terça-feira, 18 de abril de 2017

A imagem do dia

Se fosse vivo, Jochen Rindt faria hoje 75 anos de idade. Um dos pilotos mais velozes do seu tempo, o piloto austríaco passou por equipas como Cooper, Brabham e Lotus, e que teve a sua caminhada imparável rumo ao título mundial de 1970 tragicamente interrompido no fim de semana de Monza, a 5 de setembro de 1970, aos 28 anos de idade.

O grande mistério sobre Rindt - e do qual nunca teremos resposta - é saber o que iria fazer depois do título mundial. Muitos falam que ele iria retirar-se, uma decisão que ele teria tomado depois do acidente mortal do seu amigo Piers Courage, na Holanda, mas aparentemente, ele teria reconsiderado e pensava "comprar" o seu contrato e regressar à Brabham, como campeão do mundo. E tinha como intenções ter uma equipa de Formula 2, e acolher Emerson Fittipaldi num futuro próximo, pois ele tinha visto potencial no piloto brasileiro.

Dada a sua associação com Bernie Ecclestone, seu manager, não ficaria admirado com o regresso à Brabham. No final de 1968, Rindt, indeciso entre continuar nessa equipa (tinha conseguido duas pole-positions) e rumar à Lotus, tinha ouvido o seguinte conselho de "Black Jack": "Se queres ser campeão do mundo, vai para a Lotus. Se quiseres viver, fica na Brabham". 

Um regresso à Brabham, como forma de agradecimento, teria a sua lógica como piloto, para gozar os seus últimos anos de carreira, mas também como dono de equipa, dado que ele sabia que Brabham, então com 44 anos, queria regressar à Austrália. Rindt e Ecclestone como donos de equipa, dinamizando-a para o patamar que teve depois, ao longo dos anos 70 e 80, teria a sua lógica, bem como algumas escolhas que Ecclestone fez depois. Por exemplo, a contratação de Niki Lauda, depois de ter ido para a Ferrari.

Mas como digo, tudo isto não passa de um gigantesco "e se", e quero acreditar que ele queria conquistar o título, mais para provar que conseguira e sair vivo dali. Infelizmente, não teve tempo. 

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