sábado, 11 de abril de 2015

Formula 1 2015 - Ronda 3, China (Qualificação)

Depois de duas semanas onde andamos a remoer o facto de Sebastian Vettel ter dado alguma esperança aos que aspiram a um equilibrio na Formula 1, máquinas e pilotos deslocavam-se a paragens chinesas para a terceira prova do ano, numa Xangai envolta pelo "smog" e onde tudo poderá acontecer, como foi ontem, quando um local decidiu atravessar a pista e foi parar às boxes da Ferrari, perguntando se poderia testar um dos SF15-T ali existentes. Restaria saber se Sebastian Vettel ou Kimi Raikkonen estariam dispostos a ceder-lhe a vontade, E pelos gestos de Kimi na quinta-feira, ele parecia ser o candidato ideal!

Mas brincadeiras à parte, a qualificação chinesa iria ver até que ponto a Mercedes tinha ficado ou não abalada com o que aconteceu em Sepang. Era certo que não eram mais imbatíveis, e que agora, era uma questão de ver como lidariam com os pneus Pirelli que tinham em mãos. se conseguissem safar-se bem, muito provavelmente seria outro passeio, e se calhar, outro monopólio para os Flechas de Prata.

Mas também esta qualificação chinesa tinha outras duas coisas interessantes de saber. A primeira era se os Manor iriam ter os seus dois carros qualificados e se ambos iriam cumprir o critério dos 107 por cento, e o segundo era saber se os McLaren por fim conseguiram evoluir o suficiente para poder passar à Q2 e começar a andar no meio do pelotão, que neste momento é o seu grande objetivo.

Os primeiros minutos dessa qualificação responderam a essas duas perguntas. A primeira foi positiva, e embora Roberto Merhi e Will Stevens tenham sido os últimos na grelha, o atraso para o resto do pelotão anda na casa dos quatro segundos, o que não é mau para um carro modificado, enquanto ainda se espera pelo chassis de 2015. Quanto à segunda pergunta, a resposta foi negativa, embora não se deixe de sentir um pouco a desilusão, especialmente quando nos treinos livres as indicações tinham sido positivas. E aos anti-alonsistas, fica a consolação de Jenson Button ter sido mais rápido do que o Principe das Asturias. Por 4 milésimos de segundo, mas foi. E a contagem está em 2-0 a favor do veterano inglês.

Pelo meio, na Q2, o mais interessante foi ver os Sauber a conseguirem entrar no "top ten", algo surpreendente - ou nem tanto - pois parece que se vê que desta vez, acertaram no chassis, acompanhado pelo bom motor que a Ferrari fez este ano. Pode ser que paguem as contas, não é? Em contraste, os Toro Rosso ficaram pelo caminho, o que demonstra que aqui, os motores Renault irão passar um mau bocado. E Daniil Kvyat também está a passar um mau bocado com a sua dificil adaptação ao carro, já que mesmo na Q1, teve muitas dificuldades em passar para a fase seguinte. Valeu a má prestação de Nico Hulkenberg.

No final, Lewis Hamilton conseguiu tirar um tempo na casa do 1.35, com Nico Rosberg não muito longe, mas não o suficiente para o deslojar. Sebastian Vettel ficou com o terceiro lugar com o seu Ferrari, que conseguiu superar Valtteri Bottas e Felipe Massa, com Kimi Raikkonen no sexto posto, na frente de Daniel Ricciardo. Para Hamilton, é a 75ª vez que colocou um carro seu na linha da frente de um Grande Prémio, e é mais um monopólio dos Flechas de Prata na primeira fila da grelha.

Em resumo, foi uma qualificação sem história. A hierarquia manteve-se com os Mercedes mais velozes do que a Ferrari, que por sua vez suplantaram os Williams. Os Red Bull lutam por melhores tempos, enquanto que os Sauber parece que estão a melhorar a olhos vistos. Contudo, amanhã é que veremos até que ponto as coisas serão diferentes. Ou se preferirem: até que ponto esta corrida será previsível ou haverá algum truque na manga.

Sem comentários: