sábado, 15 de maio de 2010

The End: Loris Kessel (1950-2010)

O antigo piloto suiço Loris Kessel morreu esta manhã na cidade de Montagnola após uma longa batalha contra uma leucemia, que lhe debilitava há cerca de dois anos. Tinha 60 anos de idade e foi um dos muitos pilotos do fundo do pelotão que puluaram as grelhas nos anos 70. Mas a carreira de Kessel é muito mais eclético do que meia dúzia de participações na Formula 1, pois esteve na Formula 3, Formula 2, ralis e tinha até uma equipa que participava no Ferrari Challenge.

Nascido a 1 de Abril de 1950 em Lugano, no cantão de Ticino, a mesma cidade que tinha visto nascer Clay Regazzoni dez anos antes, Kessel começou a sua carreira nos ralis no inicio da década, até que mudou-se para a Formula 3 em 1973, correndo até ao ano seguinte. Em 1975, Kessel mudou-se para a Formula 2 para correr pela Ambrosium Racing, num chassis March-BMW. Conseguiu um pódio em Hockenheim, no terceiro posto, e conseguiu mais um quarto lugar na segunda passagem pelo circuito alemão, algumas semanas mais tarde. Acabou a época na 15ª posição, com sete pontos.

Em 1976, junta dinheiro para dar o salto para a Formula 1. A RAM Racing, equipa de John McDonald, tinha comprado no inicio da época dois chassis Brabham BT44B, para os alugar a pilotos que estivessem dispostos a isso. Kessel foi o primeiro deles, sendo o segundo o espanhol Emilio de Villiota. Kessel não conseguiu qualificar-se em Jarama, mas depois a conseguiu na prova seguinte, no circuito belga de Zolder, onde terminou na 12ª posição. Iria ser depois a sua melhor classiifcação de sempre.

Naquele ano, correu ainda em Anderstorp, Paul Ricard, onde voltou a não qualificar, Silverstone e Zeltweg. Cinco provas com resultados modestos.

No ano seguinte, Kessel decidiu participar no projecto da Apollon, um chassis que tinha como base um chassis Williams FW03, desenhado por John Clarke, e foi redesenhado para estar mais actualizado em termos de aerodinâmica. Kessel foi o escolhido para correr no carro na unica vez que ele esteve em prova, no GP de Itália, em Monza. E foi um feito, pois era um carro muito lento, e a equipa tinha tentado levar o carro ao longo da temporada, mas nãlo o conseguiram devido a problemas com o transporte.

No final, Kessel tinha seis provas, em duas temporadas, conseguindo zero pontos.

Após isso, Kessel volta à Formula 3 em 1978, onde não consegue grandes resultados, ficando aí até 1980, onde passa para a Formula 2 em 1981, sem sucesso também. Em 1982 ruma para a Endurance, onde participa nas edições de 1983 e 85 das 24 horas de Le Mans, sem grandes resultados. Após isso, deixa de lado o automobilismo para se dedicar ao negócio de automóveis que monta na sua Lugano natal.

Em 1993, regressa às 24 Horas de Le Mans, a bordo de um Porsche 962C da equipa alemão Obermeier Racing, ao lado de dois alemães, e termina num honroso sétimo lugar final. Será provavelmente o seu melhor resultado em muito tempo. Pouco depois, monta a sua equipa, a Loris Kessel Racing, para correr na GT italiana, e um dos seus pilotos será o italiano Alex Caffi, que também teve a sua passagem pela Formula 1 no final da década de 80 e inicio da de 90.

E agora... Ars lunga, vita brevis.

Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/Loris_Kessel
http://www.kesselracing.ch/home.htm
http://www.f1total.net/faster/modules.php?name=Enciclopedia&op=content&tid=470&janela=1

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