sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

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A Formula E começa este final de semana no Autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México, para aquela que é a nona temporada da competição elétrica, e a primeira com os Gen3, que são os carros mais avançados e mais potentes que a competição jamais teve. 

Fabricado novamente pela Spark Racing Technologies, pela primeira vez, estes carros terão dois motores, que juntos terão cerca de 600 kW, e acoplados ao eixo dianteiro. Toda essa concentração no eixo dianteiro é tal que não existem travões no eixo traseiro! O carro é 60 quilos mais leve, apesar do aumento da potência - e por causa disso, a velocidade máxima está ficada nos 320 km/hora - parte da fibra de carbono será reciclada, com alguns dos chassis do Gen2.

Em termos de corridas ao longo do final de semana, as equipas são obrigadas a colocar um "rookie" em pelo menos duas sessões de treinos livres ao longo da temporada, haverá um número de voltas fixadas, em vez dos 45 minutos de duração da corrida, acabaram-se os Fanboost, e apesar de haver o Attack Mode, a organização irá testar, em algumas corridas selecionadas, um "Attack Charge", ou seja, um reabastecimento rápido de energia, que irá durar até 30 segundos, que poderia substituir o Attack Mode. Ainda não se sabe quando começará, pois isso não acontecerá no fim de semana mexicano. 

E para além disso, haverá uma nova marca de pneus. Depois de oito temporadas de Michelin, a Hankook será a nova fornecedora de pneumáticos que servirão para todas as superfícies. 

A nova temporada irá assistir à chegada de duas marcas incontornáveis no automobilismo, a McLaren, que correrá no lugar da Mercedes, e a Maserati, que está no lugar da monegasca Venturi. 

Em termos de pilotos, existiram muitas mudanças. Alguns pilotos rumaram para outras paragens - a mais relevante foi Nyck de Vries, que foi para a Formula 1, ao serviço da Alpha Tauri - mas outros, como Stofel Vandoorne e Jean-Eric Vergne, foram para a Penske, que se associou com a DS, abandonando a Techeetah - esta não compete em 2023. Outros como Sebastien Buemi e Andre Lotterer também trocaram de equipa, o suíço foi para a Envision, o alemão para a Andretti. Quem empreendeu o caminho de regresso foi René Rast, que depois da Audi, foi para a McLaren, correndo ao lado do britânico Jake Hughes

E quem também empreende o caminho de regresso é a alemã Abt, que depois de ter sido absorbida pela Audi, está de volta, com uma parceria com a espanhola Cupra.  

O próprio António Félix da Costa, agora piloto da Porsche, ao lado de Pascal Wehrlein, afirma que tudo o que aprendeu até agora, não servirá de muito para esta corrida e as seguintes: 

Será um fim-de-semana imprevisível. É quase um recomeço do zero, com muitos pilotos que alteraram de equipas e também com o novo carro GEN 3 da Fórmula E. Obviamente tivemos um teste em Valência, mas não se pode tirar grandes conclusões, pelo que ninguém sabe muito bem o que esperar para este fim-de-semana. Do meu lado espero que a minha estreia com a Porsche corra bem e tudo farei para representar da melhor maneira esta grande marca.", afirmou.

Os favoritos? Não direi que existam 24 favoritos, que são o mesmo número de carros que alinham na grelha, mas com os testes em Valência a não mostrar um favorito óbvio, a incerteza será, se calhar, a maior certeza, principalmente nesta primeira corrida. Um pouco como o calendário, que terá 16 corridas até ao final de julho, nos cinco continentes, e onde passará por lugares com excelentes cenários, como a Cidade do Cabo, ou lugares míticos no automobilismo, como o Mónaco. 

É ir vendo, e claro, que ganhe o melhor.  

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