sábado, 7 de outubro de 2023

A(s) image(ns) do dia (II)



Já sabíamos isto há muito tempo, só não sabíamos era onde e quando. Contudo, quando acabou o GP do Japão, há dias semanas, soubemos por fim a data e o local: Losail, no Qatar, na noite de sábado, sete de outubro, no final de uma corrida sprint. E claro, o dia chegou: Max Verstappen, é o tricampeão do mundo, num domínio do qual só é comparável a Sebastian Vettel, uma década antes. 

Muitos irão afirmar que isto se deve a Adrian Newey, menorizando o piloto. Fernando Alonso tentou fazer isso no GP da India de 2012, e de uma certa maneira, foi uma absoluta falta de tacto em relação a um dos seus rivais na pista. Se assim fosse agora, com Max, então quem me explica o absoluto eclipse de Sérgio Pérez nas últimas corridas, quer na qualificação, quer na corrida?

Sim é verdade, o piloto não explica tudo, mas explica muita coisa. É ele que guia, e esquecemos que ele é recordista de precocidade em termos de vitórias. Ganhou na sua primeira corrida pela Red Bull, algo que nem o alemão conseguiu - aliás, ganhou primeiro pela Toro Rosso, lembram-se? - mas Max-Emilian, nascido a 30 de setembro de 1997, e filho de Jos Verstappen, "Jos, the Boss", sabe o que faz. oi treinado quase desde o berço, não erra, não compromete, dá o seu melhor. E o carro que tem em mãos dá aquilo que pede, sem quebrar. 

Assim sendo, estamos em mais uma era. Ao longo dos meus quase 40 anos de Grandes Prémios que tenho assistido, vi isso em Ayrton Senna, Michael Schumacher, Sebastian Vettel e Lewis Hamilton. E aconteceram mais antes até de eu nascer, com Alberto Ascari, Juan Manuel Fangio, Jack Brabham, Jim Clark, Jackie Stewart e Niki Lauda. Agora temos outro piloto no topo do mundo, marcando uma época. E o que se pode dizer a todos que é isto que fica marcado na história e nos registos, apesar do público querer duelos ao milésimo, decididos na última volta. Só assisti a dois, em centenas de grandes prémios. Hollywood não é aqui, apesar da Netflix. 

Uma última coisa: este sábado vimos a McLaren ficar com a primeira linha da grelha nesta corrida sprint. E ter Oscar Piastri como vencedor, logo na sua primeira temporada completa. Tirando a primeira, em 1950, só conheço sete pilotos que ganharam no seu primeiro ano: Giancarlo Baghetti, Jackie Stewart, Clay Regazzoni, Emerson Fittipaldi, Jacques Villeneuve, Juan Pablo Montoya e Lewis Hamilton. Desses, só três não foram campeões, e três ganharam as 500 Milhas de Indianápolis. Um deles, o Montoya... foi no seu ano de estreia! 

Se for esse o futuro, já sabem: leram aqui primeiro.  

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