quarta-feira, 6 de julho de 2011

GP Memória - França 1986

Quando a caravana da Formula 1 chega a França, sabia semanas antes da corrida que a organização decidiu alterar o traçado do circuito, incluindo no traçado os "esses" da escola de condução, encurtando-o para metade do tamanho, devido aos efeitos do acidente nos "esses de la Verriére" que dois meses antes, em maio, tinha vitimado Elio de Angelis, quando testava o seu Brabham.

Aliás, os acidentes das semanas anteriores, quer na Formula 1, quer nos ralis, tinham feito com que a FISA decidisse que era altura de modificar o tipo de propulsores que equipavam os carros. Assim sendo, a partir de 1989, os carros iriam voltar a ser atmosféricos, com uma cilindrada de 3.5 litros. Iria ser uma revolução na categoria máxima do automobilismo.

Enquanto isso, o pelotão da Formula 1, Patrick Tambay estava de volta no seu Lola-Haas, recuperado do seu acidente no Canadá que o tinha impedido de participar nas últimas duas provas. E a própria equipa, que estava a batalhar contra um chassis que não funcionava muito bem, decidiu contratar da March um jovem de 28 anos que tinha dado nas vistas a desenhar os chassis para a Indy. Chamava-se Adrian Newey.

Na qualificação, o Lotus-Renault de Ayrton Senna foi o melhor, com o Williams de Nigel Mansell a seu lado. Nelson Piquet, no segundo Williams, era o terceiro, com René Arnoux no quarto posto. Alain Prost era o melhor dos McLaren, no quinto posto, seguido do Benetton-BMW de Teo Fabi. Keke Rosberg era o sétimo, com o segundo Benetton-BMW de Gerhard Berger no oitavo lugar. E na quinta linha, a fechar o "top ten" estavam os Ferrari de Michele Alboreto e de Stefan Johansson.

Sob céu limpo e calor, máquinas e pilotos prepararam-se para a corrida. Quando o sinal verde foi aceso, Alboreto ficou parado na grelha, enquanto que Nigel Mansell conseguiu ser mais veloz no arranque e ficar com o primeiro lugar. Senna era segundo, seguido por Arnoux, Berger, Prost, o segundo Lotus de Johnny Dumfries (de 12º na grelha) Piquet e Rosberg. Mais atrás, Fabi e Derek Warwick, no seu Brabham, tinham batido e rumavam às boxes.

Na terceira volta, o Turbo do Minardi-Motori Moderni de Andrea de Cesaris explode e deixa um rasto de óleo na zona da cuva de Signes, a mais rápida do circuito. Os pilotos tentam evitar o rasto, mas na quinta volta, Ayrton Senna pisa o óleo, despista-se e bate nas barreiras, deixando Mansell mais confortável na liderança, pois Arnoux estava um pouco mais distante. Berger era terceiro, mas os McLarens de Rosberg e Prost estavam num ritmo algo para os apanhar. Em pouco tempo, foi isso que aconteceu e no final da volta 18, ambos já tinham passado o piloto francês.

Com tempo, Mansell fez as suas paragens, sendo que na segunda passagem, foi ultrapassado por Prost, mas com pneus novos, conseguiu recuperar a liderança no final da volta 58. Após isso, distanciou-se o suficiente para vencer a corrida. Prost ficou com o segundo lugar, enquanto que Nelson Piquet fez uma boa última parte da corrida para passar Keke Rosberg ma luta pelo terceiro posto. O piloto finlandês era o quarto, enquanto que os restantes lugares pontuáveis ficaram para os Ligier de René Arnoux e Jacques Laffite.

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