domingo, 14 de abril de 2019

Formula 1 2019 - Ronda 3, China (Corrida)

Há quem diga que a prova numero mil da Formula 1 nem deveria ser ali, pois no meio disto tudo, contaram as dez edições das 500 ilhas de Indianápolis, e também há os que afirmam que as temporadas de 1952 e 53 continham os bólidos de Formula 2, logo, se tirássemos as provas americanas, estaríamos a comemorar a corrida numero 1000 em Monza, um dos palcos mais tradicionais do automobilismo. Mas como a FIA reconhece essas provas e os seus vencedores estão nas galerias e os pontos contaram, então, alinhamos com eles, e proclamamos que Xangai é o palco da milésima corrida da história da Formula 1.

Vimos o forrobodó do fim de semana, pensando que, como as provas redondas anteriores foram épicas, esta também seria. Quem olhasse para a qualificação, teria uma ideia do que iria ser: verdadeira, ou seja, as hierarquias iriam ser respeitadas. Os Mercedes eram os claros favoritos, e se não quebrassem ou furassem, iriam ficar com os dois primeiros lugares. O resto era sabido, excepto Alexander Albon, que iria largar das boxes.  

A corrida começou com Lewis Hamilton a ser melhor que Valtteri Bottas, ficar com o primeiro posto... e acabou, de uma certa forma a luta. Atrás, Charles Leclerc passou também Sebastian Vettel, mas as coisas pareciam ter mais luta entre eles. E mais no fundo do pelotão, Daniil Kvyat deu toques nos McLaren, acabando com destroços na pista e o accionamento do Safety Car Virtual. Andaram assim na volta seguinte, até voltarem à bandeira verde, na terceira volta.

O que aconteceu não deixou apercebido aos comissários: eles decidiram que o russo teria de levar uma passagem pelas boxes de penalização. 

Nas voltas seguintes, os Mercedes foram embora, ao mesmo tempo que na Ferrari, Leclerc não conseguia apanhar os Flechas de Prata, ao ponto em que Vettel ia mais veloz. Na volta onze, a Ferrari deu ordem para trocar de posições, com Vettel a ser terceiro. Um pouco atrás, Kimi Raikkonen já estava nos pontos, e Nico Hulkenberg era o primeiro dos da frente a troca de pneus, caindo para onde andavam as Williams. E não eram as últimas.

Na frente as atenções concentraram-se na Ferrari, que via os Mercedes irem embora, com Max Verstappen a aproximar dos carros de Maranello. E na volta 17, Hulkenberg torna-se no primeiro abandono da corrida, ao mesmo tempo que Max Verstappen foi às boxes, trocando médios por duros. A Ferrari reagiu, mandando Vettel para as boxes, colocando também pneus duros. O alemão manteve-se na frente do holandês, mas a diferença estava diminuindo. Verstappen atacou, passou Vettel, mas o alemão respondeu e recuperou a posição. 

Bottas foi à boxe na volta 22, colocando Leclerc no segundo posto, e ele também fez a mesma coisa na volta seguinte, caindo para quinto, atrás de Verstappen e à frente de Raikkonen, que era... sexto, lutando por posição com Pierre Gasly. Ao mesmo tempo, Bottas aproximava-se de Hamilton, mesmo com o inglês a ir às boxes. Parecia que iria haver luta pela liderança, enquanto atrás, Vettel já se distanciava de Verstappen.

A partir de então, as coisas andaram um pouco modorrentas, até que Verstappen mudar para médios na volta 35. Vettel reagiu parando também, na volta seguinte, voltando para médios. Hamilton e Bottas também foram às boxes na mesma volta, ambos colocando para médios, e ninguém saiu prejudicado. Ambos sairam com Leclerc entre os Flechas de Prata, mas ele não ficou muito tempo na pista. 

Bottas foi para cima do monegasco, e demorou cerca de duas voltas para o passar. Pouco depois, é a vez de Vettel de chegar a Leclerc, para o passar na volta 43, antes dele ir às boxes. A estratégia não deu resultado, e vai ter de brigar com os Red Bull... para ser quarto. 

Na parte final, a Red Bull chamou Pierre Gasly para ir às boxes, colocar moles e acelerar o mais que podia para conseguir a volta mais rápida. Lá conseguiu puxar pelo carro e levar o tal ponto extra para casa. E na frente, Hamilton batia Bottas pela segunda vez neste ano e conseguia também a vitória numero 75 da sua carreira. Com três dobradinhas em três corridas, parece que vão para uma repetição do que fez a Williams em 1992, que ficou cedo com ambos os campeonatos. A temporada é longa, é verdade, mas parece que já temos vencedor anunciado...

E assim acabava a corrida numero mil da Formula 1. Não sei se havia expectativas de emoção, mas do que foi visto, não passou de mais uma corrida como muitas que vimos nos últimos tempos, com uma hierarquia tão marcada como é agora. Em suma, nunca saímos da programação normal. 

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