, Andretti decide aumentar o ritmo e ataca a liderança de Hunt. As coisas chegam a estar a menos de um segundo, mas Hunt apercebe-se disso e aumenta o suficiente para que preserve a liderança na bandeira de xadrez. Teddy Mayer parecia que estava a ver fugir a vitória, mas o britânico estava suficientemente desperto para que isso não acontecesse.

No final, Hunt era o vencedor, com Andretti no segundo lugar e Scheckter no terceiro posto. Mas Niki Lauda terminava a corrida no quarto lugar, e a partir dali, era coroado como o novo campeão do mundo. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Ensign de Clay Regazzoni e o Ferrari de Carlos Reutemann.

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