Ao contrário da semana passada, onde, mais do que a previsibilidade do vencedor, tínhamos a modorra da corrida, hoje havia o seu contrário. O vencedor era imprevisível e o local da corrida, outro clássico do automobilismo, tinha uma variedade tal que colocava pela primeira vez a chance de termos um vencedor não-Mercedes. E logo no último dia de junho, no lindo tempo da Áustria...
E o tempo estava mesmo lindo. Em Zeltweg, ou Red Bull Ring, ou Osterreichring, não interessa, o ambiente do circuito fazia mais parecer que Zandvoort já tinha voltado, por causa da quantidade de holandeses que lá estavam, apoiando Max Verstappen, seu filho dilecto. E ainda antes de correrem, a organização decidiu homenagear o seu orgulhoso filho, Niki Lauda, com o seu nome na primeira curva. O que é excelente, porque sucede a Jochen Rindt no circuito, porque é a última curva antes da meta.
Tudo indicava que aos moles, ela iria aguentar até à décima volta, enquanto com os médios, duraria mais doze ou treze.
A partida foi interessante. Leclerc faz muito bem, enquanto Verstappen largou muito mal. Tão mal que foi engolido pelo resto do pelotão. Hamilton lutou com... Lando Norris para ser terceiro, mas conseguiu aguentar. Ele acabou por ser passado pelo Alfa Romeo de Kimi Raikkonen e foi pressionado por Sebastian Vettel pelo quinto lugar. E no final da terceira volta, Leclerc já tinha um avanço de 2,5 segundos sobre Valtteri Bottas.
As disputas estavam ótimas, sem toques ou polémicas. Vettel passava primeiro Norris, depois Raikkonen, para tentar apanhar Hamilton, que já tinha um avanço de quase cinco segundos. Atrás, Verstappen recuperava posições, primeiro passando Norris, depois Raikkonen. No fundo do pelotão, Haas, Toro Rosso e Williams, lutavam por posições como a... 14ª posição.
Entretanto, Lando Norris e Kimi Raikkonen trocavam posições para o sexto posto, e ambos estavam na frente de... Pierre Gasly, o segundo piloto da Red Bull. Gasly lutou com Raikkonen pela sétima posição, mas o francês não conseguia passar.
Na volta 22, Bottas e Vettel param nas boxes, trocando para duros, e o alemão não teve uma grande troca, perdendo quase seis segundos na operação. Cai para oitavo, atrás de Raikkonen e Gasly, mas cedo passou-os. Cinco voltas depois, pararam Gasly e Norris para ficarem com duros, com Vettel a ficar em quinto, sete segundos atrás de Bottas.
Na volta 30, Hamilton vai às boxes, e para além de trocar para duros, trocou de asa dianteira, porque tinha problemas de downforce no seu carro. O inglês caiu para o quinto posto, atrás de Vettel. A seguir, foi a vez de Verstappen trocar de pneus. Voltou no quarto posto, atrás de Vettel e foi buscar o alemão da Ferrari. E as coisas estavam assim por alturas da metade da corrida.
Na volta 47, Verstappen colou-se na traseira de Vettel, numa luta pelo lugar mais baixo do pódio, com o holandês a ter os pneus mais frescos que o alemão. Vettel resistiu o mais que podia, mas o holandês levou a melhor. Vettel reagiu indo de novo para as boxes. Depois, aproximou-se de Bottas para ser segundo. O que teria feito se tivesse conseguido uma boa largada?
De uma certa maneira, esta corrida estava a ser a perfeita antítese de Paul Ricard... a Formula 1 poderia não estar morta, mas aquele circuito não era o ideal para a emoção. Na volta 53, Verstappen conseguiu passar Bottas para ser segundo, para gáudio do público "da casa"...
Agora, era Leclerc que estava no objetivo de Max Verstappen. Demorou algum tempo para o apanhar, mas na volta 65, ele estava na traseira no do monegasco. E em poucas voltas, conseguiu. Mas... no momento da ultrapassagem, Max decidiu dar um toque de "Dijon 79" no Leclerc, para confirmar a coisa. O monegasco queixou-se e claro, a manobra foi para os comissários, que decidirão o que acontecerá. Sabendo do sucedido nas últimas corridas, não vejo bom final...
Mas não víamos o que acontecia entretanto, quando Vettel apanhou e ultrapassou Hamilton para ser quarto e carregou para apanhar Bottas ainda antes de chegar à meta, ficando também colado no carro do finlandês. Por uma vez, o alemão até mostrou muito mais garra.
E assim foi a melhor corrida do ano. Mostrando que esta competição consegue ser bipolar - mas culpem os carros por isso - e com os comissários prontos a borrar a pintura sempre que há um toque nas lutas por posição, isso impediu desta tarde ser perfeita. Porque foi, e logo na véspera de umadata mítica na história da Formula 1.
E o tempo estava mesmo lindo. Em Zeltweg, ou Red Bull Ring, ou Osterreichring, não interessa, o ambiente do circuito fazia mais parecer que Zandvoort já tinha voltado, por causa da quantidade de holandeses que lá estavam, apoiando Max Verstappen, seu filho dilecto. E ainda antes de correrem, a organização decidiu homenagear o seu orgulhoso filho, Niki Lauda, com o seu nome na primeira curva. O que é excelente, porque sucede a Jochen Rindt no circuito, porque é a última curva antes da meta.
Tudo indicava que aos moles, ela iria aguentar até à décima volta, enquanto com os médios, duraria mais doze ou treze.
A partida foi interessante. Leclerc faz muito bem, enquanto Verstappen largou muito mal. Tão mal que foi engolido pelo resto do pelotão. Hamilton lutou com... Lando Norris para ser terceiro, mas conseguiu aguentar. Ele acabou por ser passado pelo Alfa Romeo de Kimi Raikkonen e foi pressionado por Sebastian Vettel pelo quinto lugar. E no final da terceira volta, Leclerc já tinha um avanço de 2,5 segundos sobre Valtteri Bottas.
As disputas estavam ótimas, sem toques ou polémicas. Vettel passava primeiro Norris, depois Raikkonen, para tentar apanhar Hamilton, que já tinha um avanço de quase cinco segundos. Atrás, Verstappen recuperava posições, primeiro passando Norris, depois Raikkonen. No fundo do pelotão, Haas, Toro Rosso e Williams, lutavam por posições como a... 14ª posição.
Entretanto, Lando Norris e Kimi Raikkonen trocavam posições para o sexto posto, e ambos estavam na frente de... Pierre Gasly, o segundo piloto da Red Bull. Gasly lutou com Raikkonen pela sétima posição, mas o francês não conseguia passar.
Na volta 22, Bottas e Vettel param nas boxes, trocando para duros, e o alemão não teve uma grande troca, perdendo quase seis segundos na operação. Cai para oitavo, atrás de Raikkonen e Gasly, mas cedo passou-os. Cinco voltas depois, pararam Gasly e Norris para ficarem com duros, com Vettel a ficar em quinto, sete segundos atrás de Bottas.
Na volta 30, Hamilton vai às boxes, e para além de trocar para duros, trocou de asa dianteira, porque tinha problemas de downforce no seu carro. O inglês caiu para o quinto posto, atrás de Vettel. A seguir, foi a vez de Verstappen trocar de pneus. Voltou no quarto posto, atrás de Vettel e foi buscar o alemão da Ferrari. E as coisas estavam assim por alturas da metade da corrida.
Na volta 47, Verstappen colou-se na traseira de Vettel, numa luta pelo lugar mais baixo do pódio, com o holandês a ter os pneus mais frescos que o alemão. Vettel resistiu o mais que podia, mas o holandês levou a melhor. Vettel reagiu indo de novo para as boxes. Depois, aproximou-se de Bottas para ser segundo. O que teria feito se tivesse conseguido uma boa largada?
De uma certa maneira, esta corrida estava a ser a perfeita antítese de Paul Ricard... a Formula 1 poderia não estar morta, mas aquele circuito não era o ideal para a emoção. Na volta 53, Verstappen conseguiu passar Bottas para ser segundo, para gáudio do público "da casa"...
Agora, era Leclerc que estava no objetivo de Max Verstappen. Demorou algum tempo para o apanhar, mas na volta 65, ele estava na traseira no do monegasco. E em poucas voltas, conseguiu. Mas... no momento da ultrapassagem, Max decidiu dar um toque de "Dijon 79" no Leclerc, para confirmar a coisa. O monegasco queixou-se e claro, a manobra foi para os comissários, que decidirão o que acontecerá. Sabendo do sucedido nas últimas corridas, não vejo bom final...
Mas não víamos o que acontecia entretanto, quando Vettel apanhou e ultrapassou Hamilton para ser quarto e carregou para apanhar Bottas ainda antes de chegar à meta, ficando também colado no carro do finlandês. Por uma vez, o alemão até mostrou muito mais garra.
E assim foi a melhor corrida do ano. Mostrando que esta competição consegue ser bipolar - mas culpem os carros por isso - e com os comissários prontos a borrar a pintura sempre que há um toque nas lutas por posição, isso impediu desta tarde ser perfeita. Porque foi, e logo na véspera de umadata mítica na história da Formula 1.
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