sábado, 5 de novembro de 2016

O preço que pagou para chegar à Formula 1

Como todos sabem, Lance Stroll será piloto de Formula 1 em 2017, ao serviço da Williams. E quem acompanhou a carreira dele, sabe que Stroll, filho de Lawrence Stroll, estava a ser treinado desde tenra idade para chegar onde chegou agora. Chegou a andar na Academia da Ferrari, por exemplo, e no último ano, para além de ter feito cerca de oito mil quilómetros em testes num carro de 2014, fez uma grande temporada na Formula 3 europeia, onde acabou por ser campeão.

Contudo, a Auto Motor und Sport alemã afirma que tudo isto custou a Lawrence Stroll a "módica quantia" de... 80 milhões de euros. No campo da familia, eles desmentem esses números, afirmando que tudo isto foi por mérito, mas a publicação alemã fala que Stroll pai adquiriu a equipa Prema, colocando ali o engenheiro Luca Baldissieri, para ajudar o seu filho a alcançar os resultados que teve. Para além disso, também adquiriu um simulador para a Formula 3, no sentido em que o filho desenvolvesse as suas capacidades, e do qual nem Felipe Massa, nem Valtteri Bottas tiveram acesso a esse simulador.

Em relação ao programa de testes, Pat Symmonds admitiu que “o último rookie com tantos quilómetros de testes antes da sua estreia foi Jacques Villeneuve”. Curiosamente, falamos de outro canadiano. E nesse programa de testes, que o cumpriu num carro de 2014, Stroll teve à sua disposição 20 técnicos e 5 engenheiros da Mercedes, recebendo dois motores preparados especificamente para ele pela marca alemã. E o plano de testes passou por oito pistas, começando em Silverstone e acabando em Sochi, passando por Monza, Austin, Zeltweg e Barcelona, entre outros.

No final, mesmo com o talento que ele possa ter, não se pode dizer que os bolsos fundos do seu pai tenham ajudado. E o próprio Lance admite:  “O desporto motorizado é um desporto onde o dinheiro é obviamente importante, portanto estou muito contente por poder contar com a ajuda do meu pai”, referiu.

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