domingo, 2 de abril de 2017

Formula E: Di Grassi vence no México

Lucas di Grassi foi o vencedor do ePrix do México, quarta prova do campeonato 2016-17 da competição de carros elétricos. O piloto da Audi-Abt foi melhor do que Jean-Eric Vergne, da Techeetah, enquanto que no lugar mais baixo do pódio ficou o DS Virgin de Sam Bird. Quando a António Félix da Costa, o piloto de Cascais foi infeliz, mais uma vez: um despiste no inicio da corrida o fez cair para a 13ª posição, antes de fazer uma recuperação até ao mesmo lugar. Mas pouco depois de trocar de carro, e quando havia suspeitas sobre se a sua troca não teria sido veloz demais, o seu carro falhou e acabou por abandonar a corrida.

Pensa-se sempre que o resultado da qualificação fica para a grelha, mas entretanto, foram descobertas irregularidades na pressão dos pneus de Daniel Abt, que fizeram com que fosse penalizado, caindo para a 18ª posição da grelha. Isso fez com que Oliver Turvey ficasse com a primeira posição da grelha, com José Maria Lopez a partir ao seu lado, enquanto que António Félix da Costa sairia da sexta posição da grelha.

A partida foi algo agitada para Lucas di Grassi, que ficou com a sua asa traseira danificada. Também Stephane Sarrazin teve problemas, tendo de ir às boxes para reparações, e para António Félix da Costa, ele fez um exagero no inicio da segunda volta quando se defendia dos ataques de Sebastien Buemi, caindo para o 13º posto.

Todas estas confusões - e os destroços que estavam na pista - foram mais do que suficientes para que o Safety Car entrasse na pista no final da segunda volta. Di Grassi aproveitou para ir às boxes para trocar de asa, enquanto que Nicolas Prost também teve de trocar a sua asa dianteira, também por causa dos danos sofridos.

A corrida foi recomeçada no inicio da quinta volta, com Turvey na frente, com Lopez bem atrás dele. Uma volta depois, Buemi passou para o sexto lugar, depois de passar Rosenqvist, da Mahindra. Atrás, os pilotos da Andretti conseguiram passar Esteban Gutierrez e Félix da Costa era o 11º, na frente de Robin Frijns.

Com o passar das voltas, as atenções concentravam-se na luta era pelo terceiro posto, onde Heidfeld aguentava as investidas de Vergne, Bird e Buemi. Mas na volta 13, o carro de Turvey "apagou", caindo para o fim do pelotão, enquanto que José Maria Lopez ficava com a liderança. Contudo, O NextEV de Turvey fica parado na saída das boxes, na Curva 1, numa posição relativamente perigosa, mais do que suficiente para que na volta 16, entrasse de novo o Safety Car. Por esta altura, Lopez já tinha uma pequena vantagem sobre Heidfeld, enquanto que Félix da Costa voltava a estar nos pontos, em décimo.

E foi aí que se deu o grande momento da corrida: na volta 18, Di Grassi aproveitou o Safety Car para trocar de carro, muito antes do resto do pelotão, tentando arriscar não só com a antecipação, mas com outras entradas do SC. A mesma coisa fez Jerome D'Ambrosio, e ambos fizeram isso mesmo a tempo, porque a corrida recomeçou na volta 19. Ali, Lopez distanciou-se de Heidfeld, onde era assediado por Vergne na luta pela terceira posição. Félix da Costa já era nono, depois de passar o Venturi de Engel, e depois passou o Jaguar de Mitch Evans, para ser oitavo.

As trocas começaram na volta 24 para a maioria do pelotão, e três voltas depois, quando a maior parte dos pilotos tinha trocado de carro, o Faraday de Duval fica parado na pista numa posição perigosa. Di Grassi tinha aproveitado tudo isso para ficar na frente, mas na volta 29, o Safety Car era chamado pela terceira vez. Por essa altura, Buemi tinha problemas com o carro novo, e tinha caído para o décimo lugar.

O Safety Car entrou nas boxes na volta 31, com Di Grassi na frente de D'Ambrosio, Lopez e Heidfeld, com Bird a ser passado por Félix da Costa, para ser quinto. Nesta altura, os carros da Andretti estavam sob investigação, por causa de uma saída prematura das boxes, e antes de ser penalizado, o piloto português viu o carro ficar lento e a abandonar. Na volta 34, Lopez ia passando Heidfeld, mas o argentino trava no lado de fora, e faz um pião na Curva 1, com Buemi atrás... a fazer a mesma coisa!

Na frente, Di Grassi distanciava-se, com D'Ambrosio a segurar Vergne, Heidfeld e Bird, que tentavam passá-lo. Foi apenas a três voltas do que o francês conseguiu passar o belga, numa altura em que houve confusão no Foro Sol, quando Nick Heidfeld sofreu um toque de traseira do carro de Nicolas Prost, causando confusão no pelotão intermédio, com a pior vitima a ser... Rosenqvist, que ficou com o carro destruído e a ter de o recolher nas boxes, para abandonar.

No final, Di Grassi conseguiu a vitória, pela primeira vez neste ano, na frente de Vergne e Bird, numa corrida bem emocionante, talvez a mais competitiva do ano. Mitch Evans foi o quarto, dando os primeiros pontos à Jaguar, seguido por Nicolas Prost, Pechito Lopez - que também conseguiu o seu melhor resutado do ano - Daniel Abt, Adam Carrol, Nelson Piquet Jr e Esteban Gutierrez, conseguindo aqui também o seu primeiro ponto na Formula E.

No campeonato, Buemi mantêm os 75 pontos - terminou a corrida fora dos pontos - mas agora Di Grassi tem 71, aproximando-se bastante do piloto suíço. Nicolas Prost mantêm o terceiro lugar, com 46 pontos, mais seis que Jean-Eric Vergne, que tem 40.

A Formula E agora regressa à Europa, onde vai correr nas ruas do Mónaco a 13 de maio.

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