quinta-feira, 30 de maio de 2019

Os planos da Porsche

A Porsche considerou seriamente o regresso à Formula 1. Contudo, as resistências dentro do Grupo Volkswagen fizeram com que o projeto fosse abortado e o foco mudasse para a Formula E, categoria do qual irão avançar no final deste ano.

Segundo conta hoje a Motorsport, há cerca de dois anos, o grupo Volkswagen se entusiasmou com a ideia de ingressar na categoria. Chegaram a destacar uma equipa de engenheiros para projetar uma unidade de potência digna de competir na Formula 1. O motor chegou a funcionar no centro de testes da marca, mas nunca deu o último passo. Quem conta tudo isto é Fritz Enzinger, diretor desportivo do Grupo Volkswagen.

Em 2017, a Formula 1 deu sinais de que mudaria as regras e que não seria mais necessária a recuperação de energia através dos gases de escape”, explicou Enzinger. “No final daquele ano, recebemos um pedido específico de nossa empresa matriz para montarmos um motor de seis cilindros, altamente eficiente. E não apenas no papel, devíamos realmente montar a unidade motriz. A ideia era que esse motor fosse testado nas pistas em 2019. Isso foi o que nos pediram”, começou por dizer à motorsport.com.

Enzinger afirmou que se entrassem, seria num conjunto motor-chassis, construindo ou a sua equipa, ou adquirindo uma participação maioritária numa das equipas da grelha, sem referir qual. O motor foi construído, com a ideia de começar a ser testado já em 2019. “O motor está completo e foi testado no dinamómetro”, disse Enzinger. 

Contudo, alterações nos planos para os motores - a marca alemã construiu a sua unidade de potência com vista a que largasse pelo menos uma das unidades de recuperação de energia - e o Dieselgate no final de 2015, fizeram alterar os planos para um regresso à Formula 1, passando o foco para a Formula E. 

O caso está nos tribunais desde 2015 e custou caro aos cofres da empresa. Agora o foco da Volkswagen está nos carros elétricos. Estamos a envolver-nos na Fórmula E com duas das nossas marcas (Audi e Porsche)”, finalizou Enzinger.

Sem comentários: