Duas semanas depois de termos visto a Formula 1 num clássico, passamos para outro local clássico, como é Monza. São catedrais - este é quase centenário - e todos estes locais nos fazem lembrar, subconscientemente, a razão porque adoramos este desporto. São locais rápidos, com história, e quem conhece o seu passado sabe dos grandes momentos e dos tempos mais negros que já lá passaram. Coisas do qual foram feitos livros, que temos nas estantes das nossas casas, dos quais nós e os nossos parentes poderemos ler sempre que quisermos.
Pessoalmente, adoro Monza por ser um circuito que simboliza velocidade. Quando vês um carro de formula 1 a acelerar por ali, sabes que o seu piloto está a dar o máximo, pois em dois terços das vezes é isso que faz: só abranda nas chicanes e na Parabólica. Mas em 1971, quando Peter Gethin bateu meia concorrência "por um fio de cabelo", o seu BRM com motor V12 circulou a mais de 242 km/hora de média para fazer isso. As chicanes vieram a seguir, mas para voltarmos a ter esta média, demoramos mais de 30 anos para lá chegar. E teve de ser um colombiano com um fraquinho por picanha brasileira para fazer isso... pena não ter sido o finlandês com um fraquinho por vodka e Magnum de chocolate, mas o mundo é imperfeito e a vida é injusta.
Este ano, sabia-se que iria ser mais do mesmo. Tal como vivemos na década passada os dominios da Ferrari e depois da Red Bull, a Mercedes está disposta a mostrar a sua marca, como belos Flechas de Prata que são, nas mãos de Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Ontem, nos treinos livres, deram um avanço de quase oito décimos sobre o Ferrari de Sebastian Vettel - que ontem tornou-se pai de uma menina, a propósito. Portanto, como acontece em todas as crónicas anteriores sobre as qualificações de 2015, isto é meramente a cronologia de uma pole e um monopólio da Mercedes. Apesar de estarmos em "terra Ferrari"...
A qualificação começou com céu limpo e o calor típico de setembro em paragens italianas, e a Q1 parecia que já tinha os seus eliminados, dada a quantidade de penalizações que já estavam atribuidos. Os McLaren, os Red Bull e pelo menos um dos Toro Rosso iriam perder lugares, independentemente do que faziam o que daria aos dois Manor a sua grande chance de irem à Q2 pela primeira vez nesta temporada. Mas houve pilotos a marcarem tempos na mesma e incidentes de monta, como aconteceu a Max Verstappen, praticamente a unica esperança da dupla Red Bull/Toro Rosso de não monopolizarem o fundo da grelha. O jovem prodigio de 17 anos ficou sem a carenagem e todos puderam ver como é um carro de Formula 1 por dentro...
No final da Q1, enquanto que Hamilton e Rosberg marcavam os melhores tempos com pneus médios, com Kimi Raikkonen a ser o "melhor do resto", atrás, para além dos McLaren, estavam os Manor e o Toro Rosso de Verstappen, mas com o sistema de penalizações, os carros de Will Stevens e Roberto Merhi tinham garantido o 13º e 14º postos na grelha. E ainda vamos na 12ª prova do campeonato...
No Q2, as coisas começaram a ser mais interessantes, porque todos começaram a usar pneus macios e inevitavelmente, os tempos começaram a baixar. Assim, Hamilton começou a fazer um tempo de 1.23,383, na frente de Rosberg, que apenas conseguia nessa altura 1.24,128, com os Williams e os Force India logo a seguir, todos eles com motor Mercedes. Os Ferrari eram os melhores dos outros (em termos de motor, bem dito), mas o drama acontecia atrás, nos décimos postos. Os Sauber de Felipe Nasr e Marcus Ericsson batiam-se pelo último lugar disponivel, e depois de uma primeira tentativa do brasileiro, o sueco conseguiu um tempo meio segundo mais veloz e ficou com a vaga que sobrava na Q3, deixando Nasr de fora. Tempos dificies para o piloto de Brasilia...
Quem também ficava de fora era Pastor Maldonado, enquando que Romain Grosjean continuava com a boa onda, ficando com o nono melhor tempo.
A Q3 seria o confirmar de tudo o que viamos a acontecer nas corridas anteriores. Mas estamos em Monza e aqui, a Ferrari tinha uma palavra a dizer. A Scuderia já tinha dado um ar da sua graça a meio da Q2, quando conseguira colocar os seus carros entre Hamilton e Rosberg, e a Q3 não seria diferente, apesar de Nico Hulkenberg ter tido um problema com o motor e ter parado o seu carro na entrada das boxes, atrapalhando um pouco a paragem. E no final, na última volta lançada, com a bandeira de xadrez a ser mostrada, mostrava-se a parte surpreendente desta qualificação, ao ver Kimi Raikkonen a ficar com o segundo melhor tempo, quebrando o monopólio da cara de Brackley, na frente de Sebastian Vettel. E claro, ambos na frente de Nico Rosberg.
Lewis Hamilton foi mais uma vez o poleman de Monza, mas a diferença não foi ampla como das outras vezes: o inglês fizera 1.23,397 segundos, apenas menos 234 centésimos que Kimi Raikkonen e menos 288 centésimos que Sebastian Vettel. Os Williams monopolizaram a terceira fila, enquanto que Sergio Perez foi o sétimo na grelha, na frente de Romain Grosjean, Marcus Ericsson e Nico Hulkenberg.
Assim sendo, o (oxigenado) piloto britânico continua a ser o rei das poles na Formula 1 deste ano. Resta saber se o dominio se estenderá na corrida, mas com a boa forma que a Ferrari exibiu hoje em Monza, poderá haver algumas questões interessantes...
A qualificação começou com céu limpo e o calor típico de setembro em paragens italianas, e a Q1 parecia que já tinha os seus eliminados, dada a quantidade de penalizações que já estavam atribuidos. Os McLaren, os Red Bull e pelo menos um dos Toro Rosso iriam perder lugares, independentemente do que faziam o que daria aos dois Manor a sua grande chance de irem à Q2 pela primeira vez nesta temporada. Mas houve pilotos a marcarem tempos na mesma e incidentes de monta, como aconteceu a Max Verstappen, praticamente a unica esperança da dupla Red Bull/Toro Rosso de não monopolizarem o fundo da grelha. O jovem prodigio de 17 anos ficou sem a carenagem e todos puderam ver como é um carro de Formula 1 por dentro...
No final da Q1, enquanto que Hamilton e Rosberg marcavam os melhores tempos com pneus médios, com Kimi Raikkonen a ser o "melhor do resto", atrás, para além dos McLaren, estavam os Manor e o Toro Rosso de Verstappen, mas com o sistema de penalizações, os carros de Will Stevens e Roberto Merhi tinham garantido o 13º e 14º postos na grelha. E ainda vamos na 12ª prova do campeonato...
No Q2, as coisas começaram a ser mais interessantes, porque todos começaram a usar pneus macios e inevitavelmente, os tempos começaram a baixar. Assim, Hamilton começou a fazer um tempo de 1.23,383, na frente de Rosberg, que apenas conseguia nessa altura 1.24,128, com os Williams e os Force India logo a seguir, todos eles com motor Mercedes. Os Ferrari eram os melhores dos outros (em termos de motor, bem dito), mas o drama acontecia atrás, nos décimos postos. Os Sauber de Felipe Nasr e Marcus Ericsson batiam-se pelo último lugar disponivel, e depois de uma primeira tentativa do brasileiro, o sueco conseguiu um tempo meio segundo mais veloz e ficou com a vaga que sobrava na Q3, deixando Nasr de fora. Tempos dificies para o piloto de Brasilia...
Quem também ficava de fora era Pastor Maldonado, enquando que Romain Grosjean continuava com a boa onda, ficando com o nono melhor tempo.
A Q3 seria o confirmar de tudo o que viamos a acontecer nas corridas anteriores. Mas estamos em Monza e aqui, a Ferrari tinha uma palavra a dizer. A Scuderia já tinha dado um ar da sua graça a meio da Q2, quando conseguira colocar os seus carros entre Hamilton e Rosberg, e a Q3 não seria diferente, apesar de Nico Hulkenberg ter tido um problema com o motor e ter parado o seu carro na entrada das boxes, atrapalhando um pouco a paragem. E no final, na última volta lançada, com a bandeira de xadrez a ser mostrada, mostrava-se a parte surpreendente desta qualificação, ao ver Kimi Raikkonen a ficar com o segundo melhor tempo, quebrando o monopólio da cara de Brackley, na frente de Sebastian Vettel. E claro, ambos na frente de Nico Rosberg.
Lewis Hamilton foi mais uma vez o poleman de Monza, mas a diferença não foi ampla como das outras vezes: o inglês fizera 1.23,397 segundos, apenas menos 234 centésimos que Kimi Raikkonen e menos 288 centésimos que Sebastian Vettel. Os Williams monopolizaram a terceira fila, enquanto que Sergio Perez foi o sétimo na grelha, na frente de Romain Grosjean, Marcus Ericsson e Nico Hulkenberg.
Assim sendo, o (oxigenado) piloto britânico continua a ser o rei das poles na Formula 1 deste ano. Resta saber se o dominio se estenderá na corrida, mas com a boa forma que a Ferrari exibiu hoje em Monza, poderá haver algumas questões interessantes...
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