terça-feira, 25 de agosto de 2009

Historieta da Formula 1 - Diogo Castro Santos na Jordan, 1992

O Rianov Albinov mandou-me a foto há uns tempos atrás, mas desconhecia onde a tinha colocado. Este fim de semana redescobri-a num dos meus arquivos do qual já não ia há muito tempo, no meu computador fixo (eu tenho neste momento... três computadores), logo, achei que era bom falar sobre esta personagem.

No final do anos 80, inicio dos anos 90, havia uma rivalidade saudável entre Pedro Lamy e Diogo Castro Santos. Ambos começaram a carreira na Formula Ford portuguesa, onde Castro Santos venceu em 1988, e Lamy em 1989. Juntos, avançaram para uma carreira internacional e venceram a Taça das Nações de Formula Opel por duas vezes, em 1990 e 1991. A primeira vitória aconteceu em Spa-Francochamps, conseguindo bater a equipa brasileira, que era constituida nessa altura por André Ribeiro e... Rubens Barrichello. A segunda vitória aconteceu no ano seguinte, e a correr no circuito de Zandvoort, batendo desta vez a equipa alemã, constituida por Michael Krumm e Helmut Schwalla.


Nesse mesmo ano, dominaram por completo a Formula Opel Lotus, onde o jovem Lamy, com quatro vitórias mas mais regular, conquistou o título, com 184 pontos, com Castro Santos vice-campeão com 161 pontos e três vitórias no pecúlio. Em 1992, ambos foram para a Formula 3 alemã, onde lutaram contra Marco Werner pelo título da categoria. Lamy ganhou, Castro Santos foi quarto, a bordo de um Ralt-VW oficial, vencendo quatro corridas, contra as onze de Lamy, que corria num Reynard-Opel.

No final desse ano, teve a chance de experimentar um Formula 1, nomeadamente um Jordan-Yamaha que foi guiado durante toda a temporada por Mauricio Gugelmin. A experiência foi no Autódromo do Estoril, mas os seus tempos não foram muito impressionantes, pois deu apenas quatro voltas. Contudo, como experiência, ficou marcado.

Em 1993, voltou à Formula 3 alemã, tentando o assalto ao título conquistado pelo seu compatriota. Contudo, não alcançou mais do que o quinto lugar no campeonato. No final desse ano, decidiu encerrar a sua carreira automobilistica, tentando a sua sorte... no golfe. Aparentemente, um valente despiste numa das provas do campeonato o fez pensar em desistir da carreira e dedicar-se a um desporto mais tranquilo. Nessa mesma altura, Pedro Lamy era piloto da Lotus e o terceiro português a correr na Formula 1.


Desde 2001, que faz algumas aparições discretas no automobilismo, desde os Ralies até aos Turismos, mas nada de significativo. Se alguém tiver mais informações sobre ele, agradecia.

5 comentários:

Cezar Fittipaldi disse...

Paulo....
acredito que eu tenha conhecido o Castro Santos quando estive em Portugal na qualidade de instrutor da Brands Hatch International Racing School no início de 1985. Lembro-me do Pedro Chaves, nítidamente. Faz muitos anos, as acho que o Diogo teve aulas comigo, era um jovenzinho. Vou verificar essas informações, foi uma época preciosa em minha vida, e de onde vem meu amor pelo teu país. Vou contar lá no meu blog esta experiência, éramos sete pilotos, todos ingleses e eu de brasileiro. Fartei-me de dar entrevistas á rádio e televisão portuguesas, de comer bem, de conhecer gente interessante.
Abraços

Anónimo disse...

Paulo o Diogo Castro Santos tinha acordo pra correr de F-3000.
Quando desistiu deixou o apoio para um piloto brasileiro que é o Contantino de Oliveira Junior hoje dono da GOL Linhas aéreas. Me parece que a Familia dele era dona de um concessionário Mercedes Benz em Portugal.
Nao era tão bom quando o Lamy mas podia ter continuado a carreura .
Um abraço do forum downforce.com.br e apareça por lá pra postar .

Ja morei na cidade de Leiria precisamente num luga chamado Souto do Meio freguesia da Carranguejeira pertencente a Leiria .


Roberto Neves .

Hugo Becker disse...

Bela raridade! Essa eu não sabia.

E bela, também, a história do Cezar aí em cima!

Abraço, Speeder!

Speeder76 disse...

Cézar e Roberto:

Obrigado por contarem as vossas histórias. São achegas interessantes para aquilo que tinha acerca do Diogo Castro Santos, que acompanhava com o mesmo entusiasmo do que acompanhava o Pedro Lamy nas suas aventuras Europa fora, quer na Formula Opel Lotus, quer depois na Formula 3 alemã.

Saber que abdicou de uma oportunidade de ouro para prosseguir uma carreira noutro lado qualquer, só posso afirmar que se respita tal decisão. Acima do piloto está o homem.

Mais uma vez, obrigado pelas vossas informações. Acho que isto pode ser um embrião de algo maior...

Speeder76 disse...

Roberto:

Souto da Carpalhosa fica a uns dez quilómetros (talvez menos) do sitio onde actualmente moro. Tenho amigos meus que moram lá e por vezes vou aí para os visitar. É pequeno e sossegado. Afinal, o mundo consegue ser mesmo pequeno!

Abraços Roberto. Vou tentar ir mais vezes ao Downforce.