terça-feira, 24 de julho de 2012

Wolff, Williams, Bottas e o destino de Bruno Senna

A noticia de hoje num "paddock" da Formula 1 que está de viagem entre Mannheim e Budapeste é, digamos assim, uma formalidade de algo que já se sabia em termos oficiosos. É como se um casal de união de facto decidisse formalizar a sua união com um casamento. E foi isso o que aconteceu com o anuncio da Christian "Toto" Wolff no papel de diretor-executivo da Williams, meses depois da saída de Adam Parr.

Wolff, de 38 anos e casado com a piloto de DTM Susie Stoddart, tem uma participação minoritária na empresa e depois da reforma de Patrick Head, no final do ano passado, parece ser cada vez mais desenhado no papel de sucessor de Frank Williams, que fez 70 anos em 2012 e desde 1986 que está confinado a uma cadeira de rodas, após um acidente no sul de França, quando regressava de uma sessão de testes.

A dupla, claro, não parou de elogiar um ao outro no comunicado oficial da equipa. “É uma grande honra para mim ajudar a Sir Frank no seu papel de chefe da equipe Williams. Sou acionista desde 2009 e estou animado em poder trazer minhas responsabilidades a um nível maior. Juntos, trabalharemos incansavelmente para tornar a organização a mais bem sucedida possível”, garantiu o austríaco. 

O novo papel de Toto, trabalhando mais perto de mim, diz respeito à Williams olhando em frente e garantindo uma bem sucedida administração da companhia. Estou animado com essa nova relação de trabalho e acredito que a parceria tornará a equipe de Fórmula 1 mais forte”, afirmou Frank Williams.

No paddock, esta noticia foi bem vista. Segundo diz o Luis Fernando Ramos, o Ico, todos tem boa impressão de Wolff, ao contrário de Adam Parr, que nunca teve a simpatia no paddock devido ao seu estilo de liderança e pelo facto de ele nunca ter conseguido grandes patrocínios durante o tempo em que lá esteve. Wolff segurou o barco e foi buscar algumas das pessoas que fizeram do FW34 o carro que é agora, assegurando o regresso às vitórias da equipa, através de Pastor Maldonado. E claro, Wolff é um ex-piloto, casado com uma piloto, portanto, o automobilismo corre-lhe no sangue, exatamente o mesmo espírito lutador que Frank Williams têm.

Mas a chegada de Wolff ao segundo cargo mais importante da equipa significa que o finlandês Valteri Bottas será piloto da equipa em 2013. E isso faz com que o lugar de um dos atuais pilotos está em perigo. Pastor Maldonado pode dar 50 milhões de dólares por ano, vindos da estatal venezuelana PDVSA, e a primeira vitória da equipa desde 2004, mas é inconstante e para alguns dos pilotos, um perigo público. Bruno Senna também pagou pelo seu lugar, mas é menos veloz do que Maldonado, apesar de chegar mais vezes aos pontos. 

Resta saber o que eles irão decidir no final do ano, quando fizerem o balanço da temporada. E apesar de faltar dez corridas para o fim, os rumores que Mika Salo coloca para fora, por muito disparatados que sejam, são para ser levados a sério. E sabem quem é o elo mais fraco...  

1 comentário:

Alexandre Ribeiro disse...

Caro Speeder:

Se a situação não mudar muito, acho eu que quem dá adeus é o Bruno.